Estranhas Metamorfoses
Original:Xtro
Ano:1982•País:UK Direção:Harry Bromley Davenport Roteiro:Iain Cassie, Robert Smith Produção:Robert Shaye, Mark Forstater Elenco:Philip Sayer, Bernice Stegers, Danny Brainin, Maryam D'Abo, Simon Nash, Peter Mandell, David Cardy, Anna Wing, Robert Fyfe, Katherine Best, Robert Pereno, Tok, Tik, Susie Silvey |
Só tomei conhecimento de Estranhas Metamorfoses há poucos anos, através de um gif sinistro bem conhecido do público de horror na internet, que mostrava um plano em primeira pessoa de um carro cruzando uma estrada, enquanto uma criatura estranha passava em frente ao veículo. Intrigado pela perturbadora imagem, coloquei o filme devidamente na lista, demorei, mas finalmente saciei minha curiosidade em conferir esse longa britânico que pegou carona no sucesso de filmes como Alien, O Oitavo Passageiro (1979), O Enigma de Outro Mundo (1982) e até mesmo de E.T. – O Extraterrestre (1982).
O filme tem início numa casa de campo onde Sam (Sayer) e seu filho Tony (Nash) brincam com sua cadela Katie, quando, de repente, o céu escurece e Sam é aparentemente abduzido. Cortamos para o presente, três anos após o incidente, Tony vivendo com sua mãe (Stegers), o padrasto (Brainin) e a babá Analise (D’Abo). Tony sofre de recorrentes pesadelos envolvendo o desaparecimento do pai, e ninguém acredita na versão do garoto, já que apenas ele estava presente no momento da abdução, e pensam que o pai simplesmente decidiu sumir da vida deles. Logo, porém, Sam decide retornar para o filho e a esposa, após acontecimentos não menos que bizarros.
Possuindo nos seus primeiros vinte minutos uma qualidade que infelizmente não se repete durante o restante de sua duração, Estranhas Metamorfoses investe boa parte de seu primeiro ato no retorno de Sam, e isso envolve a única sequência realmente memorável do longa, com a aparente chegada de uma nave extraterrestre e sua queda numa mata fechada, seguida do surgimento de uma repugnante criatura quadrúpede (aquela que aparece no gif). O tal E.T. ainda deixa um rastro de sangue enquanto se prepara para inseminar uma vítima (cena que emula o facehugger de Alien), que gerará Sam numa gravidez em tempo recorde. Criando um certo nível de mistério, essa primeira parte é capaz até mesmo de gerar sustos bem eficientes no espectador, além das imagens repulsivas bastante convincentes no design da criatura.
Quando Sam finalmente reencontra sua família, torna-se claro que há algo errado com ele (como se não bastasse a forma como ele voltou a este mundo) e todos em volta de seu filho Tony correm perigo. Desse momento em diante, o diretor Davenport e os roteiristas Cassie e Smith parecem querer enfiar todas as suas ideias dentro do filme, mesmo que estas não tenham absolutamente nenhuma função narrativa. Abraçando com força o trash e o exploitation, a lógica visual do filme se resume em aborrecidos diálogos que versam sobre a repentina volta de Sam e degringolam a relação entre sua esposa e o padrasto de Tony; nudez gratuita (da futura bond girl D’ Abo) e cenas estapafúrdias, como aquela que mostra a perseguição de um personagem por um tanque de brinquedo e até mesmo por uma onça preta (de onde saiu o bicho, ninguém sabe). Flutuando com irregularidade entre a imaginação fértil do filho (que não tem relação alguma com a trama de abdução) e as tentativas de Sam em se aproximar da esposa e do filho com fins escusos, o filme vale a pena por atingir uma singularidade em uma década repleta de filmes similares, apesar do resultado altamente irregular.
Decepcionante! Sou muito fã dos filmes que misturam ficção e terror, tanto que os melhores filmes para mim até hoje são ENIGMA DO OUTRO MUNDO de JOHN CARPENTER e ALIEN o 8º PASSAGEIRO. Quando achei esse filme, XTRO e fui ler a sinopse eu quis assisti-lo imediatamente. Nos primeiros 10 minutos até assisti com empolgação, apesar da terrível moldagem do monstro e da total falta de qualidade técnica, mas enfim isso não estragaria a experiência acaso o filme fosse decente. Mas o que se sucedeu foram cenas e mais cenas sem terror, suspense, ficção, nada…cheguei até cochilar por uns minutos durante o filme, e não perdi nada. Não caiam na mesma armadilha que eu cai, o filme não tem nada que mereça ser assistido. O único mérito foi tentar copiar o ALIEN e E.T.