O Vampíro / O Morcego Vampiro
Original:The Vampire Bat
Ano:1933•País:EUA Direção:Frank R. Strayer Roteiro:Edward T. Lowe Jr. Produção:Phil Goldstone Elenco:Lionel Atwill, Fay Wray, Melvyn Douglas, Maude Eburne, George E. Stone, Dwight Frye, Robert Frazer, Rita Carlyle, Lionel Belmore, William V. Mong |
Filmes antigos com atmosfera de horror gótico são sempre muito bem vindos. O Vampiro (The Vampire Bat) é uma produção americana de baixo orçamento da Majestic Pictures lançada em 1933, com fotografia em preto e branco, metragem curta com apenas 63 minutos, direção de Frank R. Strayer e elenco renomado com Lionel Atwill (um tradicional vilão do Horror), a belíssima Fay Wray (de King Kong, lançado no mesmo ano), Melvyn Douglas e Dwight Frye (presente em muitos filmes importantes, como os clássicos Drácula e Frankenstein, ambos de 1931).
O filme está disponível no Youtube numa cópia de ótima qualidade com a opção de legendas em português, e também foi lançado no Brasil em DVD em 2007 pela “Works” (Dark Side) com o título “O Morcego Vampiro”, no mesmo disco com Mortos Que Andam, também conhecido como “Vingança do Túmulo” (Dead Men Walk, 1943).
A história é ambientada num vilarejo alemão atormentado com a ocorrência de várias mortes misteriosas com as vítimas sem sangue e com marcas de dentes afiados no pescoço. A suspeita dos aldeões supersticiosos é que os assassinatos seriam causados por um vampiro, conforme alega também o prefeito Gustave Schoen (Lionel Belmore).
Mas, o cético investigador da polícia local, Karl Brettschneider (Melvyn Douglas), não concorda com especulações sobrenaturais, mesmo não encontrando outra explicação para as mortes, e ainda precisa administrar a fúria dos aldeões contra Herman Gleib (Dwight Frye), um homem com problemas mentais que gosta de morcegos como animais de estimação e é acusado de vampirismo pelos vigilantes, liderados pelo guarda noturno Kringen (George E. Stone).
Então, ele solicita ajuda na investigação para o médico Dr. Otto von Niemann (Lionel Atwill), que também é um cientista que trabalha com seus assistentes, Ruth Bertin (Fay Wray), par romântico do policial, e o sinistro Emil Borst (Robert Frazer). O que ninguém imagina é que o “cientista louco” está envolvido com experiências obscuras para a criação de vida artificial com uma massa bizarra de tecido vivo, aumentando o mistério com a falta de sangue nas vítimas.
Sendo uma produção com poucos recursos e ainda assim conseguindo escalar um elenco expressivo, para minimizar os custos foram utilizados os mesmos cenários de outros filmes similares que estavam sendo feitos no mesmo período, principalmente o icônico laboratório repleto de aparelhos elétricos bizarros e líquidos borbulhantes.
Para contribuir com a atmosfera sombria de horror gótico, temos aqueles elementos indispensáveis, entre outros, como um vilarejo assustado com as supostas ações de uma criatura predadora que se alimenta de sangue, e os aldeões furiosos tentando fazer justiça com as próprias mãos, cegos pelo medo e escolhendo culpados, com perseguições noturnas carregando tochas de fogo (realçadas com coloração para destacar na fotografia original em preto e branco).
Porém, apesar do interessante clima macabro, O Vampiro tem também seus defeitos que inevitavelmente atrapalham a experiência do entretenimento, com alguns momentos de ritmo arrastado, ideias pouco desenvolvidas como o controle mental do cientista sobre seu assistente Emil, e principalmente as várias cenas desnecessárias de alívio cômico que não funcionam, através da participação da personagem irritante tia Gussie Schnappmann (Maude Eburne).