Las Vegas Bloodbath
Original:Las Vegas Bloodbath
Ano:1989•País:EUA Direção:David Schwartz Roteiro:David Schwartz Produção:David Schwartz Elenco:Ari Levin, Rebecca Gandara, Barbara Bell, Susanne Ciddio, Tiffany Heisler, Leah Luchette, Jennifer Quinn, Elizabeth Anderson, Tina Prunty, Trisha Eubanks |
Nunca se sabe como um homem vai reagir à dor que um par de chifres na cabeça causa. A solução mais prática é aquela imortalizada por Reginaldo Rossi: ir ao bar mais próximo e beber até desmaiar. Só que tem gente que acaba reagindo um pouco forte demais, e no lugar de umas cervejas, prefere beber um pouco de sangue humano… ou até se banhar nele. Foi assim que aconteceu com o psicopata corno deste slasher vagabundérrimo, chamado Las Vegas Bloodbath, um filme a ser estudado, analisado e dissecado por cientistas nos anos vindouros. Eles se debruçarão sobre suas contas, tentando descobrir como o cineasta David Schwartz foi capaz de fazer um filme recheado com decapitações, mutilações a rodo, depravação, misoginia e até um feto arrancado da barriga da mãe e atirado na parede, tudo isso apertado numa metragem de apenas 77 minutos… e ainda assim, produzir um dos filmes mais chatos e arrastados da história do horror!
O vilão interpretado por Ari Levin neste filme começa como um homem de negócios comum e até simpático, que, depois de pegar a esposa com um policial na cama, mata os dois e sai por Las Vegas, massacrando mulheres a esmo, e aterroriza um grupo de lutadoras de luta livre que se reúnem na casa de uma amiga grávida. A sangreira dos primeiros 20 e dos últimos 30 minutos do filme são intercalados por cenas imensas de diálogo, que só servem para divulgar o “trabalho” do grupo de lutadoras profissionais que interpretam as vítimas do filme, e que provavelmente trabalharam de graça para conseguir essa divulgação.
Estes longos e tediosos momentos de diálogo improvisado estariam lá para criar alguma empatia com as personagens, algo como aquilo que seria feito com maestria em Wolf Creek, 16 anos depois. Mas Las Vegas Bloodbath falha miseravelmente neste ponto, assim como no retrato de seu assassino, que sofre a transformação de pessoa normal a serial killer em dois segundos. A falta de recursos chega a ser divertida, e as mortes são ao mesmo tempo sangrentas e hilariantes, com efeitos vagabundos mas efetivos. Mas mesmo com a alta contagem de cadáveres, os únicos momentos realmente impactantes são a cena do feto extraído, par a par com a cena do aborto em Antropophagus; e o tal banho de sangue do título.