Aliens, o Resgate
Original:Aliens
Ano:1986•País:EUA, UK Direção:James Cameron Roteiro:James Cameron, David Giler, Walter Hill Produção:Gale Anne Hurd Elenco:Sigourney Weaver, Michael Biehn, Carrie Henn, Paul Reiser, Lance Henriksen, Bill Paxton, Jenette Goldstein, William Hope, Mark Rolston, Ricco Ross, Colette Hiller |
Faz 26 anos que um dos maiores clássicos da ficção científica ganhou sua primeira seqüência. O ano era 1986 quando Aliens – O Resgate (Aliens) fez sua estreia mundial, entrando para a história como uma das melhores sequências de uma obra cinematográfica já feita. Visto hoje, continua uma produção imponente, que não perdeu sua força com o passar dos anos ou com advento dos efeitos digitais no cinema. Um filme grandioso, mas que levou um longo caminho para ser realizado e quase não teve o formato que conhecemos e que tanto sucesso fez. Para falar de Aliens (como ficou conhecido), é preciso voltar sete anos antes, exatamente para 1979, quando o seu antecessor, Alien – O Oitavo Passageiro (Alien) fora lançado.
Dirigido por Ridley Scott (Blade Runner, 1981), o filme conta a história de um grupo formado por sete astronautas, que ao retornarem para a Terra, recebem sinais vindos de um planetoide. Ao investigarem o local, um dos tripulantes é atacado por um estranho ser, que gruda no rosto dele, mas o que parecia ser um ataque isolado se transforma em um terror, pois o tripulante levou para dentro da nave o embrião de um alienígena, que ao nascer, se mostrará como uma máquina assassina e indestrutível.
Sucesso absoluto de público e crítica, o filme foi um divisor das obras de ficção científica. A produção bem cuidada, o roteiro seguro e a direção competente de Scott, criaram uma ambientação claustrofóbica em formato de pesadelo futurista. O designer do monstro ficou a cargo do artista plástico suíço H. R. Giger, que fez um trabalho marcante, enquanto a então estreante atriz Sigourney Weaver, teve atuação também marcante como a Tenente Ripley, a única sobrevivente da tragédia espacial, o que carimbou seu passaporte para o hall das grandes estrelas de Hollywood.
Foi logo no ano seguinte ao lançamento do primeiro Alien, em 1980, que uma seqüência começou a ser pensada, mas devido a problemas administrativos da Fox, que passava por mudanças na direção da empresa, terminou arquivado o projeto. Somente em 1983, quando um novo grupo assumiu a presidência da produtora, foi que um Alien 2 (como foi chamado na época) pôde começar a ser desenvolvido.
Mas o filme passaria por alguns problemas antes de receber sinal verde. O primeiro foi a falta de um bom roteirista, que nesse caso, pode ser crucial para o resultado final do filme. Depois de vários scripts recusados, foi de um jovem e desconhecido James Cameron, admirador confesso do filme original, que veio uma história que chamasse a atenção dos poderosos da Fox. No entanto, o roteiro apresentado por Cameron não estava completo, servindo apenas como base para suas idéias. Apesar do interesse pela continuação, o cargo de diretor estava vago.
Foi uma decisão arriscada, mas um dos produtores, do que viria a ser Aliens, sugeriu o nome de Cameron para dirigir o filme, o que deixou o estúdio inseguro, pois tratava-se de um investimento de alto risco, especialmente porque o roteiro apresentado previa uma história grandiosa e dessa forma, cara. A Fox estava receosa em aceitar tal proposta, então lançou um desafio para Cameron, que estava em processo de pré-produção de um outro filme de ficção científica. Se o tal trabalho fosse bem feito e fizesse sucesso, ele iria dirigir Aliens. O filme em questão era O Exterminador do Futuro (Terminator, 1984), que foi o arrasa quarteirão de 1984, dando para Cameron, além de sucesso, um outro emprego.
A primeira decisão de Cameron foi de fazer realmente uma seqüência e não um remake de Alien. “Queria pegar as ideias de Ridley Scott e ampliá-las, sem fazer uma cópia“. Ampliar foi um termo bem utilizado para definir o segundo filme, que logo se mostrava cada vez mais como um projeto grande. Além da história, muito mais voltada para a ação, com a participação de soldados que enfrentariam vários aliens, o roteiro escrito por Cameron era basicamente sobre uma personagem: a tenente Ripley. O ano já era 1985 e até então, a atriz Sigourney Weaver, nem imaginava que o seu filme tão querido estava prestes a ganhar uma sequência.
Ao receber o roteiro, a primeira reação de Sigourney foi de cautela, mas depois de perceber o
tratamento que Cameron daria para sua Ripley, aceitou o desafio. “Gostei principalmente do lado humano explorado em Aliens“, explicou a atriz sobre o filme. Tudo certo, hora de começar as filmagens e foi no lendário estúdio de Pinewood, na Inglaterra, que o filme começaria a ganhar vida e passaria por uma das fases mais complicadas, o pulso firme de Cameron durante as gravações. Com um objetivo traçado de fazer um grande filme, o diretor não pensava duas vezes em demitir quem não seguisse o seu comando. Desde a equipe técnica, como o diretor de fotografia Dick Bush, até membros do elenco, como o ator James Remar, que tiveram divergências com Cameron e foram logo substituídos.
Até a atriz Sigourney Weaver foi vítima desse posicionamento do diretor, quando a mesma ficou incomodada com a quantidade de armas utilizada no filme e um teor voltado para a violência. Preocupada, foi procurar Cameron para minimizar o problema, mas acabou escutando a seguinte frase do diretor: “Tudo bem, vamos fazer uma cena em que o alien ataca a Ripley e ela bate um papo com o bicho e convence-o a morrer“. O clima da equipe durante as filmagens era de cansaço, físico e psicológico, pois Cameron se mostrou um diretor preocupado com cada detalhe, por menor que fosse, o que proporcionou um filme rico em cenários e elementos de cena.
Os efeitos especiais também foram inovadores para a época, gerando sequências bem realizadas, que mesclavam sobreposição de imagens e utilização de bonecos e maquetes, além de um eficiente trabalho com aliens hidráulicos e animatronics, o que dava um efeito muito real para as criaturas. Uma vez pronto, o filme passou por um delicado processo de edição, que gerou uma versão de 154 minutos, que foi considerada muito longa para ser exibida nos cinemas. Contrariado, Cameron fez uma segunda edição, com 137 minutos, mas que retirava cenas importantes do filme, o que teria deixado Sigourney Weaver furiosa e anos sem falar com o diretor.
Tal raiva se deu pelo fato da maioria das cenas excluídas serem seqüências dramáticas de Ripley, e que segundo Sigourney, jamais poderiam ter sido eliminadas, caso contrário, ela não teria aceito fazer o filme. A versão original, chamada de “Director´s version“, seria lançada em 1991, em formato Laser Disc, e posteriormente em DVD.
Mas o filme ficou pronto e foi lançado, conseguindo ser uma seqüência e não um remake, como desejou Cameron desde o começo. Depois de um sono criogênico de cinqüenta e sete anos, a Tenente Ripley é resgatada em uma estação espacial. Sua história é recebida com ceticismo e ela descobre que o local onde tudo ocorreu com sua nave foi colonizado por cerca de 70 famílias. Quando a comunicação é misteriosamente interrompida, Ripley volta ao planeta acompanhado por uma equipe de experientes soldados armados com os mais modernos armamentos. Uma vez lá, o grupo terá que lutar pela sua própria sobrevivência dentro de um mundo dominado pelos aliens.
Era a obra de Ridley Scott ampliada, elevada a um nível superior. O suspense claustrofóbico do primeiro filme deu lugar ao poder de fogo em um filme de ficção voltado para ação de tirar o fôlego. Quando o filme foi lançado nos cinemas, foi sucesso absoluto de público e crítica. A obra concorreu a sete Orcar, incluindo Melhor Atriz para Sigourney Weaver e vencendo em Melhores Efeitos Especiais e Efeitos Visuais. Como toda boa obra, resistiu ao tempo sem desaparecer, tanto que aos 26 anos, parece tão novo quanto quando foi lançado em 1986.
Curiosidades:
– O título Aliens foi escolhido porque uma produção italiana de 1980, que foi realizada como uma sequência de Alien foi batizada de Alien 2. O filme é uma produção trash, com atores fracos e efeitos sofríveis. A ação se passa na Terra quando uma nave espacial chega do espaço com um vírus alienígena que começa a contaminar a toda a população.
– A filha de Ripley é interpretada no filme pela mãe de Sigourney Weaver, a atriz Elizabeth Inglis, que trabalhou em 10 filmes entre os anos de 1934 e 1945, incluindo 39 Degraus (The 39 Steps), de Alfred Hitchcock.
– Foi escolhido como o 42º maior filme de todos os tempos pela “Entertainment Weekly“.
– Um dos sets utilizados em Aliens, O Resgate permaneceu intacto após o término das filmagens, tendo sido utilizado também no filme Batman (1989), onde aparece como um dos cenários da Axis Chemicals.
– Todos os atores que fizeram os soldados nos filmes, com exceção de Michael Biehn, que entrou no projeto já perto das filmagens começarem, tiveram que passar por um duro treinamento militar.
– O primeiro roteiro apresentado por James Cameron, em 1983, possuía algumas diferenças com relação ao filme lançado três anos depois. Eis algumas delas:
* O personagem Carter Burke não existia e as suas falas pertenciam ao Dr. Oniel, que não existe na versão do filme. Neste roteiro ele não acompanha Ripley e os soldados para a missão.
* A estação Gateway, onde Ripley se recupera após o sono criogênico de 57 anos, se chamava Terra Estação Beta.
* O nome do planeta colonizado seria originalmente Acheron, pois esta informação, apesar de não estar no primeiro filme, constava no roteiro do mesmo.
* A filha de Ripley estava viva e ambas conversariam através de um videofone, onde ela culparia a mãe por ter abandonado-a para ir ao espaço.
* Um cena adicional mostraria os fuzileiros entrando no ninho dos aliens e sendo atacados e dominados por 10 facehuggers, os seres que depositam o embrião alienígena no hospedeiro.
* Em determinado momento, Ripley, Hicks e Newt seriam presos nos casulos pelos aliens.
Ridley Scott que me perdoe, mas o James Cameron elevou o Alien a um outro nível com esse filme. Pra mim, simplesmente melhor da franquia!
Ele bem que podia voltar pra consertar as últimas cagadas que o Ridley vem fazendo. (Isso se é que algum dia ele vai terminar de fazer as continuações de Avatar…)
Gosto bem mais que o primeiro,filmaço foda !!!!
Alguém sabe o tel da rainha(mamãe buchuda)Alien???????sou apaixonado por ela!!!sua boquinha é muito sensual!!!!com aquela gosma então!!!!!!!! acho ela super poderosa!!!mas afinal, como seria a sequência do 5°filme com a mesma, se foi arrastada para o fundo do oceano presa a uma caixa d’agua??????será que sobreviveria para o 5°filme???
O que dizer desse filme. Assisti ao mesmo tinha 12 anos de idade. Estou com 41 anos e até hoje esse filme me surpreende. Simplesmente, fantástico.
Recentemente, venceu uma eleição que escolhia a malehor sequência de todos os tempos, ficando à frente de fodões como Poderoso Chefão 2 e Exterminador do Futuro 2.
http://gatosmucky.blogspot.com.br/2011/06/pragas-espaciais.html
Abraço.
Adoro esse filme, mas eu sempre ouso dizer que o Cameron estragou os Aliens pra sempre depois dele, nunca mais representaram Xenomorfos como algo além de insetos gigantes depois disso.
O filme é legal, mas o que me incomodou foi o excesso de aliens e a facilidade com que eles morriam, considerando-se que no primeiro filme é apenas um e é quase imortal.
É que em Alien não havia armas, já no Aliens os caras são marines armados até os dentes.
esse diretor é o melhor no que faz! ás bilherias histórica diz isso . gostei muito dessa parte 2 que deve tão pouco ao primeiro..
MASSA.
“o diretor não pensava duas vezes em demitir quem não seguisse o seu comando”, quando ocorre isso, ele tem que comunicar ao estúdio ou ele mesmo tem liberdade pra demitir quem quiser?
Pelo que sei, James Cameron não é um dos diretores mais agradáveis com o qual se trabalhar. “O Segredo do Abismo” também teve divergências entre o diretor e a equipe, sendo que, depois desse, Ed Harris nunca deixou de falar mal de Cameron.
Também fico puto, porque as 2h30 eu nunca vejo passar toda vez que assisto esse filme e provavelmente foram os cortes nas cenas dramáticas na versão original os quais impediram Sigourney Weaver de levar a estatueta. Ela trabalha com excelência em ambas as obras, mas o aspecto materno aqui merecia um Oscar de Melhor Atriz.