Pânico
Original:Scream
Ano:2022•País:EUA Direção:Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett Roteiro:James Vanderbilt, Guy Busick Produção:Paul Neinstein, William Sherak, James Vanderbilt Elenco:Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Marley Shelton, Melissa Barrera, Jenna Ortega, Dylan Minnette, Jack Quaid, Jasmin Savoy Brown, Sonia Ammar, Mikey Madison, Mason Gooding, Kyle Gallner |
Retornar a Woodsboro é ter a oportunidade de rever velhos conhecidos e ser ameaçado por um assassino mascarado, alguém que faz ameaças por telefone e propõe um jogo de perguntas e respostas que podem ou não determinar a sua sobrevivência. Ainda que o argumento principal, estabelecido em uma das principais obras de Wes Craven, seja sempre o mesmo, é divertido acompanhar a luta dos personagens para tentar entender o padrão de escolha de vítimas do vilão, enquanto passa a desconfiar de todo mundo. O diferencial está no comando, desta vez a cargo da dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (responsáveis pelo interessante Casamento Sangrento), e na proposta de não apresentar mais uma continuação da franquia, mas um reboot, tão em voga atualmente no gênero.
Com a mudança na direção, a partir da morte de seu mentor, a principal dúvida dos fãs da cinessérie era saber se o novo filme iria seguir os moldes pré-determinados por Wes Craven – principalmente a autoparódia – ou se teríamos uma produção em um ritmo próprio. Se as regras são o que determinam a sobrevivência no gênero como Randy apresentou no primeiro filme, o mesmo poderia valer para a realização de uma continuação/reboot: mudar completamente a estrutura seria um jogo tão arriscado quanto identificar os atores que estrelaram uma produção cult. Aqueles acostumados com um estilo de filme pedem respeito ao padrão original, mas querem ver algo novo, tão grandioso quanto. E está aí a principal motivação para acompanhar o novo Pânico, um reboot que não apenas dá continuidade ao legado do criador de Freddy Krueger como traz elementos e ousadias que tornam a experiência tão gratificante quanto foi aquela realizada em 1996.
Como era de se imaginar, antecipado pelo trailer – embora este engane bastante – o novo filme traz sangue novo ao mesmo tempo em que resgata personagens que já apareceram nos filmes anteriores. Na trama da vez, Samantha Carpenter (Melissa Barrera) percebe que ela, sua irmã e seus amigos são o alvo principal de uma figura mascarada, que conhece os segredos mais obscuros do grupo e está disposta a traçar um plano de violência e morte. Desesperada, ela pede ajuda ao experiente Dewey (David Arquette), que entra em contato com Sidney (Neve Campbell) e Gale (Courteney Cox). É claro que para entender os passos do serial killer é preciso determinar as novas regras de sobrevivência, respeitar as referências e ficar atento aos detalhes que podem trazer pistas da identidade de Ghostface.
Mesmo que esse seja o principal mistério de um slasher whodunnit, Pânico diverte pelo modo como os novos personagens são introduzidos, pela identificação ao passado da franquia – a conexão é feita de maneira inteligente ao mostrar como alguns herdaram os papéis que moldaram a fórmula. E ainda faz jus ao subgênero pela violência das mortes, e pelo ritmo intenso das cenas de tensão como nunca antes visto. Diferente dos filmes anteriores em que acontecia uma cena de morte e depois demorava um tanto para que outro personagem tenha um encontro com a faca do assassino, no roteiro de James Vanderbilt e Guy Busick, com produção executiva de Kevin Williamson, a dinâmica é acelerada, com um alto número de vítimas, sequências de perseguição, claustrofobia e suspense.
Além de Samantha, que não segue o padrão Sidney de mocinha indefesa, Pânico traz um grupo interessante de personagens como Mindy (Jasmin Savoy Brown), sobrinha de Randy, e Wes (Dylan Minnette), filho da policial Judy (Marley Shelton), que apareceu no quarto filme, além, é claro, dos típicos estereótipos da franquia: o briguento Vince (Kyle Gallner), o esportista Chad (Mason Gooding), a rebelde Liv (Sonia Ammar), a amiga de todos Amber (Mikey Madison) e o namorado de Samantha, Richie (Jack Quaid). Com a receita conhecida e a sugestão de que não se deve confiar em ninguém, logo esses personagens terão que enfrentar seus limites, encarar medos e resistir aos ataques do assassino, com o apoio daqueles que já sobreviveram às ações de Ghostface anteriormente.
É claro que o filme traz algumas liberdades criativas que podem ser vistas como defeitos pelos mais exigentes – e que talvez não estejam muito familiarizados com os filmes anteriores. Personagens que são gravemente feridos – facadas e até alvejados – e logo depois já protagonizam outras sequências de ação ou parecem não sentir mais a gravidade do ato. Ora, Pânico não é um retrato da realidade, mas um estilo exagerado de homenagem ao cinema de horror, aquele mesmo que você curte ainda que o assassino se apresente como imortal somente para aparecer numa eventual continuação.
Com o sucesso promissor, o novo filme da franquia Pânico pode servir realmente como o começo de uma nova série de filmes, talvez uma trilogia. Agradando à crítica e ao público, a realização de continuações pode acontecer naturalmente porque o filme é realmente muito bom, um acerto de seus responsáveis e que honra o que fora visto anteriormente sem desgastar a fórmula. É provável que um retorno a Woodsboro seja felizmente inevitável, principalmente em uma época em que os slashers têm trazido um frescor ao gênero, depois de duas décadas de casas assombradas, zumbis maratonistas, horror elevado e found footages. Não me importaria em acompanhar novos telefonemas de Ghostface, com novos jogos de perguntas e respostas e a promoção de outras regras de sobrevivência, desde que perpetue o que a dupla de diretores fez tão bem.
Vi o filme ontem por isso eu ainda tenho que processar tudo mas por agora ele compete com o terceiro filme como o pior da franquia, nenhum deles é ruim só são apenas inferiores. Sei lá o filme me pareceu muito zoado as vezes como uma personagem em específico que leva 7 facadas e consegue se movimentar e agir de forma inplausivel pelo resto do filme. Outra coisa que me incomodou foi a burrice de um personagem cuja morte poderia facilmente ter sido evitada, como se toda a cena fosse forçadamente construída justamente para ele morrer. E que feminismo todo é esse? 90% dos sobreviventes do filme são mulheres sendo que no final tem um quarteto de mulheres que enfrentam os assassinos parecendo um Vingadores Ultimato da vida, forçação de barra dessas tendências atuais de merda de Hollywood. Espero que o sexto filme seja melhor.
Às vezes é bom deixar seus comentários machistas aqui só pela satisfação de te ver tirando a cueca pela cabeça, João. Que pena mulheres viverem, né?
Sim claro porque machismo é “criminoso e opressor” enquanto que feminismo é algo “bonito e correto”. Eu gosto de mulheres sim, só não suporto feministas e toda essa forçação de barra de Hollywood, e eu não sou o único que pensa assim aparentemente porque a maioria desses projetos são fracassos de bilheteria
Ah sim, Pânico, no alto de seu sexto filme, tá sendo um puta fracasso de franquia mesmo, viu? Acorda, criança. Vai assistir filme feito por incel que nem você porque, infelizmente, isso tem a rodo também.
Quanta ignorância credo, vejo que és uma feminista do pior tipo. Panico é sucesso porque só foi bancar o feminista no quinto filme e o sexto teve a decência de não se vender dessa forma, agora só vendo mesmo pra ter certeza de que se manteve como o marketing sugere ou se é apenas enganação. Mas eu não ficaria muito surpreso se o único dos sobreviventes do filme anterior que vai morrer nesse seja o único cara que sobreviveu no 5 kkkkk
acabei de assistir e achei muito bom, uma das poucas franquias do genero slasher onde o nivel de qualidade consegue se manter. Agora aguardando o sexto.
Se não tiver Sydney Prescott não tem Pânico. Achei sua participação muito coadjuvante nesse filme. Igualmente a de Gale e Dewey. Uma pena. Confesso que não curti muito o elenco “jovial”. Prefiro os 4 anteriores.
Então, Marcelo. A autoparódia que eu tanto gosto na franquia, nesse me pareceu quase uma meta-narrativa que engloba o facada e o próprio pânico. Confesso que isso me incomodou um pouco, além da resistência física dos personagens, tal qual você mesmo mencionou, mas este é outro detalhe que persegue a franquia. Entretanto, no todo este filme me deixou positivamente muito surpreso por entregar um material semelhante e diferente em um quase paradoxo narrativo dos slasher’s. No todo, concordo com sua crítica e sua nota. Mais uma vez, parabéns Marcelo e Boca do Inferno!! Abraço!
Eu acho essa série de filmes do Pânico uma chatice sem fim. Assisti o primeiro e segundo; achei um porre e não assisti mais. Mas como ouvi ótimas críticas desse último, resolvi dar uma chance para tentar gostar. Não tem jeito, não dá pra mim.
Eu gostei do filme no mesmo nível da primeira e quarta entrada da franquia. No entanto, acho que faltou algo a mais no terceiro ato, a cereja do bolo poderia ter ficado melhor, metaforicamente falando. A obra em si contém todos os elementos que tornam a franquia tão aclamada, mas as mortes bem que podiam ser mais elaboradas, mas até que isso não é um problema.
Não tem jeito. Eu tenho um crush pelo 1° filme da franquia <3