Red: A Caçadora de Lobisomens
Original:Red: Werewolf Hunter
Ano:2010•País:EUA, Canadá Direção:Sheldon Wilson Roteiro:Angela Mancuso, Brook Durham Produção:Lewis Chesler, Robert Vaughn Elenco:Felicia Day, Kavan Smith, Stephen McHattie, Greg Bryk, Rosemary Dunsmore, David Reale, Carlyn Burchell, Kevin Power, Argiris Karras, Joan Grisson |
A famosa história da Chapeuzinho Vermelho é a primeira referência infantil aos lobisomens – Os Três Porquinhos só apareceriam quase duzentos anos depois. Escrita no século XVII por Charles Perrault, a fábula sempre foi uma rica fonte de inspirações e teve inúmeras interpretações, com a criatura servindo como metáfora até mesmo à puberdade. Para os fãs do gênero, não há como não se lembrar do excelente A Companhia dos Lobos, que trouxe à história uma conotação adulta, agressiva e assustadora. Mais recentemente viria a distorcida A Garota da Capa Vermelha (2011), já com influência de uma tendência atual de romantizar o gênero fantástico, tendo como principal nome a Saga Crepúsculo. Um ano antes, uma versão menor também traria uma conexão com a fábula de Perrault, colocando a personagem principal como uma caçadora de lobisomens, descendente da tradicional Chapeuzinho Vermelho.
Virginia (Felicia Day, da série Sobrenatural) resolve trazer seu noivo Nathan (Kavan Smith, de Missão: Marte) para conhecer sua excêntrica família. O rapaz nota que existe um segredo por trás do apelido de sua companheira, Red, e da forma como ela é tratada pelos irmãos Marcus (Greg Bryk) e Jake (David Reale), e, especialmente, pela avó (Rosemary Dunsmore). Tal mistério se intensifica com a chegada de um estranho, ferido ao local, que balbucia o nome Gabriel, antes de seu corpo se auto-incinerar. Quando Virginia resolve contar a Nathan sua descendência e a verdade sobre a existência de lobisomens, o rapaz resolve fugir da casa para a floresta à noite e, claro, é atacado por Gabriel.
De acordo com as tradições dos caçadores, lobisomens só deviam atacar na Lua Cheia, mas o que surpreendeu Nathan veio numa noite comum, o que evidencia uma nova capacidade dos amaldiçoados. A transformação de Nathan é inevitável, porém pode ser cessada se a criatura original for assassinada antes que ele faça sua primeira vítima. A família de Virginia vai para a cidade dos lobisomens, um local dominado pelas criaturas e que aceitou fazer uma trégua com os caçadores, para encontrar Gabriel para entender sua nova habilidade. Daí o que se segue já é um roteiro conhecido: os heróis são presos, alguns morrem no confronto com as criaturas, ocorre a batalha final na cada da avó, com Nathan enjaulado para impedi-lo de atacar alguém.
É impossível se importar com as personagens ou até se envolver com a trama, quando surgem os lobisomens digitais: criaturas magrelas e com aspecto de animação. Há até alguns momentos curiosos, com o “jogo dos lobisomens“, com os monstros correndo pela cidade em busca das vítimas, anteriormente acorrentadas – algo similar foi visto no romance Sangue e Chocolate -, porém a própria protagonista não convence como heroína, assim como o caricato Gabriel, na pele do veterano Stephen McHattie.
Se a direção de Sheldon Wilson (foi melhor em Terra Rasa) não atrapalha, também não ajuda. Momentos que poderiam ser mais tensos, como a caminhada pela floresta na aparição da primeira criatura, são frios, extremamente iluminados e anti-climáticos. Também não espere por alguma referência à obra de Perrault, pois não há. Fico até imaginando o autor original, questionando à Angela Mancuso sobre algumas ideias sem inspiração de seu roteiro: “Se não tem nada a ver com o meu trabalho, por que essas referências tão grandes a minha obra, Angela?” E, viria a resposta: “É para vender melhor!“
Simplesmente horrível, não consegui assistir mais do que 2 epsódios..
Excelente filme, compensa os efeitos especiais fracos com excelente roteiro e uma ótima atriz principal.
Uma bela porcaria!