![]() Mind Body Spirit
Original:Mind Body Spirit
Ano:2022•País:EUA Direção:Alex Henes, Matthew Merenda Roteiro:Topher Hendrixs, Alex Henes, Matthew Merenda Produção:Dan Asma, Jesse McClung Elenco:Sarah J. Bartholomew, Madi Bready, KJ Flahive, Anna Knigge, Kristi Noory |
O gênero horror é um cristal multifacetado onde podemos encontrar as mais absurdas combinações; geladeiras e camas canibais, calças jeans vingativas, cabelos assassinos e assim a loucura segue sem controle por dezenas de títulos. Muitas destas ideias até que conseguem prender a atenção do espectador, mas outras escorregam no pedantismo e o resultado é um aglomerado de baboseiras que, ao invés de divertir o fã do gênero, acaba por entediá-lo até a morte.
Este é o caso de Mind, Body, Spirit…
Dirigido por Alex Henes (Beyond the Sky, 2018) e Matthew Merenda (Grapple and Chop, 2009) a trama gira em torno de Anya (Sarah J. Bartholomew), uma influencer em início de “carreira” que resolve criar um canal sobre os benefícios da yoga… mesmo sem saber nada nenhuma sobre o assunto!
Impulsionada pela amiga marombeira Kensi (Madi Bready), Anya descobre que uma vida “namastê” na cidade grande não é tão fácil assim como reza a lenda e resolve mudar-se para a casa abandonada de sua falecida avó Verasha (Kristi Noory) – uma mulher reclusa que sua mãe se recusa a falar – para ter um pouco de paz de espírito. Após alguns acidentes de percurso na reforma da casa, descobre uma sala secreta repleta de itens pagãos onde sua avó praticava sua religião pouco convencional e encontra um antigo diário onde a velha senhora narrava suas experiências de transcendência espiritual, e o que era apenas para ser um canal de auto-ajuda se transforma numa espiral de loucura e possessões.
Calcado no já sonolento estilo “found footage”, Mind, Body, Spirit não consegue atingir o espectador com a mesma força de alguns de seus antecessores como A Bruxa de Blair (1999), Cloverfield (2008) e Afflicted (2013). Henes e Merenda (sim, é isso mesmo que você leu!) nos apresentam um filme preguiçoso e cheio de pretensão onde tudo é um aglomerado de coisas que já estamos cansados de ver como câmeras tremendo com estática, espíritos fotográficos e monólogos tediosos. Sarah J. Bartholomew até entrega uma atuação representativa, mas que se perde no filme após o segundo ato. A “amiga” Kensi é uma ponta que deveria amarrar a trama para dar um pouco mais de densidade à história, mas é obscurecida pela confusão do roteiro que navega entre a loucura clínica da personagem e os fatores sobrenaturais do filme.
Se você gosta de colecionar os absurdos que o gênero horror apresenta, Mind, Body, Spirit é uma boa opção para assistir com os amigos num domingo preguiçoso, comendo pipoca e conversando durante sua exibição.