3.8
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Wolfman (1979) (1)

Wolfman - A Verdadeira História do Lobisomem
Original:Wolfman
Ano:1979•País:EUA
Direção:Worth Keeter
Roteiro:Worth Keeter
Produção:Earl Owensby
Elenco:Earl Owensby, Kristina Reynolds, Sid Rancer, Ed Grady, Richard Dedmon, Maggie Lauterer, Brownlee Davis, Helene Tryon

Parece o início de um relato da bisavó para seus bisnetos numa velha fazenda, localizada numa zona rural remota. “Estão preparados para ouvir a Verdadeira História do Lobisomem?“. Provavelmente, os mais sabidos irão questionar se as que eles conhecem, com base em revistas e nas conversas noturnas, então seriam falsas. Na verdade, era possível imaginar que a narrativa traria alguma informação sobre aquelas doenças, como a “porfiria“, que confundiram a medicina e inspiraram os fantasiosos, mas, não, trata-se de um título sensacionalista, imaginado pela Zircon Films ao lançar o longa por aqui em VHS. È apenas um filme que procura trazer mais do mesmo sobre o assunto, com uma narrativa lenta e poucas aparições da criatura do título.

Ambientado em 1910, o longa tem início com a morte de um homem, assassinado com um punhal de prata, com a testemunha de alguns parentes. Com o olhar arregalado – ora, é a estreia de Ed Grady como ator -, ele confirma a chegada futura do filho da vítima, alguém que irá assumir uma certa maldição. A volta do filho pródigo, o peludo Colin Glasgow (Earl Owensby), com o auxílio do advogado Ewan Rowe (Al Meyers), desencadeará a realização obscura de um ritual às escondidas, orquestrado pelo assassino, conhecido como Reverendo Leonard, acompanhado de dois primos, Elizabeth (Maggie Lauterer) e Clement (Richard Dedmon).

Wolfman (1979) (3)

Após o funeral, Colin se estabelece na moradia por alguns dias, pensando na possibilidade de resgatar um relacionamento antigo com Lynn Harris Randolph (Kristina Reynolds), mas começa a desconfiar de que alguma coisa está errada quando entra em contato com a avó, trancafiada no sótão, como se fosse a “sentinela dos malditos“. Ele também estranha a assinatura do testamento e o pedido do falecido pai, a quem ele havia se distanciado há anos, dando-lhe a maior parte da herança, desde que fique no local por um mês. “Veja se seu pai tem os dedos indicadores maiores que os demais em cada mão. È a marca do lobisomem.“, recomenda a vovó, interpretada por Helene Tryon. Ao abrir o caixão e notar essa característica, ele é atacado por um lobo.

Wolfman (1979) (2)

Tudo isso, até a primeira transformação oficial aos 50 minutos, é contado pelo diretor e roteirista Worth Keeter lentamente, auxiliado pela atmosfera gótica e a fotografia escura. O lobisomem, com o rosto exageradamente coberto de pelos, surge na frente de todos, incluindo a namorada e o médico, Dr. George Tate (Sid Rancer). Faz algumas vítimas, apenas estrangulando-as sem mordida alguma, mas tanto o xerife (Brownlee Davis) quanto os demais que encontram os corpos têm certeza que fora o ataque de um animal. Além disso, mesmo sabendo que o ritual deu certo e que Colin se transformará em lobisomem, como acontecia com o falecido e outros da família, nem mesmo os que transmitiram a maldição se protegem contra o eminente ataque.

Wolfman (1979) (4)

É claro que é preciso perdoar algumas ingenuidades de um filme realizado com um orçamento singelo, poucas locações e elenco reduzido. No entanto, se lembrarmos de outros exemplares que souberam driblar suas falhas e acertaram no tom, com uma narrativa mais dinâmica e envolvente, Wolfman perde muitos pontos. Não é tão ruim quanto muita produção atual, com efeitos em CGI e pouca imaginação, e pode até divertir pelo seu tom trash, desde que você deixe de lado os clássicos que seriam lançados dois anos depois e as lorotas da vovó sobre a verdadeira história do lobisomem.

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1 comentário

  1. Adorei essa crítica. Irei procurar por esse filme. Adoro lobisomens.

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