Jason X
Original:Jason X
Ano:2001•País:EUA Direção:James Isaac Roteiro:Victor Miller, Todd Farmer Produção:Noel Cunningham Elenco:Kane Hodder, Lexa Doig, Jeff Geddis, David Cronenberg, Markus Parilo, Jonathan Potts, Lisa Ryder, Dov Tiefenbach, Boyd Banks, Barna Moricz, Dylan Bierk, Todd Farmer, Peter Mensah |
Jason Voorhees já foi para Manhattan e até mesmo para o Inferno. Como a série já tinha ido para o espaço, faltava apenas o próprio assassino imortal. Coube ao criativo roteirista Todd Farmer (Os Mensageiros) a missão de desenvolver uma nova saga de Jason Voorhees, trazendo não somente novas vítimas, mas a ousadia de transportá-las para séculos no futuro, ignorando completamente o que aconteceu nos últimos filmes. O resultado da brincadeira é mais um divertido filme da franquia, com mortes criativas e cenas interessantes, colocando o ícone do horror em locais e situações inusitadas.
O próprio produtor, Sean S. Cunningham (diretor do primeiro filme), disse numa entrevista que seria bobagem simplesmente colocar Jason num acampamento em Crystal Lake, repetindo o que já foi mostrado por diversas vezes. Ele se interessou pelo projeto quando soube que ele seria inovador e bem diferente do que já fora mostrado.
2008 foi o ano em que Jason foi capturado. Depois de várias tentativas de matá-lo, em 2010, os cientistas resolvem congelá-lo e aguardar que o futuro traga metódos que possam por um fim definitivo no assassino. No entanto, alguns homens inescrupulosos – liderados pelos Dr. Wimmer (o diretor David Cronenberg realizando seu sonho de ser assassinado por Jason) – planejam utilizar o corpo de Jason para estudos de regeneração de tecido e célula. Tudo dá errado, o assassino escapa das correntes no melhor estilo Silêncio dos Inocentes e mata todos os policiais. Quando está prestes a matar a médica, Rowan (a bela Lexa Doig), acaba caindo numa câmara criogênica sem deixar de feri-la mortalmente.
Séculos depois, em 2455, quando o Planeta Terra já se encontra em extinção, a população mundial se transferiu para um outro Planeta chamado Terra 2. Entre bases espaciais, flutuam naves avançadas, que exploram a antiga Terra em busca de pessoas e instrumentos úteis para a nova vida. Durante uma exploração ao extinto laboratório de Crystal Lake, uma equipe de resgate, formada por estudantes, traz para sua nave o corpo da médica e o de Jason, ambos completamente congelados. Com o processo de restauração molecular, Rowan volta à vida, preocupada com o fim dado ao assassino mascarado, sem saber que num laboratório próximo dali, uma bela médica examinava o corpo de Jason, aparentemente sem vida. Não demorará muito para a doutora ter o rosto derretido e destruído por Jason, que sairá matando todos os tripulantes da nave.
Jason X tem tudo o que os fãs da série gostariam de ver: mortes violentas, mulheres bonitas, homenagens aos filmes da franquia (inclusive com uma cena de sexo), inimigos realmente fortes e até mesmo um visual atualizado para o famoso assassino. Kane Hodder, inspiradíssimo, traz um Jason forte, com sua respiração profunda e bastante ameaçador. Aqui, ele possui cabelo, mas não os fios ridículos do filme anterior. Ele também não mais solta os grunhidos que destruíram a nona parte, nem fica jogando suas vítimas para todo lado. Ele mata sem piedade, arranca a cabeça, corta em pedaços e ate enfrenta um monstro virtual, numa das cenas mais engraçadas do filme.
Aproveitando o ambiente futurístico, Jason enfrenta a agilidade de uma cyborg extremamente preparada para uma luta com o assassino e ainda participa de uma realidade virtual, ambientada em 1980, em Crystal Lake. Com a repetição da famosa musiquinha (reeditada no segundo filme), Jason bate os sacos de dormir com as garotas contra uma árvore, sem dó. A cena foi inspirada em Sexta-Feira 13 – Parte 7, onde Kane Hodder acabou ficando muito cansado em carregar os sacos pesados por repetidas vezes. De acordo com o roteiro original, a ideia era fazer Jason reencontrar sua mãe em 1980 e matá-la, mostrando sua total irracionalidade e maldade. A cena acabou não sendo filmada.
Mas as citações não param por aí: uma das personagens do filme se chama Adrienne, numa referência direta à atriz Adrienne King, que interpretou a heroína do primeiro filme. Em determinado momento, Jason encontra seu velho facão e decide utilizá-lo novamente no Prof. Lowe, o alivio cômico do filme, assim como a própria cyborg. Jason repete várias mortes clássicas da série neste filme, como a tradicional garganta cortada e a faca arremessada de longe; a máscara de Jason é retirada em certo momento, apresentando um Jason deformado que lembra bastante o personagem no filme original.
Jason X foi o primeiro filme realizado totalmente com câmera digital. Assim, os efeitos de computador ficaram mais incríveis e realistas. E teve o título provisório Jason 2000, mas como o filme teve um certo atraso no lançamento tiveram que alterar o título. O longa chegou aos cinemas brasileiros antes do lançamento nos EUA, um fato inédito…
É óbvio que nem tudo é perfeito no filme (“perfeito” no sentido “diversão”). A sequência final, com Jason voando e tudo mais, é ridícula. A transformação rápida do assassino no “Robocop” é culpa da edição ruim (onde a máquina conseguiu desenvolver a nova máscara, ninguém sabe); e até mesmo o roteiro falha ao dizer que tentaram matá-lo de todo jeito e não conseguiram, sem dar menção às características sobrenaturais do personagem. Ora, algumas vezes, ele voltou por sorte macabra mesmo; quando Jason arrebenta a nave por fora e acontece a despressurização, o efeito termina depois que uma vítima é sugada para fora. Jason continua quebrando as portas, mas ninguém mais é puxado…entre outros absurdos.
Enfim, um filme cheio de falhas, mas divertido e diferente. O DVD do filme traz o making of e várias entrevistas com atores, além do roteirista e do produtor. Vale a pena “have a peek”
Contagem de Corpos
Assassino: Jason Voorhees
1 (126) : Segurança Johnson – cabeça ferida, corrente em volta do pescoço
2 (127) : Guarda 1 – arma na cabeça
3 (128) : Guarda 2 – batido e arremessado, levou um tiro do guarda 3
4 (129) : Guarda 3 – face esmagada
5 (130) : Guarda 4 – corrente em volta do pescoço
6 (131) : Dr. Wimmer – empalado por uma barra de ferro
7 (132) : Sgt. Marcus – arremessado sobre uma porta de metal
8 (133) : Adrienne – rosto derretido em nitrogênio liquido, cabeça estourada
10 (134) : Stoney – cortado no estômago por um facão do futuro
11 (135) : Azrael – costas quebradas até o joelho
12 (136) : Dallas – cabeça esmagada contra a parede
13 (137) : Sven – pescoço quebrado
14 (138) : Condor – empalado num ferro em forma de parafuso
15 (139) : Geko – garganta cortada com um facão
16 (140) : Briggs – empalado em um gancho
17 (141) : Kicker – cortado no meio com o facão
18 (142) : Fat Lou – cortado em pedaços (offscreen)
20 (143) : Professor Lowe – decapitado (offscreen)
22 (144) : Crutch – eletrocutado no painel da nave
24 (145) : Janessa – sugada por uma fenda da nave
25 (146) : Sgt. Brodski – empalado com duas laminas, ferido com o facão, morre ao entrar na atmosfera do Terra 2, junto com Jason
Mortes Acidentais
19 : Dieter Perez – morre na explosão da Solaris
Mortes Não Relacionadas com Jason
21 : Kinsa – tenta fugir numa nave e acaba explodindo…
23 : Waylander – com as costas quebradas, morre na explosão
Mortes na Realidade Virtual
Azrael – corpo rasgado pelo facão
Dallas – decapitado pelo facão
Garota da Realidade Virtual 1 – batida até a morte com o saco de dormir
Garota da Realidade Virtual 2 – batida até a morte com o saco de dormir
Além dessas mortes, 60 soldados além da população inteira da Solaris morreram com a explosão da base.
Uma mistura homogênea entre ficção científica ,slashers violentos e um pouco de humor negro . É legalzinho,mas é inferior ao resto da franquia (1 a 8). Nota 4.
Adoroooo, é o tipo de filme que é ruim mas é bom… rsrsrs
Em termos de diversão, considero esta sequência uma das melhores da franquia!
Não gostei de muita coisa nesse filme, mas as mortes são bem interessante e criativas. Bons atores até e um Jason com visual estranho. Enfim, nada de sério.