Love, Death + Robots – Volume 3 (2022)

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Love, Death & Robots - Volume 3
Original:Love, Death & Robots - Season 3
Ano:2022•País:EUA
Direção:Patrick Osborne, David Fincher, Emily Dean, Andy Lyon, Robert Bisi, Jennifer Yuh Nelson, Tim Miller, Carlos Stevens, Jerome Chen, Alberto Mielgo
Roteiro:Tim Miller, John Scalzi, Neal Asher, Philip Gelatt, Michael Swanwick, Jeff Fowler, Robert Bisi, Justin Coates, Philip Gelatt, Bruce Sterling, Philip Gelatt, Neal Asher, Joe Abercrombie, Alan Baxter, Alberto Mielgo
Produção:Jack Liang, Andrew Chan Gladstone, Craig Ferguson, Dan Stevens, Sophie Robeson
Elenco:Josh Brener, Gary Anthony Williams, Katie Lowes, Chris Parnell, Troy Baker, Kevin Jackson, Fred Tatasciore, Anthony Mark Barrow, Chantelle Barry, Mackenzie Davis, David Shatraw, Holly Jade, Joel McHale, Seth Green, Gabriel Luna, Steve Blum, Andrew Kishino, Rosario Dawson, Jason George, Fred Tatasciore, Joe Manganiello, Christian Serratos, Jai Courtney, Noshir Dalal, Stanton Lee, Girvan 'Swirv' Bramble, Sara Silkin, Alina Smolyar

A série de animação adulta Love, Death + Robots, que chegou à sua terceira temporada disponibilizada pela Netflix, tem uma ideia muitíssimo interessante: unir uma temática que mistura terror, ficção científica e suspense em curtas metragens de animação de formatos variados (hiper-realista, clássico, stop motion, etc.) sob a curadoria de David Fincher e Tim Miller.

Pode parecer uma experiência tresloucada e é mesmo… mas no bom sentido! Além da qualidade técnica impecável, os curtas têm histórias interessantes e sabem, em poucos minutos, agarrar a atenção do espectador.

Claro, como toda antologia de curtas, há sempre um ou outro que destoa do conjunto, mas o cômputo geral é tão bacana e impactante que os raros tropeços são facilmente desculpados e esquecidos.

A primeira temporada teve 18 episódios e é a que mais acerta (talvez pela quantidade de tentativas, afinal é a temporada mais longa). A segunda é a que mais deixa a desejar com seus 8 curtas, enquanto a terceira temporada, com 9 episódios, volta com força total.

Como cada curta conta uma história diferente, em alguns momentos ficamos com um gostinho de quero mais, já que algumas situações e conceitos expostos têm um potencial enorme para, por exemplo, fazer um longa. Por outro lado, alguns terminam abruptamente, deixando aberto o plano para uma continuação ou para a imaginação do espectador… não importa, aqui o que vale é a experiência sensorial que os curtas promovem, a infinidade de emoções que afloram em cada segmento e a oportunidade de pensar na mensagem (didática ou hermética) do roteiro. Sim, porque realmente essa é uma série que não traz apenas diversão, mas nos faz refletir sobre a condição humana envolta no que não entendemos, no que criamos (principalmente com o viés tecnológico) e nas interações com o próximo.

Não irei aqui descrever cada curta e fazer comentários específicos. Se ainda não leram nada por aí, nem o façam… Deixem se envolver e surpreender por cada segmento. Criatividade e inovação são a tônica aqui, então curtam sem amarras ou preconceitos.

Opa! Ia me esquecendo… como disse no começo, essa série tem o dedo de David Fincher e Tim Miller. Fincher dispensa apresentações (Seven – 1995 e Zodíaco – 2007 são alguns exemplos de seu talento) mas Miller merece um pouco mais de atenção.  Profissional de efeitos especiais no começo da carreira, com alguns curtas de animação, foi alçado ao sucesso quando dirigiu o primeiro Deadpool (2016) para logo após fazer o competente O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019). Voltou às origens produzindo, escrevendo e dirigindo alguns episódios dessa série antológica e torço para volte logo aos longas metragens com toda a garra que tem demonstrado aqui!

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Ricardo Gazolla

Formado em Direito e trabalhando no setor privado, apaixonado por cinema desde a infância quando assistiu Os Goonies (1985) na tela grande. Sua predileção pelo horror começou um pouco depois ao conhecer em VHS A Hora do Pesadelo (1984), Renascido do Inferno (1987) e A morte do demônio (1981). Desde então o cinema se tornou um hobby, um vício socialmente aceito, um objeto de estudo, um prazer público e, agora, no site Boca do Inferno, uma forma de comunicação com as pessoas.

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