Nós, fãs de terror, já estamos acostumados com cenas chocantes nos filmes que costumamos assistir. The ABCs of Death, antologia composta por 26 curtas, cada um mostrando uma forma de morrer, não chega a ser tão surpreendente para esse tipo de fã. Quando o filme é apresentado para alunos entre 14 e 18 anos de uma escola americana, porém, a coisa muda de figura.
Em Columbus, Ohio, uma professora substituta foi acusada de cinco crimes de disseminação de material prejudicial para jovens ao exibir a antologia para cinco classes de Espanhol do Ensino Médio, tendo sido condenada por quatro.
O advogado de defesa de Sheila Kearns argumentou que a professora não tinha conhecimento sobre o tema de The ABCs of Death antes de exibi-lo, achou que o filme fosse em Espanhol (alguns segmentos, de fato, são) e não teria exibido caso soubesse qual era seu conteúdo. A professora afirmou que ficou de costas para a televisão durante o filme, portanto não viu as cenas.
A situação foi descoberta quando um aluno comentou com outro professor o que viu na aula de Espanhol, o que levou o assistente da direção ir até a sala de aula. Quando o funcionário entrou na sala, Kearns tentou adiantar o filme, e acabou pausando em uma cena em que aparecia uma mulher nua (como se já não estivesse ruim o suficiente…). Uma aluna testemunhou no julgamento e disse que as cenas eram tão perturbadoras que ela parou de assistir o filme e começou a fazer a lição de casa, olhando às vezes apenas para saber o motivo de seus colegas de classe estarem “indo à loucura”.
A detetive Lolita Perryman também testemunhou, afirmando que Kearns parecia despreocupada quando o conteúdo de The ABCs of Death lhe foi descrito. Perryman falou especificamente sobre o segmento L is for Libido, de Timo Tjahjanto, que mostra uma competição de masturbação em que os perdedores são empalados. “Ela me disse”, contou a detetive, “que as crianças veem coisa pior em casa”.
Durante o julgamento, o advogado de Kearns argumentou que ninguém “que não esteja alegando insanidade” mostraria The ABCs of Death para estudantes do Ensino Médio e que “de forma alguma você exibiria o filme sem conhecimento sobre seu conteúdo”. A professora acabou sendo condenada por quatro das cinco acusações, pois, de acordo com o júri, Kearns poderia ter exibido o filme par a primeira classe, porém, então, já deveria ter percebido que a produção era imprópria antes de exibi-la para a segunda. A sentença de Kearns será anunciada em março.
se as crianças tinham entre 14 e 18 anos é o publico certo que gosta de terror , acho exagero, seria mais grave se fosse um documentário com mortes reais sobre pena de morte e guerra ou cenas pornográficas já que o conteúdo sexual do filme exibido também é simulado.