Invasores
Original:Intruders / Shut in
Ano:2015•País:EUA Direção:Adam Schindler Roteiro:T.J. Cimfel, David White Produção:Lati Grobman, Erik Olsen, Jeff Rice, Steven Schneider Elenco:Rory Culkin, Leticia Jimenez, Jack Kesy, Timothy T. McKinney, Joshua Mikel, Beth Riesgraf, Martin Starr |
Que sirva de alerta: boa parte do que acontece em Intruders é entregue na sinopse e no trailer, o que impede o espectador de ficar enclausurado criativamente em um enredo claustrofóbico. Também seria difícil esconder o conteúdo ou tentar surpreender o público quando a própria tagline já diz, numa tradução-versão, “Eles deviam tê-la deixado em paz“. Trata-se de mais um filme de invasão domiciliar como o cinema já soube explorar em ótimos thrillers, mas com um diferencial: a protagonista sofre de agorafobia, ou o medo de sair de casa. Imagine, então, o problema: tentar escapar de intrusos sem passar pela porta de entrada.
É claro que o primeiro filme de Adam Schindler vai além disso. O ótimo cartaz apresenta a moradia de Anna Rook (Beth Riesgraf), com alicerces que simbolizam ferramentas diversas, como facas, machados e cutelo. Nos primeiros minutos, ela está em companhia do irmão enfermo Conrad (Timothy T. McKinney), nos últimos suspiros de uma vítima de câncer no pâncreas, alternando palavras de carinho e acusações. Quando ele parte, a advogada Charlotte (Leticia Jimenez) apresenta seus ganhos, enquanto ela recebe mais uma visita do entregador Dan Cooper (Rory Culkin, de Sinais, 2002), seu único amigo e conselheiro. Grata por toda a disposição apresentada nesse ano de convívio, ela oferece a ele uma grande quantia de dinheiro, algo que o jovem prefere se esquivar.
No dia do funeral, sem a força psicológica para um encontro social, a casa de Anna é invadida por três bandidos, J.P. Henson (Jack Kesy), o mais novo Vance (Joshua Mikel) e o violento Perry Cuttner (Martin Starr), dispostos a não deixar testemunhas, caso haja alguém no ambiente. Será que Anna encontrará meios de reagir ao golpe, ao estilo Esqueceram de Mim (do irmão de Rory) ou há mais segredos escondidos nas paredes do casarão?
Conscientes da fragilidade do enredo, T.J. Cimfel (No Tell Motel, 2012) e David White (de um segmento de V/H/S: Viral, 2014) tentam a todo momento surpreender o espectador ao criar uma protagonista imprevisível. Ora, ele sofre de uma doença que a impede de sair, logo há algum trauma que a desenvolveu. Além de sua personalidade enigmática, o ambiente de convívio de Anna tem sua própria história para contar, um episódio realmente devastador para qualquer mente sã.
Tentar descobrir os papéis de herói e mocinho valem tanto quanto a violência apresentada, ainda que sutil, através de um jogo mortal doloroso e impactante. E a atuação de Beth Riesgraf é primorosa em sua mudança de comportamento a cada nova virada narrativa, o que aproxima o público de sua condição atual. Algumas ações são injustificadas, como todo o contexto para falar a verdade, mas nada que impeça o espectador de uma visita, desde que ignore as dicas de sua publicidade.
Confesso que fiquei meio com um pé atrás, mas o detalhe da moça sofrer do transtorno agorafobia, que já difere um pouco dos outros filmes com essa tema, me fez ficar curioso em ver-lo, e foi uma ótima surpresa, mas, como de costume em filmes de terror, não gostei do final. Nota: 7.5
Ótimo filme para assistir durante uma madrugada chuvosa
Filme bacana!
filme bom!
Filme chato!