4.5
(2)

Pânico no Lago 3
Original:Lake Placid 3
Ano:2010•País:EUA, Bulgária
Direção:Griff Furst
Roteiro: David Reed
Produção:Jeffery Beach
Elenco:Colin Ferguson, Yancy Butler, Kirsty Mitchell, Kacey Clarke, Jordan Grehs, Michael Ironside, Mark Evans, Nils Hognestad, Brian Landon, Atanas Srebrev

Eu levei muitos meses pra conseguir escrever algo sobre esse Pânico no Lago 3. Apesar da péssima experiência com a segunda parte, o tempo passou e resolvi dar uma nova chance (a quarta ou a quinta chance) a essa sequência. Apesar de continuar um episódio dispensável, lancei um olhar mais açucarado sobre e consegui até extrair um ou outro bom momento daqui.

A história se repete, mas desta vez com um borogodó a mais – ou não, depende. O Black Lake, localizado em Aroostook County, Maine (EUA) e cenário dos dois filmes anteriores, está mais uma vez infestado de visitantes. Entre eles, o casal Nathan (Colin Ferguson) e Susan (Kirsty Mitchell), e seu filho Connor (Jordan Grehs), que herdaram a casa à beira do lago que antes pertencia Delores Bickerman, interpretada por Betty White no filme original; um grupo de jovens que, inadvertidamente, estão por ali curtindo; além de um trio de caçadores que estão juntos a um desses jovens em busca de sua namorada, que, acredita-se, está perdida nos arredores do lago. Muita gente, muitas histórias paralelas, muitos núcleos, muito alimento para os crocodilos, algo que poderia virar uma bagunça com uma má condução. E isso quase acontece.

Mas a narrativa gira em torno, principalmente, do casal Nathan e Susan. Casal que vive às voltas com o trabalho, e negligenciam o filho Connor, que para matar o tempo, faz amizade logo com quem – com uma ninhada de filhotes de crocodilos que ele descobre habitar as águas do Black Lake. Como carma pouco é bobagem, Connor passa a alimentá-los, eles crescem, e o resto é fácil prever. O garoto até tenta avisar aos pais que tem crocodilos no lago, inclusive após ser pego roubando carne no mercado pra isso, mas…

Apesar de nada inovador, Pânico no Lago 3 rende bons momentos. A maior parte deles protagonizado por Susan, parte do casal protagonista, uma personagem realmente boa e bem trabalhada pela atriz Kirsty Mitchell. Com um temperamento cativante, um humor ponderado que segura com leveza as adversidades, ela é um sopro de realismo em meio a um mar (um lago) de decisões erradas.

O filme também acerta ao inserir a personagem Reba, interpretada por Yancy Butler. Ela pratica caça ilegal, e é um dos nomes mais respeitados (e procurados pela polícia) nessa arte. Apesar da interpretação altamente canastrona (se o infernauta assistir à versão dublada, verá que piora muito), Reba inicia um novo momento na franquia, que passa a contar com sua participação nos próximos três filmes.

E a despeito dos péssimos efeitos visuais, que já marcam a franquia desde o segundo filme, esta terceira parte ainda rende bons momentos de ação. A cena em que Susan encontra a babá Vica (Bianca Ilich) detonada pelos crocodilos e entende que seu maior medo se concretizou (um ataque de crocodilos, devido ao histórico do lago), é de tirar o fôlego.

Ao fim, Pânico no Lago 3 segura sua própria onda e faz melhor que seu antecessor. O roteiro, que peca muito em muitos momentos, consegue não deixar acontecer o emaranhado que tantos núcleos distintos poderiam provocar. Uma direção de atores mais eficientes ajudaria muito na credibilidade do que acontece em cena, mas vá lá… os completistas de plantão e os fãs de bagaceiras em geral podem curtir. Tá disponível no Youtube.

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