O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
Original:Terminator: Dark Fate
Ano:2019•País:EUA, Espanha, Hungria Direção:Tim Miller Roteiro:James Cameron, Charles H. Eglee, Josh Friedman, David S. Goyer, Justin Rhodes, Billy Ray Produção:James Cameron, David Ellison Elenco:Linda Hamilton, Arnold Schwarzenegger, Mackenzie Davis, Natalia Reyes, Gabriel Luna, Diego Boneta, Tristán Ulloa, Tom Hopper |
Vamos direto ao ponto. A única coisa que justifica uma ida ao cinema e um ingresso caro para assistir ao novo Exterminador do Futuro é a volta da atriz Linda Hamilton no papel de Sarah Connor. Com exceção do envolvimento de Hamilton, o filme é mais um exemplo do que a franquia se tornou desde que o terceiro filme, A Rebelião das Máquinas, foi lançado em 2003.
Vamos recapitular. O primeiro filme, escrito e dirigido por James Cameron, foi lançado em 1984 e responde como um excelente título de ficção científica. Na trama, conhecemos uma jovem Sarah Connor, que passa a ser perseguida por um exterminador enviado do futuro (Arnold Schwarzenegger). O objetivo do vilão é matar Sarah, cujo filho ainda não gerado vai ser o líder da resistência humana em uma futura batalha contra as máquinas.
O segundo Exterminador, também escrito e dirigido por Cameron, foi lançado em 1991. Com um orçamento bem mais generoso do que o antecessor, o segundo filme foi sucesso de público e crítica e se tornou um dos títulos mais populares da década. A trama trouxe novamente Linda Hamilton, porém com uma Sarah Connor desta vez ao lado do já nascido filho John Connor (Edward Furlong). Schwarzie também voltou para o segundo filme, mas desta vez seu exterminador é do bem e sua missão é salvar John Connor.
Foi com o terceiro filme que a franquia começou a desandar e nunca mais conseguiu se reerguer. Prevendo a bomba que o filme seria, Linda Hamilton recusou voltar ao papel de Sarah Connor e a saída encontrada pelos produtores e roteiristas foi de matar a personagem entre os filmes dois e três. Ou seja, O Exterminador do Futuro 3 já começa com Sarah Connor morta. Tivemos então O Exterminador do Futuro: A Salvação (2009) e o péssimo e pior de todos, O Exterminador do Futuro: Gênesis (2015).
As notícias para o sexto filme começaram animadoras quando foi divulgado que James Cameron retornaria para a franquia como produtor e como um dos roteiristas. Isto já pareceria dar um sopro de esperança ao novo filme. As boas notícias não pararam aí. O novo filme, sexto na cronologia, seria uma sequência direta do segundo filme. Ou seja, assim como Halloween, teríamos uma nova linha do tempo que apagaria todos os filmes que vieram depois de O Exterminador do Futuro 2. E para fechar com chave de ouro as boas notícias, Linda Hamilton voltaria como Sarah Connor e ainda teríamos novamente Schwarzenegger.
Apesar de tantas boas possibilidades, o filme não passa de irregular. A direção de Tim Miller, de Deadpool, traz grandes cenas de ação, mas nada que já não tenhamos visto antes principalmente dentro da franquia ou em filmes de ação contemporâneos. A sensação é de ver um produto requentado, onde vamos ter mais uma vez personagens fugindo pelas estradas enquanto um super e invencível vilão do futuro segue em perseguição.
No entanto, apesar de ser irregular, é possível dizer que em uma comparação com os filmes 3, 4 e 5, este sexto se sai melhor. Mas isto não acontece graças aos novos personagens. Aqui temos Grace (Mackenzie Davis), uma mulher aprimorada do futuro, a jovem e inexpressiva Dani (Natalia Reyes) ou o novo exterminador (Gabriel Luna). A história é a mesma de sempre com Dani sendo perseguida pelo novo exterminador por algo que vai fazer no futuro enquanto Grace a protege. Originalidade zero. No entanto temos no meio de tantos personagens inexpressivos justamente a volta de Sarah Connor e aqui faz toda a diferença a presença dela. Com o passar dos anos, Sarah se tornou uma caçadora de exterminadores e o nosso reencontro com ela acontece justamente quando conhecemos os novos e entediantes personagens.
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No prólogo de Destino Sombrio temos uma cena que se passa logo depois dos eventos do segundo filme, com Hamilton e Schwarzenegger rejuvenescidos. Sarah Connor conseguiu impedir a ascensão das máquinas pela qual lutou no segundo filme, mas isto teve um preço muito caro para ela quando seu filho John é morto pelo exterminador em talvez uma das melhores sacadas do novo filme. A ideia de matar John Connor em um minuto de filme surgiu do próprio Cameron. A verdade é que com exceção do segundo filme, o personagem de John Connor adulto nunca funcionou nos demais filmes e sempre foi algo polêmico de se avançar a história sem ele.
FIM DO SPOILER!!!! FIM DO SPOILER!!!! FIM DO SPOILER!!!!O FIM DO SPOILER!!!!
Outro aspecto importante é que diferente de Carrie Fisher que voltou para o episódio 7 de Star Wars e apareceu cerca de 15 minutos de filme e sem ter nenhuma relevância para a trama, aqui o filme é comandado por Sarah Connor. O nome de Linda Hamilton vem inclusive antes do de Schwarzenegger ou qualquer outro ator ou atriz do filme. E por ser esta personagem tão querida, revê-la em cena realmente se torna o grande atrativo do filme. Se você está com saudades da personagem, vai gostar de revê-la, mesmo em um filme irregular. Se você não gosta, desconhece ou não tem nenhum apego por ela, vai achar o filme bem chato.
Filme de merda, o prego no caixão definitivo dessa franquia que só os 2 primeiros filmes deram certo
O filme é razoável até a primeira metade. Perseguições e cenas de ação requentadas, que lembram especialmente o segundo filme da série. Após a aparição de Schwarzenegger o filme cai bastante de qualidade, com várias bobagens e piadas sem graça. Sem contar que a ideia de matar o John Connor e de impedir a ascensão das máquinas cria um termendo buraco no roteiro. Se eles conseguiram impedir a Skynet, de onde veio o T800 que matou John? E de onde vem os outros exterminadores que a Sarah combate? Há alguma ligação entre a Skynet e o Legion? Tudo isso fica jogado e sem reposta. Ainda acho que a melhor sequência após o 2º filme é o 4º filme, porque ao menos tenta se integrar à história original dos dois primeiros, mostrando o futuro pós – apocalíptico, e uma origem para o conceito de Exterminador.
É Legalzinho, pena que com a bilheteria fraca, o Exterminador foi exterminado, e a franquia acabou.
Um filme fraco e bem sem sal, preguiçoso, sonolento tenta inovar e acaba na mesma historia de sempre, que todo mundo já conhece.
O carisma do tio Arno e da Linda e que dão um alento nesse filme sofrível.