Bates Motel – 3ª Temporada (2015)

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Bates Motel
Original:Bates Motel
Ano:2015•País:EUA
Direção:Tucker Gates
Roteiro:Carlton Cuse, Kerry Ehrin, Alyson Evans
Produção:Carlton Cuse, Kerry Ehrin, Tucker Gates, Justin Greene
Elenco:Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot, Olivia Cooke, Nicola Peltz, Nestor Carbonell, Kenny Johnson, Kevin Rahm, Ryan Hurst, Tracy Spirdakos

Após uma segunda temporada bastante decepcionante, Bates Motel chega a seu terceiro ano recuperando um pouco de fôlego e entregando mais daquilo que os telespectadores e fãs da família Bates esperam. Ainda estamos longe da qualidade e do suspense vistos no primeiro ano da série, mas é bom ver Bates Motel se reaproximando de suas raízes: o clássico Psicose, de Alfred Hitchcock.

Os produtores parecem ter entendido que devem trabalhar para conquistar os fãs do filme original ao mesmo tempo em que precisam atrair uma nova audiência pouco, ou nada, familiarizada com quem é Norman Bates. Com isso, em meio a um vasto leque de dramalhões pessoais e familiares das personagens secundárias, a série enche a tela com inúmeras referências para aqueles que sabem onde tudo isso vai dar. E com isso ela se recupera e volta a mostrar alguma qualidade de roteiro como vimos em seu primeiro ano.

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Após a declaração de Carlton Cuse, criador da série, de que Bates Motel não vai, e nem deve, se estender demais, fica nítido o quão Norman chegou perto de sua psicose nestes dez episódios da terceira temporada. Seus apagões se tornam mais frequentes, sempre durante momentos de estresse, chegando a se vestir de mulher pela primeira vez e, principalmente, vemos um grande e ousado passo à frente na relação incestuosa com sua mãe. Provavelmente algo que os fãs estavam esperando ansiosos desde o primeiro episódio da série.

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Mas ao mesmo tempo em que vemos Norman se tornando mais e mais psicótico, Norma está cada vez menos parecida com a mãe opressora e agressiva que serviu como gatilho para a insanidade do filho. A terceira temporada mostra Norma cada vez mais devastada, gerando uma empatia com o público que não coincide com o que esperamos da personagem. Talvez pela necessidade dessa empatia com os telespectadores, ou na tentativa de criar um contraposto ao jovem Norman, ela erroneamente, está cada vez mais boazinha.

Com a difícil tarefa de contar a origem de um dos mais famosos psicopatas do cinema, Bates Motel se esforça, se reinventa, apela, mostra e esconde, mas a sensação de enrolação é inevitável. Em sua terceira temporada, é praticamente impossível, mesmo que em apenas dez episódios, contar uma história coesa e enxuta sobre como o problemático Norman Bates se tornou o assassino travesti que amamos odiar.

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Rodrigo Ramos

Designer por formação e apaixonado por HQs e Cinema de Horror desde pequeno. Ao contrário do que parece ele é um sujeito normal... a não ser quando é Lua Cheia. Contato: rodrigoramos@bocadoinferno.com.br

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