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A Maldição do Boneco Robert
Original:The Curse of Robert the Doll
Ano:2016•País:UK
Direção:Andrew Jones
Roteiro:Andrew Jones
Produção:Lee Bane, Andrew Jones
Elenco:Nigel Barber, Tiffany Ceri, Suzie Frances Garton, Lee Bane, Chris Bell, Steven Dolton, Jason Homewood, Clare Gollop

Logo após o lançamento do filme solo da boneca Annabelle, o cineasta independente, Andrew Jones, considerou a ideia de explorar o tema, com uma outra história real. Em 1906, o garoto Robert Eugene Otto ganhou de uma empregada de sua residência, com experiência em magia negra e vodu, o boneco Robert. O presente, na verdade, era um objeto de vingança contra os maus tratos que sofrera durante sua permanência com a família Otto. Trazendo mau agouro e acumulando desgraças, Otto ficou obcecado pelo boneco até sua morte em 1974, quando a sua morada e o boneco foram comprados por Myrtle Reuter. Tendo problemas no local, ela se mudou seis anos depois, mas levou Robert com ela. Em 1994, ela finalmente doou o boneco para o Museu East Martello, alegando que o boneco seria assombrado e vivia mudando de lugar pela casa. Robert está em exposição nesse museu até hoje com a vestimenta de marinheiro, protegido por um vidro, com os dizeres:”Antes de tirar foto, peça autorização para Robert.

Jones, então, desenvolveu em 2015 o fraquíssimo Robert the Doll, baseado nos acontecimentos do início do século XX, quando a família Otto adquiriu o objeto macabro. Atualizando o ambiente e a época, ele fez um filme bem ruim, partindo para o trash ao dar movimentos ao boneco Robert, transformando-o num típico brinquedo assassino – sabe-se que o famoso Chucky tem inspiração nas lendas desse boneco de mau agouro. Ao final, quase corrigiu as bobagens com uma possível indicação de que o garoto da família poderia ser o verdadeiro vilão, mas ficou apenas na intenção. Mal dirigido, com péssimas atuações, não havia qualquer possibilidade de imaginar uma continuação para esse filme. Contudo, ela aconteceu.

A Maldição do Boneco Robert foi lançado no Reino Unido em 12 de setembro de 2016, bem antes de Annabelle ganhar sua continuação oficial. Desta vez, o enredo de Andrew Jones envolve o museu onde o boneco está em exposição – embora, não mencionem o nome Martello. Tem um início parecido com A Noiva de Chucky: o dono de um museu de esquisitices, Walter Berenson (Nigel Barber, de 007 Contra Spectre, 2015), acaba de adquirir da seção de evidências da polícia o boneco Robert, e o coloca em exposição, já aproveitando para anunciar sua condição sobrenatural e a relação com os crimes do passado. Nessa mesma época, a bela Emily (Tiffany Ceri, a possuída de O Exorcismo de Anna Ecklund, também de Jones) acaba de conseguir uma vaga como auxiliar de limpeza no museu, tendo que trabalhar de madrugada para ajudar a pagar a faculdade.

Ela conhece os espaços onde trabalhará, com a funcionária Ethel (Clare Gollop), que lhe dá as orientações e apresenta o item mais valioso do local: o boneco Robert. Além das duas, há dois seguranças que dividem o período: o mal humorado Stan (Christopher Hale) e o seu futuro interesse amoroso, Kevin (Jason Homewood). Não demora muito e logo Emily já testemunha movimentos estranhos e outras loucuras – como a mancha interna no vidro que protege o boneco – e começa a desconfiar que as histórias sobre Robert são verdadeiras. Sem o apoio dos seguranças e da própria polícia, na pele do detetive Bill Atkins (Steven Dolton, de Devil’s Tower, 2014) e do oficial Sardy (Chris Bell), Emily percebe que o trabalho poderá custar sua vida, quando os primeiros corpos aparecem no local.

É preciso fazer justiça: há uma significativa melhora em relação ao primeiro filme. Com uma direção um pouco mais acentuada – não perfeita -, elenco mais adequado e um enredo sem exageros, o longa dá dois passos a frente de Robert the Doll. O próprio boneco aparece pouco, disfarçando sua condição bagaceira em seus movimentos artificiais, porém não completamente. Mas, ainda há erros evidentes de posicionamento de câmera e iluminação, além do alongamento de cenas que não levam a lugar algum. Cito como exemplo, a morte do guarda Stan. Ele decide fazer uma ronda pelo museu. Passeia por todos os ambientes, em quase três minutos, até encontrar seu destino no aquário do boneco. Quando Kevin nota a demora – ele diz que o parceiro sumiu por 45 minutos (!!) -, decide procurá-lo trazendo mais tempo perdido em andanças por entre corredores curtos e objetos em exposição.

Por outro lado, A Maldição do Boneco Robert acerta com a pequena participação da personagem Jenny Otto (Suzie Frances Garton), a mulher que sobreviveu aos ataques do boneco no primeiro filme. Internada em um hospício, enquanto seu filho está numa cadeia juvenil, ela traz mais detalhes sobre o passado do boneco e uma possível influência masculina na sua condição possuída. Lee Bane também aparece nesta continuação em um outro papel, como um velho fabricante de brinquedos envolto em uma maquiagem incrivelmente tosca.

Parece que Andrew Jones realmente gostou do tema. Um terceiro filme, The Legend of Robert the Doll, está previsto para ser lançado em 2018. Desta vez o boneco estará nas mãos de um grupo de soldados de Hitler a bordo de um trem no período da Alemanha nazista! Pelo visto, não há limites para a imaginação desse cineasta galês.

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4 Comentários

  1. Gente, o boneco é a cara do Willem Dafoe kkkkkkk

  2. Duas caveiras..para isso? Vocês tem um coração enorme!

  3. Esse terceiro filme que vai ser lançado Robert and the Toymaker vai ter alemanha,nazismo e a procura pela fórmula mágica de um criador de bonecos.Já vi isso antes…

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