Assim na Terra como no Inferno
Original:As Above, So Below
Ano:2014•País:EUA Direção:John Erick Dowdle Roteiro:John Erick Dowdle, Drew Dowdle Produção:Patrick Aiello, Drew Dowdle, Jon Jashni, Thomas Tull Elenco:Perdita Weeks, Ben Feldman, Edwin Hodge, François Civil, Marion Lambert, Ali Marhyar, Cosme Castro, Hamid Djavadan, Théo Cholbi |
O gênero found footage já deu o que tinha que dar, certo? Não se você for Drew Dowdle ou seu irmão John Erick Dowdle. Drew como roteirista e John como diretor já são nomes relevantes dos documentários falsos por seu trabalho em The Poughkeepsie Tapes (2007) e em Quarentena (2008). Mas quando você achava que as filmagens encontradas já haviam terminado, eis que surge Assim na Terra como no Inferno, trocando os subúrbios americanos pelas catacumbas de Paris.
O esforço em marketing foi considerável para um filme de baixo orçamento, contudo a entrega é repleta de falhas, com atitudes surreais, jogando pela janela qualquer credibilidade que o roteiro tenha, fator importante em se tratando deste segmento do cinema de horror.
A trama gira em torno de Scarlett (Perdita Weeks, A Armadilha), uma arqueóloga em sua ridiculamente incessante busca pela pedra filosofal (acho que ela não leu Harry Potter) continuando o trabalho do pai. As pistas pelo artefato alquímico definitivo descrito por Nicholas Flamel vão parar nos túneis de Paris.
Para esta empreitada ela conta com a ajuda do expert em consertar sinos e em aramaico George (Ben Feldman, Cloverfield), Benji (Edwin Hodge, Uma Noite de Crime), o câmera que documenta a saga de Scarlett, e os especialistas em exploração das catacumbas Papillon (Francois Civil) e seus companheiros Souxie e Zed (Marion Lambert e Ali Marhyar).
Ao começar a explorar as longas, escuras e apertadas catacumbas, o grupo inadvertidamente descobre um túnel que pode ou não ser os portões para o inferno. Sem possibilidade de retorno, o circo está armado com correrias, imagens difusas e muitos sustos.
O filme tem seus méritos, porém todo o resto é bem fraco, a começar pelo estilo de câmera. Como todos os personagens tem uma câmera acoplada a uma lanterna na cabeça, em diversas cenas (especialmente no climax final) a dita cuja balança tanto que é de dar náuseas, quando muito mal dá para ver o que acontece à frente.
Nada pior, porém, do que a profundidade vazia da própria história. Somar a quantidade de buracos no roteiro dá para chegar facilmente nos portões do inferno! Dentre os principais estão localizados nas atitudes equivocadas da própria protagonista: já seria de se questionar que alguém com seus vinte e poucos anos teria qualificações em campos tão diversos como arqueologia e artes marciais, contudo para uma pessoa extremamente culta – e ela faz questão de frisar em diversos momentos – não dá para engolir sua falta de autopreservação e como ela não apenas coloca a si mesmo, como todos em sua volta em perigo de morte, razão pela qual é muito difícil conseguir simpatia. A isto adicione um romance de duas linhas de diálogo com George e um oportuno rasteiro conflito psicológico com o pai falecido e temos alguém essencialmente egoísta e convencida, nada mal para nossa heroína.
Outro ponto é a facilidade com que nossos personagens chegam à conclusões historicamente relevantes como se estivessem decifrando enigmas em um game show, uma versão pobre de O Código da Vinci. É engraçado como o poema de Flamel encontrado pelos personagens traduzido do aramaico para o inglês conserva até as rimas, hehehe.
Estes seriam pontos de pouca monta em um filme de terror, mas como a história faz questão de frizar tanto para ser o principal motivo para eles continuarem afundando no perigo, deixar passar seria impossível. Com toda a incredulidade passada pela história e por todos os personagens e das frustradas tentativas de empatia por trauma, é significativo notar que a ambientação nas catacumbas é excelente, traz um sentimento de opressão verdadeiro. O suspense é razoavelmente coeso e junto com duas ou três cenas genuinamente aterrorizantes pode até trazer um sorriso de esguio, mas não salva a obra dos irmãos Dowdle da infâmia.
Também achei bem fraco. Esse poema aramaico que rimava em inglês também me incomodou muito, que furo de roteiro, sem falar na figura ridícula de capuz, que mais dá vontade de rir do que ficar com medo. Realmente muito fraco, especialmente vindo dos criadores do assustador Poughkeepsie Tapes.
Falou merda, e falou merda bonito hein rapaz?
O filme é um espetáculo começando pelo trailer que propositalmente mascara o enredo principal para não estragar a experiência do espectador. Eles descerem para o Inferno e depois terem que fazer o caminho inverso de volta é sensacional, as partes daquela mulher aleatória realmente só foram feitas para assustar, mas fora isso, os dramas pessoais de cada um são explorados e não há motivo para se rir num filme que foi FEITO para ser nauseante e desconexo nas imagens.
Vai estudar um pouco, palhaço!
Nada a ver cara. É a sua opinião, mas ela está equivocada. O filme é bom sim, não é supremo como Bruxa de Blair (o original, por favor, não aquela meleca de 2016), mas vale a pena assistir.
Acho que você foi muito duro com o filme, ele é criativo e é um terror um pouco psicológico, concordo que a protagonista deveria ser uma pessoa mais velha para os dotes que ela tem, as cenas embaixo da catacumba (passando pela sensacional cena do cavaleiro templário) foram bem elaboradas, mas queria que tivesse um pouco mais de detalhamento histórico, é muita pedra pra pouco desenho, ver os personagens lendo línguas mortas toda hora é muito chato, a protagonista é irritante justamente porque ela largou o próprio pai cometer suicídio quando ele mais precisava dela (fato que poderia ter sido mais explorado), mas no geral acho que 3 caveiras e meia seriam de bom tamanho. Achei injusta essa nota.
filme sensacional 10/10
um pena o publicador deste artigo bostejar pela boca
Só li merda aqui! O filme é foda, é diferente, a história é pra fazer a gente viajar mesmo e tentar imaginar várias explicações para aquilo tudo que rola com os personagens. Na minha crítica eu daria um 9,5 mas infelizmente gosto é igual a bunda então se você quer assistir, PROCUREM VER PRIMEIRO O FILME ANTES DE LER COMENTÁRIOS IDIOTAS senão vão acabar caindo na pilha dessa galera que acha que os filmes têm que ser perfeitos e da maneira que eles querem.. deviam fazer cinema, ir lá e criar algo melhor.. rs
Acho o mesmo.
Estava baseando minha procura por um Found Footage bom levando sua opinião em conta, mas depois que vi você falando que Assim na terra como no inferno é um filme ruim, perdeu toda a credibilidade. Acredito que sua pessoa está querendo passar a ideia de alguém que não é! Esse filme é muito bom, desde sua história, até os sustos, tente ser menos exigente nas suas próximas avaliações, ou logo mais estará xingando até o filme Bruxa de Blair. Abraços.
Até a parte em que ela volta e coloca a falsa pedra no lugar estava tudo bem, mas logo após essa parte do filme meu cérebro deu um bug e só depois de muito tempo viajando eu fui inferir do filme uma significância.
O que eu pude entender do FINAL foi que quando ela coloca a falsa pedra no lugar e esfrega a esfera dourada e se vê refletida, ela encontra a pedra filosofal, ou seja, ela mesma. É ela que é o tesouro. A partir desse momento ela deixou todos os seus arrependimentos para trás, no momento em que perdoa o pai e no momento em que se entrega ao seu amor beijando-o. De alguma maneira, as catacumbas refletiram aos personagens os seus infernos pessoais, todos que morreram, morreram por causa de algum erro do passado que os atormentava, todos, é só prestar atenção. Assim eles só puderam sair dos “infernos” que estavam expostos á eles depois que a moça disse que era necessário deixar (ou perdoar) o seu pior arrependimento, para assim sair de lá.
Achei esse final meio fraco pois não é só de uma coisa de que nós nos arrependemos, eu, e com certeza você meu caro que chegou até aqui pacientemente e leu tudo isso tem muitas coisas de que se arrepender, e meio que todas elas moldam sua vida de alguma maneira, creio que só uma delas, mesmo que a pior, não vá ter total significância na sua existência xD.
INDO ALÉM DO FINAL DO FILME
Os princípios da alquimia se resumem na compreensão, decomposição e recomposição das coisas. A partir do momento que ela COMPREENDE que o maior tesouro é ela mesma, eu suponho, veja bem, suponho, que a personagem ganha o tão ressaltado poder que gira em torno da lenda da pedrA filosofal. Acredito que após a compreensão que ela teve, ela agora pode realizar, digamos, “magias” ou simplesmente ter ganhado um conhecimento absurdo das coisas do universo. Mas bem, essa é só uma teoria meio louca com pouco fundamento mas que faz você pensar sobre como são as coisas que regem os mistérios dessa vida xD !
Post sensacional!!!! Parabéns
Gostei da sua visão, Allyson.
curti seu full metal alchemist feeling, bro! hahahaha será que ela achou a verdade?
Adorei o seu ponto de vista, meus olhos encheram d’água refletindo os meus erros enquanto eu lia..obg
Belo post. Concordo com as suas opiniões sobre o filme!