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Harbinger Down (2015) (1)

Harbinger Down: Terror no Gelo
Original:Harbinger Down
Ano:2015•País:EUA
Direção:Alec Gillis
Roteiro:Alec Gillis
Produção:Camille Balsamo, Benjamin L. Brown, Hadeel Reda, Doug Scroggins III, Jennifer Tung, Tom Woodruff Jr.
Elenco:Lance Henriksen, Matt Winston, Camille Balsamo, Giovonnie Samuels, Winston James Francis, Mick Ignis, Michael Estime, Jason Speer, Reid Collums, Edwin H. Bravo

Tardigrado (do latim: tardus, lento + gradus, passo) é um filo de pequenos animais segmentados, relacionados com os artrópodes. Popularmente são conhecidos como ursos-d’água ou como tardígrados, um aportuguesamento derivado do nome do filo. Foram descritos pela primeira vez por J.A.E. Goeze em 1773. O nome Tardigrada foi dado por Spallanzani em 1776. São em maioria fitófagos, mas alguns são predadores, como o Milnesium tardigradum. Muito resistentes, os tardígrados podem sobreviver a temperaturas variando desde pouco mais do que o zero absoluto até os 150 °C, a pressões de 6 mil atmosferas e 5 000 Gy de radiação, cerca de 1000 vezes mais que um ser humano pode suportar.

Em 2007 vários espécimes pertencentes a duas espécies de tardígrados foram enviados ao espaço por cientistas, onde foram expostos não apenas ao vácuo, onde é impossível respirar, mas também a níveis de radiação capazes de incinerar um ser humano. De volta ao planeta Terra, um terço deles ainda estava vivo, tornando-se assim os únicos animais nativos do planeta capazes de sobreviver às condições do espaço extraterrestre sem a ajuda de equipamentos de que se tem conhecimento. Além do mais, 10 % dos sobreviventes foram capazes de reproduzir-se com sucesso, produzindo ovos que eclodiram normalmente. Em maio de 2011, estudos sobre os tardígrados foram incluídos na missão STS-134 do ônibus espacial Endeavour, em seu último voo ao espaço.

Vivem por poucas semanas, mas por terem elaborado uma estratégia de dormência completa, na qual se encolhem e desidratam-se, desligando todos os seus sistemas e processos biológicos, podem sobreviver por muitos anos quando encontram condições ambientais que não suportam a vida animal, permanecendo em um estado criptobiótico. É neste estado que conseguem suportar condições ambientais extremas e posteriormente “voltam à vida” ao reidratarem novamente.”

Bacana este bichinho, não? Agora imaginem este carinha do tamanho de um urso polar atacando pescadores e cientistas, além de liquefazer seus corpos e reabilitar seu DNA?

Harbinger Down (2015) (2)

Apesar da avalanche de filmes ruins que assolaram o ano de 2015, Harbinger Down (Naufrágio Mortal – 2015) foi um achado interessante. Um grupo de estudantes reserva lugares na embarcação de pesca de caranguejos Harbinger, liderado pelo Capitão Graff (Lance Henriksen) para estudar os efeitos do aquecimento global sobre um grupo de orcas no Mar de Bering. Quando a equipe da embarcação draga uma peça recentemente degelada de ruínas espaciais soviéticas, as coisas seguem um rumo mortal. Aparentemente, os russos experimentaram com tardigrados, pequenos e resistentes animais capazes se sobreviver a níveis extremos de radiação espacial. As criaturas sobreviveram, mas não sem passar por mutações. Agora, a equipe está exposta aos organismos mutantes agressivos. Depois de ficarem presos no gelo por três décadas, eles não vão querer abrir mão do calor e da companhia humana.

Diferente dos filmes atuais, Harbinger Down optou por não utilizar os saturados efeitos especiais e um fato curioso deu um charme todo especial à produção. Em 2010 a Amalgamated Dynamics (ADI) foi contratada para criar os efeitos do remake horrivel de O Enigma de Outro Mundo (lançado em 2011). No entanto para o desgosto da ADI, o estúdio teve a maioria de seus trabalhos digitalmente substituído por CGI no corte final do filme. Em resposta a isso, a ADI usou o Kickstarter para financiar este filme, que apresenta efeitos de criaturas totalmente práticos criados através da utilização de animatronics, maquiagem protética, stop motion e efeitos em miniatura e o resultado foi um show de criaturas gosmentas e sanguinolência pra nenhum fã de filmes gore botar defeito.

Escrito e dirigido por Alec Gillis (que começou sua carreira trabalhando para a New World Pictures de Roger Corman e responsável pelos efeitos especiais de filmes como Pumpkinhead, Tropas Estelares e Alien vs Predador), Harbinger Down vale uma conferida tanto pela cuidadosa (e respeitosa!) produção quanto pela interpretação do Sr. Henriksen como um dos marinheiros mais badass que já vi.

Curiosidades

• O computador assistente de xadrez usado em O Enigma de Outro Mundo, de John Carpenter, pode ser visto em algumas cenas.

Harbinger Down (2015)

• Quando Sadie (Camille Balsamo, de The Paperboy, Date e Merry Kissmas) vai ao convés com o microfone para gravar o canto das baleias aparece o número LV-426 no satélite recuperado. Esta é uma referência para o planeta do filme Aliens ao qual Lance Henriksen estrelou como um humanoide sintético.

• No início do filme, a data é 25 de junho de 1982. Esta foi a data de lançamento do filme O Enigma de Outro Mundo.

Harbinger Down (2015) (3)

• Quando a equipe vai detonar o monstro com o hidrogênio em um balde o Capitão Graff (personagem de Lance Henriksen) solta a seguinte frase ao escapar da criatura – “Vamos precisar de um balde maior.” Isso foi uma homenagem a Tubarão (1975), onde o xerife Brody (interpretado por Roy Scheider) diz – “Você vai precisar de um barco maior.

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5 Comentários

  1. Animado pela crítica e pelos comentários dos colegas, fui ver esse filme e, sinceramente, é bem ruim.

    Cada um tem seu gosto e eu respeito, porém, tem coisas indefensáveis nesse filme.

    Começando pelo pior, que atuações ruins. Com exceção do Lance o resto é terrível. Com destaque negativo para a mulher russa, cheia de caras e bocas e para o Kurt Russel com desconto, o personagem mal tem falas e só fica expressão de… que expressão, né? O cara não consegue mudar a cara.

    Roteiro me parece apressado e salta algumas situações que poderiam ser mais trabalhadas, como a de determinado personagem infectado. É tudo muito rápido, diálogos simplórios e desfecho previsível.

    Os efeitos salvam? Na verdade, eu não gostei. Fui ver esse filme esperando um show de efeitos práticos, como o crítico falou, mas não gostei do que vi. Muito efeito no escuro – eu entendo -, efeitos ruins, efeitos confusos e tem sua parcela de efeitos digitais. Estes, também ruins.

    Se você quer ver um filme com uma pegada The Thing, esse não é o filme. É bem fraco e nem os efeitos salvam. Conselho? Vá reassistir o clássico do Carpenter, não tem erro.

    Nota: 1 caveira.

  2. Deveriam tomar mais cuidado ao contratar seus colunistas. Não existe remake da obra prima do terror “the thing”, é uma nova obra mostrando os acontecimentos anteriores ao primeiro filme e se encaixam com perfeição, um filme complementa o outro. O uso de cgi em nada compromete o filme que diferente do que o colunista afirma “não é horrível”. Chamar o filme de remake apenas demonstra que o colunista não assistiu o filme, caso contrário saberia que não se trata de um remake. Sugiro que assista um filme e se informe antes de criticar.

    1. Também não entendi a birra com o prequel do The Thing (Chamando de remake ainda por cima). Eu acho esse filme excelente! Se encaixa perfeitamente com os acontecimentos do original, além de ser um puta filme de terror. Uma pena o seguimento de “terror no gelo” ter tão poucos exemplares.

  3. Só lembrando que o de 2011 não é um remake. E sim a prequel do de 82. Se assitido antes do do John Carpenter, vai ver que funciona direitinho. Mas se tivessem usado os efeitos da galera da ADI, creio que teria ficado mais aloprado. Mas acho válido. Todos. Esse, e os dois The Thing. 🙂

  4. Muito obrigado, não sabia da existência desse filme!
    Procurei assistir assim que li sua crítica e ADOREI!

    (se alguém souber de mais filmes dahoras no estilo The Thing, favor entrar em contato comigo! Hahahaha)

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