Macacos Assassinos (2013)

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Macacos Assassinos (2013) (2)

Macacos Assassinos
Original:Flying Monkeys
Ano:2013•País:EUA
Direção:Robert Grasmere
Roteiro:Silvero Gouris
Produção:H. Daniel Gross, Brad Krevoy, Philip Poole
Elenco:Electra Avellan, Alvin Chon, Christopher Matthew Cook, Tyler Forrest, Mike Kimmel, David Kranig, Maika Monroe, Brian Oerly, Michael Papajohn, Dane Rhodes

Nascida em 29 de maio de 1993, Maika Monroe é uma atriz que tem se destacado no gênero fantástico desde 2014, quando fez o longa Corrente do Mal (It Follows, 2014). Com o sucesso do longa, apontado como o melhor do ano por muitos fãs de horror, ela depois faria a ficção A 5ª Onda (2016) e o blockbuster Independence Day: O Ressurgimento (2016), o que fez com que muitos apostassem em sua participação em novos sucessos no gênero. Mesmo sendo fã de O Iluminado (1980), Halloween: A Noite do Terror (1978) e A Hora do Pesadelo (1984), a californiana quer mostrar sua versatilidade em interpretar papéis diversos, e ainda exercer seu esporte favorito, kiteboarding ou flysurf. Mas, antes de se tornar popular, com vários seguidores de sua carreira pela internet, Maika também cometeu seus pecados, como o de ter protagonizado uma bobagem divertida chamada Macacos Assassinos (Flying Monkeys), de 2013.

Não se pode esperar nada de um título como esse que não seja uma bagaceira moderna, desenvolvida “nas coxas” pela Motion Picture Corporation of America (MPCA). E realmente ele não se exime de suas falhas, principalmente técnicas, quando se vê que os inimigos são macacos digitais que mais parecem os demônios de The Gate – O Portão, de 1987, do que qualquer outra coisa. Sua artificialidade, já evidente no prólogo com a morte de um homem que o transportava em um avião cargueiro, é um convite ao “stop” do Netflix para buscar opções melhores a não ser que você seja um desbravador de pérolas toscas do cinema como eu. Mas, se ignorar sua aparência e se ater apenas ao enredo, é capaz que você até veja uma produção rasteira, mas divertida.

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O ocupadíssimo James (Vincent Ventresca, de Adivinha Quem Vem para Morrer, 2004) mais uma vez falha com a filha Joan (Maika Monroe), ao chegar atrasado à sua formatura. Chateado pelo erro cometido, ele procura um meio de recuperar os bons olhos da garota dando-lhe como presente um macaquinho, adquirido numa loja de animais. Joan se apaixona pelo animal, chamando-o de Skippy, e enxerga os esforços do pai em tentar reconquistá-la, mesmo com a desconfiança da amiga Sonya (Electra Avellan, sobrinha de Robert Rodriguez, tendo aparecido em À Prova de Morte, Planeta Terror e Machete). Mas, apesar de todo carinho aparente do animal, ele na verdade é uma criatura amaldiçoada, que servia de arma devido a sua capacidade de se transformar em uma versão maior e alada todas as noites.

Para ampliar a falta de sentido do enredo de Silvero Gouris, ele não morre com qualquer arma que não sejam as especiais, consideradas abençoadas (!!). E cada vez que é ferido mortalmente, ele se duplica (!!), atacando qualquer pessoa que cruze seu caminho, exceto a garota que o adotou. Ah, mas você pode pensar que deve ser difícil atingi-lo com toda a sua agilidade de movimento, né? Não! Pois todos da cidade possuem armas (!!) e miras perfeitas (!!), multiplicando os monstrinhos em centenas de exemplares.

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Primeiramente vingando Joan ao matar o namorado safado e a filha do xerife, Skippy protege a garota como acontecia com Allan (Jason Beghe) em Instinto Fatal (1988), de George A.Romero. Depois passa a se alimentar – sim, são macacos carnívoros voadores (!!) – de fazendeiros, policiais até tentar atacar o próprio pai de Joan, que conta com a ajuda no ato final de dois caçadores na busca dos últimos da espécie, seguindo o rastro de venda do animal.

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Com a direção de Robert Grasmere – que curiosamente também é especialista em efeitos visuais -, Macacos Assassinos é mais um daqueles filmes que não se deve esperar algo além do que o título e a capinha tosca sugerem. Vale a pena para os que admiram a beleza e a atuação de Maika Monroe, em início de uma carreira que agora demonstra ser bastante promissora.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

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