Frankenstein
Original:Frankenstein
Ano:1931•País:EUA Direção:James Whale Roteiro:John L. Balderston, Garrett Fort, Francis Edward Faragoh, Robert Florey, Peggy Webling, Mary Shelley Produção:Carl Laemmle Jr Elenco:Boris Karloff, Colin Clive, Mae Clarke, Dwight Frye, John Boles, Edward Van Sloan, Frederick Kerr, Lionel Belmore, Michael Mark, Marilyn Harris |
Clássicos absolutos do cinema de horror, Frankenstein (1931) e A Noiva de Frankenstein (The Bride of Frankenstein, 1935), dirigidos por James Whale e estrelados pelo lendário Boris Karloff como o monstro, merecem ser revisitados sempre, pois são filmes que fazem parte da galeria imortal das obras primas do fantástico, e que trazem fortes elementos do cinema expressionista alemão do mesmo período.
Frankenstein foi um filme que teve diversas importâncias. Em termos financeiros, foi um dos maiores sucessos na temporada de 1931-32 e mostrou aos executivos da produtora Universal que o horror era um gênero que podia agradar ao público.
E muito mais do que Drácula (do mesmo ano e com o também lendário Bela Lugosi), este filme foi o modelo para o tratamento subsequente de Hollywood aos thrillers de horror. Foi largamente imitado, tanto na época como principalmente nos anos posteriores. A novela que o inspirou, Frankenstein, or a Modern Prometheus, de 1818, e de autoria de Mary Shelley, já havia sido adaptada desde 1832, inicialmente com a peça teatral Presumption! Or, the Fate of Frankenstein, do autor R. B. Peake e com o ator T. .P. Cooke interpretando o monstro. Em seguida veio uma peça musical em 1887, de Richard Henry e Meyer Lutz.
No cinema, começou em 1910, numa produção de Thomas A. Edison, dirigida por J. Searle Dawley e com Charles Ogle no papel da criatura. E em 1915, Life Without a Soul, de Joseph W. Smiley e com Percy Darrell Standing como o monstro de Frankenstein, sendo considerado na época pela crítica como uma criatura pavorosa, mas nunca grotesca. No clássico de 1931, o ator escolhido para o papel do monstro foi Boris Karloff, na época um ator inglês pouco conhecido de 44 anos de idade. O papel magnificamente interpretado projetou sua carreira ao estrelato, chegando a fazer cerca de 140 filmes, sendo boa parte deles do gênero fantástico, até falecer em 1969 aos 82 anos. A história do filme gira em torno de um cientista, Henry Frankenstein (Colin Clive), que é obcecado com a ambição de criar vida artificialmente. Ajudado por um anão corcunda, Fritz (Dwight Frye), ele rouba cadáveres dos cemitérios para completar a sua criatura. Na procura por um cérebro, Fritz vai até a faculdade de medicina de Goldstadt e erradamente pega um cérebro de um criminoso em vez de um normal, dando uma personalidade agressiva ao monstro.
Preocupados com o exílio do cientista, que se refugiou numa torre abandonada para fazer suas experiências, sua noiva Elizabeth (Mae Clarke), seu melhor amigo Victor (John Boles) e seu antigo professor Dr. Walman (Edward Van Sloan), vão procurá-lo. Enquanto isso, o jovem cientista se aproveita da energia elétrica criada por uma forte tempestade e em seu laboratório, ajudado por um maquinário bizarro, ele dá a vida a uma criatura inanimada (Karloff). O monstro de Frankenstein é então mantido preso numa velha masmorra na torre e atormentado pelo anão Fritz. Ele acaba se despertando para o ódio e estrangula o ajudante do cientista. Após muita dificuldade, o monstro é controlado e Henry Frankenstein sofre um colapso nervoso indo para sua casa descansar, deixando a sua criatura nas mãos do Dr. Waldman. No dia do seu casamento com Elizabeth, o cientista é avisado que o monstro havia matado o Dr. Waldman e escapado, circundando os arredores do vilarejo. Depois de afogar acidentalmente uma menina, filha de um agricultor, ele desperta a fúria dos aldeões que passam a caçá-lo, e o jovem Frankenstein junta-se a eles.
Chegando num velho moinho, o cientista se confronta com sua criatura, perde a consciência mas consegue escapar momentos antes dos aldeões atearem fogo. O moinho se queima presumivelmente destruindo o monstro e Frankenstein salva-se para casar com Elizabeth. O estúdio filmou dois finais diferentes, um feliz e o outro não. Segundo uma previsão, eles decidiram usar o final em que o cientista sobrevive, rejeitando um final infeliz. É uma pena pois os finais felizes geralmente estragam os filmes, mas no caso dessa obra prima a gente até acaba se esquecendo desse detalhe. Um corte que foi feito temendo uma reação negativa do público foi a sequência célebre da criação do monstro onde o cientista fascinado exclama: Agora eu sei o que é ser Deus!. Essa frase foi censurada e numa cópia legendada exibida pela TV Cultura (São Paulo) há alguns anos, o som foi temporariamente cortado, num atitude ridícula! As passagens mais antológicas do filme certamente são aquelas no estranho laboratório do cientista, com máquinas elétricas com grandes alavancas de acionamento e enormes eletrôdos e transformadores de energia. O laboratório foi criado e operado pelos especialistas Frank Grove, Kenneth Strickfaden e Raymond Lindsay.
A fantástica maquiagem da criatura ficou a cargo de Jack Pierce, que precisava de quatro horas diárias para realizar seu trabalho com o ator Boris Karloff. Pierce continuou trabalhando em todos os filmes de horror produzidos pela Universal na década de 30, até interromper suas atividades em 1947 e vindo a falecer em 1968.
achei o filme muito legal e os seus comentários são os melhores da internete
Filme imprescindível para quem curte clássicos do terror
Filme interessante, simplesmente amei o clássico. A introdução do filme foi clássica. Muito bom mesmo.