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Kill List (2011)
Brutal, Perturbador e Misterioso!
Kill List
Original:Kill List
Ano:2011•País:UK
Direção:Ben Wheatley
Roteiro:Amy Jump, Ben Wheatley
Produção:Claire Jones, Andrew Starke
Elenco:Neil Maskell, MyAnna Buring, Harry Simpson. Michael Smiley, Struan Rodger, Esme Folley, Ben Crompton, Robin Hill

Filme inglês incômodo e brutal, é o segundo trabalho do diretor Ben Wheatley, pouco conhecido por nós brasileiros – independente e vencedor de vários prêmios em alguns festivais na Europa, entre eles, o de melhor ator coadjuvante para Michael Smiley no British Independent Film Awards.

O início da trama, mostra a rotina de uma família em crise, Jay (Neil Maskell), Shel e seu filho – entre brigas e reconciliações, recebem a visita do amigo Gal (Smiley) – que traz para Jay uma proposta de trabalho, com muita grana envolvida. Jay, a princípio, recusa, mas após outra briga aceita o serviço: assassinar três pessoas. O passado de Jay é revelado através de diálogos entre os personagens; sabemos que o mesmo é um ex-combatente, assim como Shel e Gal – e que teve um serviço mal-sucedido em pouco menos de 1 ano, que o deixou um pouco paranoico.

Quando conhecemos o contratante, já sabemos que não será um trabalho comum: um excêntrico homem de terno preto, de poucas palavras, que corta a mão de Jay, assim como a sua, numa espécie de pacto de sangue. A situação piora quando vão atrás da primeira vítima da lista – um padre – que, antes de ser alvejado com o tiro, agradece a Jay. A partir daí, a dupla entra em mundo sombrio, onde toda a sanidade dos dois será posta à prova. O que parecia ser um simples filme de ação, onde dois matadores tem que executar um serviço, torna-se um estranho e sombrio thriller. Jay fica curioso pelos motivos das mortes, e toda sua paranoia vem à tona, preocupando o amigo Gal – e, com o decorrer da trama, de caçadores passam a ser caça.

O roteiro do filme acerta ao não mostrar o passado dos personagens através de flashbacks, apenas os diálogos nos dão uma noção do que aconteceu e do que está por vir – opção também interessante em não revelar muita coisa sobre o sombrio Contratante do serviço, assim como outros personagens, entre eles a atual namorada de Gal, a estranha Fiona. Sem muitas explicações o roteiro segue para um final trágico, que nos deixa sem entender os motivos para o tal – mas choca de uma maneira brutal. A edição com cortes secos é incômoda – deixa o filme num clima de tensão crescente e agonizante. No elenco, o destaque fica para Smiley, vencedor do prêmio citado no início desta crítica.

 

Com mais perguntas do que respostas, Kill List é brutal e misterioso à sua maneira. Poucas são as cenas de violência, mas são realmente fortes! É estranho, incômodo – daqueles filmes que nos deixam sem lugar quando terminam.

Obs: Vale a pena prestar a atenção em uma das cenas iniciais e relacioná-la à sequência final – é perturbador.

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Média da classificação 4 / 5. Número de votos: 6

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5 Comentários

  1. Acabei de assistir, é um ótimo filme mesmo. A identidade do “corcunda” só não me surpreendeu porque eu já tinha visto antes a mesma coisa em A Serbian Film.

  2. Começa como um drama, depois ganha ares de policial barra pesada e evolui para algo ao estilo do terror dos anos 1970. É realmente um filme incômodo, algo angustiante e que fica, mesmo, na cabeça. Há muito que um filme não me causava essas sensações.

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