No dia 12 de junho de 2020 chega aos cinemas americanos a “sequência espiritual”, como descrita por Jordan Peele (Corra!), de O Mistério de Candyman, com direção de Nia DaCosta. Baseado no The Forbidden, de Clive Barker, o filme de 1992 trouxe Tony Todd no papel-título, uma entidade que, em vida, era um homem negro que se apaixonou por uma mulher branca e foi assassinado elo pai de sua amada.
Ainda não se sabe se Todd estará na sequência, mas, em uma entrevista ao Syfy, o ator falou sobre o que acha da ideia: “Eu tenho sentimentos conflitantes, porque achei que eles fossem fazê-lo quinze anos atrás. Se eu tivesse ouvido essa notícia há dez anos, teria ficado devastado. Eu teria brigado por isso. Agora estou em outro lugar”.
Ele continuou: “Tenho tantas outras opções que, se eles o fizerem sem mim, o que eu duvido, a atenção que o novo filme vai atrair vai levar pessoas de volta ao original, porque elas gostam de ver o material base”.
O Mistério de Candyman permanece relevante por sua abordagem do racismo que ainda persiste na sociedade. Sobre essa questão, Todd comentou: “Em 2018, acho que existem alguns bairros que poderiam usar a justiça de Candyman, entende? Eu fico feliz, como um homem afro-americano, por Candyman ter recebido permissão de entrar na consciência das pessoas”.
O ator finaliza comentando algumas coisas que espera do novo filme: “Eu espero que eles não se esquivem da relação entre Candyman e o amor de sua vida, o motivo de sua morte e que eles possam se beijar. [Antes] era raro atores negros beijarem as protagonistas brancas com quem trabalhavam”.
É um crime fazerem o Candyman sem o Tony Todd, ele é o Candyman.