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Locke & Key - 3ª Temporada
Original:Locke & Key - Season 3
Ano:2022•País:EUA, Canadá
Direção:Marisol Adler, Guy Ferland, Edward Ornelas, Jeremy Webb
Roteiro:Meredith Averill, Carlton Cuse, Aron Eli Coleite, Joe Hill, Kenna Trent, Liz Phang, Michael D. Fuller, Mackenzie Dohr
Produção:Ra'uf Glasgow, Mackenzie Dohr, Michael Mahoney, Alexandra Sirard
Elenco:Darby Stanchfield, Connor Jessup, Emilia Jones, Jackson Robert Scott, Petrice Jones, Hallea Jones, Aaron Ashmore, Griffin Gluck, Sherri Saum, Brendan Hines, Coby Bird, Jesse Camacho, Leishe Meyboom, Kevin Durand, Liyou Abere

Depois da decepcionante segunda temporada, demorei mais do que devia para finalizar a adaptação do universo desenvolvido nas graphic novels de Joe Hill, disponível integralmente na Netflix. Ao tentar aprofundar sua narrativa, a série tinha apresentado um enredo mais confuso, com inspiração em Invasores de Corpos, além de acréscimo de personagens pouco interessantes e ações que não empolgaram em diversos núcleos – a mansão, a escola, floresta, vizinhos – ainda que tenha mantido a qualidade técnica. Assim, foi apenas com a necessidade de cumprir tabela que resolvi enfrentar a última temporada, consciente de que seriam apenas oito sofridos episódios em vez de dez.

Acredito que a pausa tenha sido proveitosa, uma vez que curti mais este último capítulo do que eu imaginava. Retiraram os excessos e tornaram a narrativa mais limpa e agradável, mantendo os bons efeitos especiais. Começa como um episódio “monstro da semana” de qualquer série: Nina (Darby Stanchfield) encontra uma miniatura da Keyhouse em um globo de neve para depois Bode (Jackson Robert Scott) ser conduzido por sussurros até o freezer para encontrar uma nova chave. Com a proximidade do casamento de Duncan (Aaron Ashmore) e Brian (Milton Barnes), a chave é acionada, levando-os para dentro do globo de neve, libertando acidentalmente dois demônios que habitavam o local e prendendo o garoto lá. A chave é levada para o inimigo da temporada, Gideon (Kevin Durand), que atravessou o portal entre dimensões e pretende adquirir todas para abrir de vez o acesso. Assim, Kinsey (Emilia Jones) e sua mãe terão que usar algumas chaves para enfrentar as criaturas e resgatar Bode antes que morra congelado.

Depois da trágica perda do final da temporada anterior, Tyler (Connor Jessup) optou por esquecer das chaves e os embates com Dodge (Laysla De Oliveira), mudando-se para Montana, onde monta casas ajudando Carly (Oriana Leman), um possível novo affair. Para o casamento ele retorna, sofrendo de algumas lembranças esparsas sem que entenda o que está acontecendo. Logo Bode encontra uma nova chave, Timeshift, permitindo que se viaje no tempo; e o garoto a usa para encontrar Benjamin Locke e seu pai, mesmo com as restrições de Duncan. Outra que retorna ao passado, através de lembranças, é Nina, resgatando sua indiferença em relação aos filhos em decorrência do seu vício por bebida – um detalhe que não acrescenta nada à série.

Contudo, Bode usa a chave do tempo, voltando em um momento que a família e os colegas da escola enfrentavam Dodge, e ela agarra ao pé do garoto e volta com ele ao presente. Por mais uma trapalhada do garoto, ao fugir para a dimensão fantasma, ela rouba o corpo dele e esconde o dela embaixo da cama. Assim, a capacidade como ator de Jackson Robert Scott é colocada em prática, tendo que mostrar uma personalidade fria e bem distante da comum, algo que faz adequadamente. E assim o miolo da temporada se desenvolve com essas duas narrativas: a “possessão” de Dodge e a ascensão de Gideon, trazendo dois ecos para ajudá-lo.

A temporada mantém os personagens já vistos anteriormente em participação reduzida. Além de Duncan, que se casa e parte a Lua de Mel, há uma pontinha de Scot (Petrice Jones) e a equipe de cineastas, uma importante envolvimento de Gordie Shaw (Michael Therriault) e suas lembranças para o resgate de uma interessante chave, o adolescente especial Rufus (Coby Bird) e sua mãe Ellie (Sherri Saum), o patriarca da família Locke, Rendell (Bill Heck), o professor Josh (Brendan Hines) e sua filha Jamie (Liyou Abere) e principalmente Sam Lesser (Ian Lake), o assassino de Rendell, em busca de redenção.

Fluindo de maneira mais leve e tranquila, esta terceira temporada encerra núcleos e apresenta uma solução definitiva para as tais chaves mágicas, sem possibilidade de uma continuidade. Os efeitos especiais continuam bem realizados, explorando criaturas digitais, chaves e dimensões alternativas, voo de pássaros e a descida ao poço dos ecos. Com a quantidade menor de episódios, com alguns durando apenas trinta minutos, os enredos passam a ser mais dinâmicos, sem seus excessos. Não é melhor que a primeira, nem tampouco se aproxima de um nível de excelência. Ainda assim, conclui-se de maneira satisfatória, encerrando seus arcos e sem deixar pontas soltas.

Locke & Key não foi exatamente o que se esperava numa visão completa. Passeando pela fantasia e tramas teens, a série se afastou de alguns conteúdos assustadores do material original, sem a mesma ousadia. De qualquer modo, pode ser interessante para quem gosta de um programa simples e curte aventuras fantásticas, que poderiam ser exibidas na Sessão da Tarde.

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