 Código Preto
Original:Black Bag
Ano:2025•País:EUA Direção:Steven Soderbergh Roteiro: David Koepp Produção:Gregory Jacobs, Christof Neracher, Casey Silver Elenco:Michael Fassbender, Gustaf Skarsgård, Cate Blanchett, Tom Burke, Marisa Abela, Regé-Jean Page, Naomie Harris, Kae Alexander, Martin Bassindale, Pierce Brosnan, Paul Bailey, Bruce Mackinnon, Orli Shuka, Daniel Dow, Ambika Mod |
A mesma dupla do thriller Kimi (o diretor Steven Soderbergh e o roteirista David Koepp) se reúne novamente num longa que, como o citado anteriormente, é esperto, ágil e enxuto (também com aproximadamente uma hora e meia de duração), amparado ainda por um excelente elenco, dos protagonistas ao coadjuvantes.
Aqui o tema é o mundo da espionagem e o filme tem inicio quando o agente George Woodhouse (Michael Fassbender) recebe uma lista de nomes para investigar quem, dentre eles, está vendendo segredos que podem causar o caos e a morte de milhares de pessoas. Nessa lista encontra-se o nome de sua esposa Kathryn St. Jean (Cate Blanchett), também agente da inteligência britânica. Com esse contexto, a trama segue na linha de desvendar se Kathryn é a traidora, enquanto o personagem de Fassbender se debate entre a lealdade ao casamento ou ao seu país.
Um ótimo enredo filmado com maestria, resultando num thriller de espionagem nos moldes das melhores adaptações de John Le Carre, onde acompanhamos com vivo interesse o debate interno moral de George para proteger sua esposa e, ao mesmo tempo, buscar uma solução para a investigação em curso.
Há várias cenas memoráveis no longa, mas a do jantar logo no início do filme (existe outra no final) é insuperável! A maneira calculada e dissimulada que todos se portam no começo vai crescendo em descobertas e tensões, culminando num momento impagável de violência (praticamente o único respiro meio trágicomico do filme).
Além dos astros protagonistas que seguram os seus papéis com unhas e dentes, vale destacar a atuação de Marisa Abela (que já viveu Amy Winehouse no cinema em Back To Black de 2024) e Tom Burke, como um agente com uma língua ferina e poucos escrúpulos.
