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Monstrum #05: Born to Burn
Original:Monstrum #05: Born to Burn
Ano:2023•País:Brasil
Páginas:28• Autor:Carlos F. Figueiras•Editora: Independente

Após pouco mais de três anos acompanhando a misteriosa exposição de Sophie Hoang sob a perspectiva de diversos personagens, Monstrum enfim chega ao seu capítulo final.

Na quinta edição do quadrinho, é a vez de Albert Castle (aliás, quem é fã de Justiceiro logo vai notar a semelhança) ter sua história contada. Ex-fuzileiro e agora segurança pessoal de um importante figurão – um dos convidados prioritários de Sophie, inclusive –, Castle é um assassino invejoso que mata a sangue frio e destrói coisas e pessoas sem remorso algum, já que ele mesmo não consegue alcançar a felicidade. Assim que chega ao extravagante local da exposição, seu chefe ruma direto para a sala da luxúria – lugar onde Rock Hudson, do capítulo anterior, participa de esbórnias frenéticas até as coisas saírem do controle – e deixa seus seguranças aguardando. Convidado a participar momentos depois, um empolgado Albert Castle entra na sala apenas para viver seu pior pesadelo. Ele e Sophie já se conhecem, e tudo de ruim, estranho, bizarro e louco que aconteceu nessa noite e que acompanhamos durante cinco capítulos é resultado das ações horrendas e extremamente repreensíveis do ex-fuzileiro.

Assim como aconteceu com outros personagens, o passado de Castle tem grande importância, até mais do que o passado dos outros, já que não seria exagero dizer que ele é o centro de toda a desgraça. Toda ação tem uma reação, por mais que demore, e ele descobre isso de uma maneira nem um pouco agradável.

Em dado momento, todos os personagens principais de cada capítulo aparecem juntos no mesmo local: James, Marvin, Bruce, Rock Hudson e Albert Castle. Começo e final viram um só e tudo começa a fazer sentido.

Finalmente todas as pontas soltas se juntam, as peças do quebra-cabeças se encaixam, e temos um panorama geral do que aconteceu e por quê aconteceu. Enfim descobrimos quem é Sophie, o que era aquele monstro que abriu o primeiro capítulo do quadrinho lá em 2020, o motivo dos pecados capitais serem relevantes também fica claro, e temos aqui um final satisfatório para uma HQ nacional muitíssimo criativa criada por Carlos Figueiras.

Desde o início contamos com os traços sempre precisos e expressivos de Sueli Mendes, o que contribui para o quadrinho ser tão visualmente agradável de modo consistente, sendo os personagens imediatamente reconhecíveis graças a isso, mesmo quando retratados em sua infância ou em passados longínquos. As cores ficam a cargo de Rod Fernandes, que também trabalhou no capítulo 4 da Monstrum. São cores fortes e marcantes, dando destaque aos momentos de raiva ou mesmo violência de forma impactante.

Monstrum encerra sua saga com uma “cena pós créditos”, o que pode ou não dizer que podemos ver mais dessa loucura no futuro. De qualquer modo, foi uma sobrenatural e divertidamente bizarra caminhada até o final.

Agora que a HQ está completa, é possível adquirir o box com todas as 5 edições ou individualmente neste site!

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