Ninguém Vai te Salvar (2023)

3.9
(15)

Ninguém Vai te Salvar
Original:No One Will Save You
Ano:2023•País:EUA
Direção:Brian Duffield
Roteiro:Brian Duffield
Produção:Tim White, Brian Duffield, Allan Mandelbaum, Trevor White, Joshua Throne, Kaitlyn Dever
Elenco:Kaitlyn Dever, Elizabeth Kaluev, Zack Duhame, Lauren L. Murray, Geraldine Singer

O senso de pertencimento é algo que todos nós precisamos e buscamos. Integrar um grupo, se sentir valorizado e importante é a força motriz de todas as relações sociais, dando significado às nossas existências enquanto seres humanos. Sendo assim, o isolacionismo, seja por vontade própria ou não, acaba por fazer com que indivíduos percam parte de sua própria humanidade. Tudo isso seria um bom mote para um belo drama, mas esse é o grande detalhe de Ninguém Vai te Salvar, o mais recente lançamento da Disney: este é um filme de aliens.

O longa é estrelado por Kaitlyn Dever, que interpreta a jovem Brynn. A garota curiosamente vive sozinha, longe de tudo e de todos, e o máximo de contato que tem com outras pessoas é quando vai ao cemitério visitar os mortos: sua mãe e sua amiga Maude. Eis que, em uma certa noite, Brynn é acordada por barulhos estranhos, que não poderiam ser obra de humanos. Frente a uma ameaça extraterrestre e afastada de sua comunidade, quem poderá salvá-la?

Dirigido e roteirizado por Brian Duffield (que também escreveu Amor e Monstros, Ameaça Profunda e Espontânea), Ninguém Vai te Salvar é um home invasion muito bem construído, com cenas bastante tensas e incômodas. Aos moldes de Um Lugar Silencioso, o filme praticamente não apresenta diálogos, o que também ajuda a fortalecer a sensação de solidão enfrentada pela personagem. Mesmo não sendo o design mais original, os alienígenas conseguem ser bastante ameaçadores, principalmente na versão quadrúpede.

O segundo ato é a parte mais fraca da produção, pois os confrontos da personagem com os forasteiros passam a se tornar um pouco repetitivos e arrastados. Talvez o resultado fosse mais interessante se o roteiro dedicasse mais tempo desenvolvendo a protagonista em vez de uma, duas, três brigas com aliens, porque a justificativa da marginalização da pobre Brynn acaba sendo bem bobinha. Por outro lado, o final esperançoso é bem divertido e me agradou bastante.

A despeito de suas míseras cinco palavras ditas em 93 minutos, Ninguém Vai te Salvar tem muito a dizer sobre pertencimento, amizade e sociedade. Apesar de alguns defeitos aqui e ali, é uma boa pedida para o fim de semana. O filme está disponível no Star+.

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Média da classificação 3.9 / 5. Número de votos: 15

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Ciro Oliveira

Médico por opção, palmeirense por emoção e amante de slashers por vocação. Foi introduzido ao cinema de horror sendo assombrado pelo boneco Chucky na infância, e se apaixonou pelo gênero após descobrir todas as identidades de Ghostface. Acredita que não há nada melhor para relaxar do que assistir universitários sendo eviscerados por um mascarado velocista.

5 thoughts on “Ninguém Vai te Salvar (2023)

  • 07/02/2024 em 16:09
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    Muito bom filme, quebrou todos as linhas de sequencia, os visitantes aparecem logo no inicio e a falta de fala é muito top

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  • 15/11/2023 em 23:43
    Permalink

    Criativo, bem feito e com uma ótima atriz! Vi e revi. Vale a pena.

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    • 14/10/2023 em 02:35
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      Merecia no mínimo 4, ou as cinco mesmo.

      Resposta

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