Max - Fidelidade Assassina
Original:Man's Best Friend
Ano:1993•País:EUA Direção:John Lafia Roteiro:John Lafia Produção:Robert Engelman Elenco:Ally Sheedy, Lance Henriksen, Robert Costanzo, Fredric Lehne, John Cassini, J.D. Daniels, William Sanderson, Rick Barker, Bradley Pierce, Cameron Arnett |
Max – Fidelidade Assassina conta a história da jornalista Lori (Ally Sheedy) que, decidida a obter um furo de reportagem, invade o instituto de pesquisas EMAX e encontra vários animais enjaulados e aparentemente sofrendo maus-tratos. Um deles, um cão mastim tibetano de nome Max, chama sua atenção e ela o liberta, sem saber que por trás de sua fidelidade e fofura existe uma fera caçadora e assassina geneticamente modificada.
O filme é uma grande bagunça, não sabendo se caminha para o humor (in)voluntário ou se leva a sério a ideia de um cachorro homicida. A única ideia que o filme brinca de encontrar é com o seu título original. A ideia de “o melhor amigo do homem” é levada a sério se levarmos em consideração a lealdade integral de Max para com Lori, levada até as últimas consequências, literalmente.
Povoado por personagens todos unidimensionais, com destaque negativo para as caricaturas dos policiais incompetentes e para o cientista louco interpretado por Lance Henriksen, que aqui se mostra um tremendo canastrão (diferente de sua memorável performance como Bishop em Aliens – O resgate), o filme, escrito e dirigido por John Lafia, não consegue se diferenciar de nenhum de seus companheiros genéricos, apresentando a mesma estrutura narrativa e os clichês da época. Mesmo a protagonista se mostra insossa e, no primeiro ato, se revela um ser de caráter duvidoso, uma quase proto-Gale-Weathers (a repórter de Pânico), quando invade o laboratório tão somente para conseguir uma notícia sensacionalista, em vez de demonstrar uma preocupação genuína com os animais. Assim, quando assistimos aos ataques de Max, não há sequer um compadecimento mínimo com qualquer vítima, já que todas elas se mostram sujeitos desprezíveis que merecem seu destino, do carteiro que joga spray de pimenta em Max até o namorado de Lori que tenta envenenar o cão. Dessa maneira Max acaba se tornando o único personagem da trama que importa para o espectador, se tornando simpático em vez de uma ameaça genuína. E esses pontos denunciam o frouxo roteiro de Lafia. Não sabendo se quer mostrar Max como uma vítima das pesquisas do Dr. Jarret, ou como vilão, ele apela até mesmo para um ataque sexual de Max, quando este estupra (!!!) uma cadela vizinha, com direito à canção de fundo “Puppy Love”, o que confere um ar cômico à cena, mas mais uma vez denuncia a completa falta de tom e senso que Lafia deveria ter encontrado no filme, se desencontrando entre a comédia, o horror, o filme reacionário ou o filme-denúncia.
O terceiro ato apela para uma perseguição gato-e-rato padrão e formulaica, mais do mesmo e que culmina num final terrivelmente anticlimático. Mesmo com toda a falta de qualidade, Max se configura com sendo o mais representativo e autoral trabalho do fraco John Lafia, cujo currículo exibe porcarias como o telefilme Ratos em Nova York (2002) e Brinquedo Assassino 2 (1990). Devem apreciar o filme apenas aqueles que lembram com certa nostalgia desse sub-clássico da TV aberta dos anos 90.
Ah eu gosto dele, p mim esse e cujo são uns dos que mais gosto de filmes de “bicho assassino” considerando que a maioria é bem ruin. Falam tanto do Lance Henriksen , mas eu gosto da presença dele nos filmes, mesmo ele sendo figurinha marcada nos filmes B.
Filmaço lembro quando assisti também me assustei bastante , principalmente na cena que ele engole um gato..
Assisti esse filme quando passou no Tela quente, inédito, em 1998. Pelo que lembro foi a única vez que passou. Se passou outra vez foi pelas madrugadas da vida. Um tempo mais tarde aluguei em vhs (até 2005 eu ainda alugava vhs).
Passou também no Domingo Maior em 2000. Eu me lembro.