4.5
(10)

Slasher - Ripper: 5ª Temporada
Original:Slasher - Ripper: Season Five
Ano:2023•País:EUA
Direção:Adam MacDonald
Roteiro:Aaron Martin. Ian Carpenter, Lucie Pagé
Produção:Christina Jennings, Scott Garvie, Thomas P. Vitale, Aaron Martin, Ian Carpenter, Adam Macdonald
Elenco:Clare McConnell, Gabriel Darku, Christopher Jacot, Daniel Kash, Eric McCormack, Genevieve DeGraves, Jefferson Brown, Joanne Vannicola, Lisa Berry, Mercedes Morris, Nataliya Rodina, Paula Brancati, Rob Stewart, Sabrina Grdevich, Sadie Laflamme-Snow, Salvatore Antonio, Shaun Benson, Steve Byers e Thom Alliso

No terror o subgênero slasher é minha paixão inabalável, e isso é algo que propago há muito tempo, tanto aqui quanto no canal Cripteca. Filme após filme, livro após livro, amo mergulhar nesse universo sombrio de máscaras sinistras, mortes impiedosas e jovens não tão inteligentes que sempre caem de costa nas florestas. Dessa forma, para quem é fã assim como eu do subgênero, Scream, Bates Motel e Slasher são um prato cheio para a diversão, e essa última com 4 temporadas que para mim conseguiram trazer todos os elementos que tanto amo no subgênero com muita qualidade.

Agora, o quinto ano de Slasher tenta se reinventar trazendo uma trama até então não explorada, que é um assassino atacando na Toronto do século XIX, onde os encantos da alta sociedade se mesclam com a violência endêmica, a prostituição desenfreada e a crueldade da desigualdade social.

Dez anos após o julgamento de um crime brutal que estarreceu a população canadense, novas vítimas surgem, dando o alerta para assassinatos relacionados a uma vingança do passado. Nomeada pela imprensa como The Widow, essa figura misteriosa começa a atormentar até os mais ricos da cidade, pois seus crimes são cruéis e não poupam nada e ninguém. Quem se esconde sob essa mortalha? Qual é a justiça que está sendo reivindicada e, acima de tudo, quem será sua próxima vítima? Prepare suas apostas assim como eu fiz e tente resolver esse mistério antes do fim dos oito episódios, mas antes coloque um balde sob a televisão, pois essa temporada está muito sanguinária.

Slasher teve seus altos e baixos, enfrentando a cada ano o risco de cancelamento e até trocando de casa. Essa série foi até produzida pela Netflix, e hoje está sendo pela Shudder. Acho meio injustificada essa oscilação de público, pois para mim todas as temporadas são boas e amarradas, por mais que o segundo ano do seriado seja para mim o mais incrível e surpreendente de todos.

Aqui temos sempre uma leva de atores que voltam a cada temporada, e os mesmos conseguem mostrar sua versatilidade, o que nem sempre é fácil, visto que vários atores incorporam um personagem até o fim de suas carreiras.

Nessa temporada o elenco quase fixo está alinhado, mas o que me chamou a atenção foram a excelente Paula Brancatti, e a Sabrina Grdevich, que nos presenteiam com as odiosas irmãs Boticelli, que me lembraram tanto a história da Cinderela, quanto as irmãs Blanche do clássico O Que Terá Acontecido a Baby Jane.

Por ter oito episódios, essa série precisa ir além de um filme, então há núcleos e mais núcleos que parecem de imediato jogados ao léu, assim como a menina inocente que é “adotada” pelas irmãs Boticelli e vive uma versão sinistra da Gata Borralheira. Há o núcleo da casa de prostituição que esconde em seus quartos e em suas profissionais muito mais que simples prazeres noturnos, e o ilusionista Georges Rondeau (Thom Alisson), que chega com sua turnê de espetáculo encantando, assustando e trazendo demônios do passado para a cidade. Entretanto, mesmo a mais aleatória das tramas acaba convergindo no final para esse mistério do passado, o que é um ponto forte da série.

A única trama que para mim foi fraca acabou sendo a do detetive Kenneth Rijkers (Gabriel Darku), que se apresenta como um personagem bidimensional, pois não sabemos quem ele é e o pouco que é mostrado aparece apenas para a facilitação do roteiro.

A identidade do assassino mais uma vez não me surpreendeu, mas, como sempre digo, os melhores passeios não estão na qualidade do destino e sim na qualidade da jornada até o mesmo, e nesse caso tive uma ótima viagem.

Um último adendo é que o episódio final fecha essa trama de maneira bem inventiva e violenta, sendo para mim uma das melhores season finale de todas as temporadas.

Espero te encontrar no próximo ano, com a crítica de uma sexta temporada de Slasher, pois torço para que a série não seja cancelada. Até lá, vamos fazer nossas apostas em outras séries e filmes do subgênero, sempre em busca das identidades que estão por trás das máscaras.

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2 Comentários

  1. Como faz para assistir? O shudder já está disponível no Brasil?

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