American Poltergeist (2015)

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American Poltergeist
Original:American Poltergeist
Ano:2015•País:EUA
Direção:Mike Rutkowski
Roteiro:Nicole Holland, Mike Rutkowski
Produção:Richard Benveniste, Shawn Michael Lukaszewicz, Mike Rutkowski, Donna Spangler
Elenco:Donna Spangler, Simona Fusco, Ashley Green Elizabeth, Aaron Lee, Nikole Howell, Nicole Holland, Luke Brandon Field, Nicholas Talone, Arthur Richardson

american-poltergeist-2015-2A essência de qualquer produção é o seu contexto. Basta saber que filmes que marcaram época e se tornaram clássicos de qualquer gênero vão além de sua sinopse, mas trazem elementos culturais e transmitem as tendências do período. Essa é a única justificativa para você perder tempo com uma bobagem como American Poltergeist: um enredo banal, com elenco ruim e clichês por todos os cantos, pode interessar quem quer saber mais (ou menos) sobre a famosa Lizzie Borden, acusada de assassinar seu pai e madrasta a machadadas em 1892, mas que foi inocentada em seu julgamento. É ela que inspirou o conceito básico do roteiro co-escrito por Nicole Holland e Mike Rutkowski, que devem ter imaginado que uma assombração conhecida já seria suficiente para atrair olhares curiosos.

Um grupo de universitários está procurando uma residência no subúrbio, próximo à faculdade, com divisão do valor do aluguel. O preço atraente é obviamente uma isca para os incautos Michael (Luke Brandon Field), sua irmã Taryn (Ashley Green Elizabeth), e outros estudantes que não valem o desperdício de linhas para descrevê-los. Nem a frieza da dona do casarão, Dianna (a péssima Donna Spangler), e alguns acontecimentos estranhos, como batidas na parede e na porta, pesadelos recorrentes e a catatonia de um dos amigos, são suficientes para fazê-los buscar um outro lugar para morar. Logo Taryn descobre que é a sobrevivente de um massacre ocorrido em 1992, nesse mesmo cenário, no centenários dos crimes de Lizzie Borden, e que a fantasma pode estar a fim de eliminar os que estiverem presentes no local.

Adivinha qual das atrizes é a péssima Donna Spangler!
Adivinha qual das atrizes é a péssima Donna Spangler!

Assim que descobre sua origem trágica, tendo sido conduzida para adoção, Taryn tenta convencer os amigos a sair dali, até decidir por conta própria fugir. Embora ela esteja do lado de fora da casa, em um bairro urbano, o longa, pessimamente dirigido por Mike Rutkowski, perde longos minutos para mostrar a garota tentando acionar o motor dos três veículos dos jovens. Mesmo com essa coincidência bizarra – que faz Michael ainda acreditar que não é nada que um mecânico não resolva -, ela resolve passar mais uma noite na casa. Ora, se você sabe que o ambiente é amaldiçoado e que tem coisas sobrenaturais tentando evitar a sua partida, por que não vai embora a pé? Pede carona, toma ônibus, dorme no vizinho?

Com a chegada da noite, durante a festa de aniversário de uma das jovens, com a presença de mais amigos-vítimas, o fantasma de Lizzie vai começar a sua pilha de cadáveres, com a ajuda de Dianna. Com toda essa bobagem correndo solta, o que dizer do rapaz religioso que é convocado para a realização de um exorcismo? E a regra sobre o fantasma pular de um corpo para outro, sugerida por um dos jovens sem que isso ainda não tenha acontecido? E a caracterização infeliz do fantasma de Lizzie, seguindo a cartilha de produções orientais, mas sem o mesmo peso assustador?

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Assim, American Poltergeist não funciona também pelo contexto. Há versões melhores do enredo, e até uma minissérie, além de um episódio da última temporada de Supernatural. Ou, se preferir, leia a respeito. Não é esse filme ruim que te deixará mais bem informado sobre os crimes que foram relacionados a Lizzie Borden. Curiosamente, o filme You Will Love Me, foi lançado na Alemanha como American Poltergeist 2, mesmo tendo sido feito dois anos antes. Ambos estão disponíveis na Netflix, para os que não tem nada pior para fazer.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

8 thoughts on “American Poltergeist (2015)

  • 30/10/2019 em 09:37
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    Alguns momentos marcantes das nossas vidas, “ficam marcadas de forma errada”.
    Ontem (29/10/2019) assisti o segundo filme na Netflix, sim, o segundo, o primeiro filme tinha sido “Day Of Dead: Bloodline” – Regular, diga-se de passagem.

    Fui em “categorias”, e entre na minha predileta, “terror”.

    American Poltergeist – pensei, why not ?

    De início, ao ver uma Ford Explorer Sport ( duas portas – não via a tempos num filme ) – pensei que iria assistir um daqueles filmes setentistas, onde um grupo de adolescentes vão em busca de um final de semana perfeito, mas ledo engano.

    Atores fracos, enredo mais fraco ainda, um dos poucos filmes do gênero que o início você fica pensando que “vai dar bom”, mas aos poucos vai vendo que é uma bela bosta americana de baixo orçamento.

    A idéia foi boa ( FOI BOA ), mas os clichês, as atuações ruins, a história fraca, foi se arrastando, enfim, algo muito cansativo, não tem aquele atrativo que se espera.

    Não vale a pena contar a história, apenas assistir e nada mais.

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  • 17/02/2019 em 20:06
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    A impressão que tive é que a qualquer momento o filme vai virar um porno… Péssimas atuações e enredo

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  • 13/07/2017 em 16:30
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    Com certeza um dos piores filmes que já vi, a atriz que faz a dona da casa, é uma das piores atuações que já vi também, não salva nada nesse filme.

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  • 30/06/2017 em 11:20
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    E muito. Legal já. Assitir. Esse. Filme. Que e vai na próxima. Filme. Ela. Discobre. Que. Ela. Sobre. Família. Dela. Ela. Fazer. Macoba. Ou. Não

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  • 22/01/2017 em 16:51
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    Pior filme que ja vi na vida .. n acredito que perdi tempo com isso kkkk

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  • 12/01/2017 em 08:27
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    Concordo em gênero, número e grau com tudo o que você escreveu! Esse filme abusa do direito de ser ruim. A história e os personagens/atores são tão ruins que terminei de assistir sentindo raiva de mim mesma por não ter me levantado do sofá e desligado a tv.

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    • 28/08/2018 em 10:49
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      Não me levantei nem desliguei o computador porque sempre vejo tudo até o fim (sei lá, quem sabe…). Alívio quando subiram os créditos (ou débitos, nesse caso).

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