![]() Assassin´s Creed
Original:Assassin´s Creed
Ano:2016•País:EUA, França Direção:Justin Kurzel Roteiro:Bill Collage, Adam Cooper e Michael Lesslie Produção:Jean-Julien Baronnet, Patrick Crowley, Michael Fassbender, Frank Marshall, Conor McCaughan e Arnon Milchan Elenco:Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons, Michael K. Williams, Ariane Labed, Brendan Gleeson |
Se tem uma coisa que Hollywood soube fazer bem com as expectativas de adaptações de games para o cinema, foi matá-las. A cada vez que uma franquia de jogos é anunciada em produção cinematográfica, o hype pelo lançamento acaba diminuindo um pouco. E após a decepção que foi Warcraft, a adaptação de Assassin’s Creed seguiu um caminho de “o que vier é lucro”. Para o bem ou para o mal, o filme baseado na maior franquia de games da Ubisoft é sim um produto interessante, mas com uma série de erros em seu percurso que são simplesmente impossíveis de ignorar.

No filme, somos introduzidos logo de cara ao Credo dos Assassinos, uma sociedade secreta com uma única missão: proteger a Maçã do Éden, objeto de grande poder, detentor do código genético do livre arbítrio e desejado pelos Templários. Callum Lynch (Michael Fassbender) é um assassino dos dias atuais utilizado por uma organização que deseja encontrar a Maçã com o objetivo de usá-la para acabar com a violência no mundo. Através de uma tecnologia revolucionária, Callum consegue reviver as memórias de Aguilar, seu ancestral espanhol, último membro do Credo a ter contato com o artefato e assim descobrir onde ele está.
Parece difícil de entender no começo, mas não se engane. Assassin’s Creed é bastante fácil de acompanhar tanto para quem jogou a franquia, quanto o público novato. De fato, é aí que começa um dos primeiros grandes defeitos do filme, o exagero de explicações. Marion Cotillard e Jeremy Irons encarnam os papéis dos pesquisadores por trás do experimento como pai e filha em conflito, e pode esperar para vê-los em cenas e mais cenas de explicações. Só as de falatório sobre a Maça do Éden são de perder a conta.
O filme também joga com a transição entre passado e futuro. Se no primeiro game da série a revelação sobre tudo aquilo ser uma memória só acontece no final, no filme ela é escancarada de cara, o que pode desagradar muitos fãs do jogo.
Inclusive o filme é bastante meio a meio nesse quesito entre se passar no passado e presente. As cenas em Granado são realmente maravilhosas e de encher os olhos. Por isso até irrita em alguns momentos as quebras dos movimentos de Fassbander com seu ancestral, em cenas intercaladas entre passado e presente junto a máquina.
Ainda assim, mesmo a beleza das cenas do passado (todas filmadas em espanhol) não escondem os momentos de ação fracos, com muita fumaça para disfarçar a má coreografia das lutas. A compensação vem na cena da fuga da fogueira, de longe a melhor do filme e onde qualquer fã dos games vai abrir um sorriso. A longa sequência da dupla de Assassinos correndo pelos telhados, lutando contra os inimigos e dando o Salto de Fé é definitivamente linda.
Assassin’s Creed peca na velocidade. O filme tem que se esforçar para compactar uma história densa e tudo nos é apresentado com rapidez. Com isso, você fica um pouco perdido em qual é a real motivação em proteger a Maçã do Éden e porque ela é importante para o grupo. Nos jogos, seu poder é extenso e perigoso, utilizado para controlar a mente das outras pessoas. No filme, esse elemento falta ser explicado e colocado em ação.
Jeremy Irons também deixa a desejar em seu papel de vilão com uma áurea real de perigo, enquanto a personagem de Marion Cotillard nos deixa bastante confusos, enquanto mergulha em inúmeros conflitos pessoais. Já Fassbender está incrivelmente bem a vontade no papel, mesmo com as motivações falhas do seu personagem. Tudo isso junto a um final mais uma vez apressado e bastante inconclusivo.
No mundo dos games ficou popular a criação de conteúdos extras para jogos chamados de DLC (downloadable contente). Em algumas franquias, as DLC saíram do controle, fazendo com que jogos chegassem incompletos e uma experiência plena só fosse possível através desse suporte que, em geral, é pago à parte e irrita os usuários. No fim das contas, Assassin’s Creed talvez seja o primeiro caso de um filme que precise realmente de uma DLC para, quem sabe assim, nos passar uma experiência total.



























O filme esta cheio de erros mas é um bom filme. Eu gostei. Podia ter sido melhor mas eu achei legal
Realmente é um filme bem ruim pra que viu pela primeira vez este universo, mas para fãs foi ótimo, apesar de algumas erros de história, por exemplo o uso de 2 lâminas escondidas mas o corte de apenas um dedo.