Luther: O Cair da Noite (2023)

4.4
(5)

Luther: O Cair da Noite
Original:Luther: The Fallen Sun
Ano:2023•País:EUA, UK
Direção:Jamie Payne
Roteiro: Neil Cross
Produção:Peter Chernin, Neil Cross, Idris Elba, David Ready, Jenno Topping
Elenco:Idris Elba, Cynthia Erivo, Andy Serkis, Dermot Crowley, Thomas Coombes, Hattie Morahan, Lauryn Ajufo, Vincent Regan, Dan Li

Caros leitores, imaginem a cena: policial corrupto trancafiado em penitenciária junto com presos comuns que querem sua pele planeja, em conjunto com os guardas (!?!?), uma rebelião (!?!?) para que ele possa ser transferido (!?!?). Que essa transferência ocorra no meio da noite (!?!?) e que tudo isso faça parte de um plano de fuga (!?!?). Tudo isso na maior seriedade e gravidade que um thriller requer…

Não fiquem preocupados com spoiler, pois esse é apenas o início de um filme que não tem furos, mas rombos de roteiro, que é muito mal dirigido e interpretado, parecendo o longo piloto de uma série ruim de TV dos anos 80.

E realmente Luther: O Cair da Noite é baseado numa recente série britânica de TV que não assisti, razão pela qual não posso fazer comparações.

Na rocambolesca história, o detetive John Luther (Idris Elba) é encarregado de desvendar o desaparecimento de um jovem que esteve numa cena de crime onde se descobriu o cadáver congelado de uma pessoa que estava desaparecida há muitos anos. Logo descobrimos que o psicopata da vez (Andy Serkis, exageradíssimo e com uma peruca ao estilo Nelson Rubens) é o responsável por essas e outras mortes/sequestros, sendo esse apenas o começo de um plano diabólico bem maior que está por vir.

Antes dos créditos iniciais o vilão faz com que o protagonista seja preso (!?!?). Espionagem virtual e chantagem são o mote inicial do filme, mas não se animem com a premissa, que é muito mal aproveitada, optando o longa por trazer soluções frágeis e situações constrangedoras.

A bem da verdade, o longa é de uma incompetência atroz pois não sabe nem seguir a cartilha do gênero. Não dá para dizer que é clichê pois não sabe copiar dignamente o que outros já fizeram. Não dá nem para dizer que o filme é um desastre, já que no desastre, ao menos, o ser humano exerce uma mórbida curiosidade ou se padece do sofrimento alheio.

Idris Elba já viu dias melhores, vide sua excelente atuação em Beasts of No Nation (2015) e A Grande Jogada (2017), além de por muito tempo ter sido cogitado como novo James Bond. Aqui se percebe também como uma atriz competente como Chynthia Erivo, quando mal dirigida, pode ter uma interpretação digna de novela mexicana, e como Andy Serkis é um ótimo Gollum e nada mais.

Enfim, está na Netflix… nunca digo para evitar um filme, mas às vezes dá uma vontade…

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Ricardo Gazolla

Formado em Direito e trabalhando no setor privado, apaixonado por cinema desde a infância quando assistiu Os Goonies (1985) na tela grande. Sua predileção pelo horror começou um pouco depois ao conhecer em VHS A Hora do Pesadelo (1984), Renascido do Inferno (1987) e A morte do demônio (1981). Desde então o cinema se tornou um hobby, um vício socialmente aceito, um objeto de estudo, um prazer público e, agora, no site Boca do Inferno, uma forma de comunicação com as pessoas.

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