Um Lobisomem na Amazônia (2005)

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Um Lobisomem na Amazônia (2005)

Um Lobisomem na Amazônia
Original:Um Lobisomem na Amazônia
Ano:2005•País:Brasil
Direção:Ivan Cardoso
Roteiro:Gastão Cruls, Rubens Francisco Luchetti, Evandro Mesquita, Flávio de Souza
Produção:Diler Trindade
Elenco:Daiana Amêndola, Karina Bacchi, Tania Boscoli, Bruno de Luca, Orlando Drummond, Sidney Magal, Nuno Leal Maia, Júlio Medaglia, Joana Medeiros, Evandro Mesquita, Paul Naschy, Pedro Neschling

Ao adaptar o livro de Gastão Cruls para o cinema, o diretor Ivan Cardoso realizou um antigo sonho de filmar com uma das maiores lendas vivas do Cinema Fantástico: o ator Paul Naschy aka Jacinto Molina, mestre espanhol do horror cinematográfico que possui uma filmografia gigantesca e faleceu em 30 de novembro de 2009.

No filme de Cardoso Naschy interpreta o Dr Moreau, uma referência ao famoso personagem da Literatura Fantástica, e ao mesmo tempo surge em algumas cenas encarnando um lobisomem, personagem que o tornou famoso mundo afora. Naschy interpreta no filme um arquétipo absoluto e hilário, o do cientista louco que utiliza cobaias humanas, numa referência próxima ao Dr Orloff de seu conterrâneo Jesus Franco.

Um Lobisomem na Amazônia (2005) (2)

A trama é ambientada na Amazônia e mostra um grupo de jovens liderado por um guia interpretado por Evandro Mesquita e composto de outras figurinhas globais como: Bruno de Lucca, Karina Bacchi, Pedro Neschling e Danielle Winits, com destaque para a bela Djin Sganzerla. Temos no elenco de Um Lobisomem na Amazônia a presença de Nuno Leal Maia, no papel do Prof Scott Corman, que deseja conhecer o Dr Moreau e está intrigado com fatos estranhos que estão ocorrendo na região, além de uma participação especial de Sidney Magal fazendo uma performance bizarra como uma espécie de “Entidade Asteca”.

Duas tramas rolam paralelamente. Uma com as experiências do demente Dr Moreau e outra com o grupo de jovens se embrenhando pela Floresta Amazônica atrás do famoso chá alucinógino-místico do Santo Daime. O ataque do lobisomem é interessante mas poderia ter sido mais sangrento, aliás o que faltou ao filme foi mais violência gráfica e menos comédia.

Cardoso resolveu prosseguir com sua opção pelo “Terrir” talvez se esquecendo que o público atual procura emoções fortes mesmo nas comédias que satirizam gêneros cinematográficos. Mas como não gostar dos filmes do Ivan? Só o fato de ter celebrado o talento de Paul Naschy, lhe proporcionando um reconhecimento merecido, já vale uma olhada nesse filme que tem momentos muito interessantes quando se propõe a recriar clichês.

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Não chega a ter a força de O Segredo da Múmia, meu filme favorito do Ivan Cardoso, mas Um Lobisomem na Amazônia tem seu charme, além de uma boa Direção de Arte e de Fotografia, uma correta performance de Naschy e boas doses de nudez. As sequências no laboratório e no Ritual do Santo Daime até que tem bastante atmosfera. Mesmo com erros e acertos o Ivan Cardoso continua sendo O CARA!

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Marcelo Carrard

Marcelo Carrard é Jornalista, Pesquisador e Crítico de Cinema e Editor do Blog: Nudo e Selvaggio.

One thought on “Um Lobisomem na Amazônia (2005)

  • 29/03/2021 em 21:14
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    Ruim, mas ruim com força!
    Lamentável que gastem até uma ideia razoável e utilizem um ator internacional do porte do Paul Naschy, com um roteiro tão ruim, atuações péssimas e (d)efeitos especiais de passar vergonha…
    Só porque este filme possui efeitos especiais toscos, atuações fracas e roteiro sem sentido, isso não o torna necessariamente engraçado para ser um “terrir”, apenas o torna um filme ruim mesmo.
    Ao invés de optar por um filme de terror, este tenta ser uma espécie de paródia, mas se mostra pífia, sem graça e bastante constrangedora. Inacreditável necessitar de 3 roteiristas para escrever tamanha porcaria.
    Aliás, se algum dos atores e atrizes ganhou mais do que R$ 100,00 e o dinheiro da condução de cachê para fazer esse filme, saiu caro, pois as atuações são PÉSSIMAS!
    Os momentos mais patéticos são protagonizados por Tony Tornado e Nuno Leal Maia. Eles tentam fazer graça, mas só conseguem piorar o que já era ruim.
    As “boas doses de nudez” se resumem a algumas cenas de seios aparecendo (com destaque para o banho da linda Danielle Winits), e mais nada, sendo que todas as poucas cenas de nudez (diga-se seios aparecendo) não se encaixam no enredo, parecem muito forçadas, apenas se traduzindo como apelação do produtor para tentar dar alguma animação nesse tedioso filme… OU seja, nem pra isso vale tanto a pena assistir.
    Respeito a crítica do Marcelo, mas, sinceramente, se eu tivesse pagado ingresso num cinema para ver esse filme, teria pedido reembolso.
    Nenhum dos atores sequer têm coragem em falar que fizeram esse filme, que foi feito em 2005 e lançado em 2009, sendo um grande FIÁSCO de público e crítica.
    Mais uma porcaria patrocinada pela Lei 8.313/91 (Lei Rouanet), demonstrando a má utilização de dinheiro público, via renúncia fiscal.

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