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A Sombra da Terra
Original:A Sombra da Terra
Ano:2023•País:Brasil
Direção:Marcelo Domingues
Roteiro:Marcelo Domingues
Produção:Marcelo Domingues
Elenco:Paulo Betti, Andréia Nhur

Qualquer produção que traga o nome de Paulo Betti é digna de nota. Um dos grandes atores do cinema nacional, com envolvimento em teatro, filmes, novelas e séries, ele é, sem dúvida, o principal destaque do curta-metragem A Sombra da Terra, de Capela do Alto/SP, dirigido por Marcelo Domingues. Trata-se de uma produção fantástica que mostra o encontro entre duas pessoas numa casa isolada, durante uma noite de temporal, e a relação desse momento com a lua e ações do passado.

Atraído pela iluminação da moradia e pelo toque sensível do piano de uma mulher solitária, com a belíssima interpretação de Andréia Nhur, um andarilho (Betti) pede ajuda no local. Depois de uma sublime apresentação da marionete que ele traz numa caixa de música, ele faz um importante anúncio: “Eu carrego as dores do mundo.“, algo que poderá ser percebido na madrugada, quando a chuva cessar e o céu for tomado por uma gigantesca lua vermelha. Assim, ele faz um relato de sua infância, seu fascínio pela Lua como se fosse um feitiço, algo que posteriormente se transformaria numa maldição.

A Sombra da Terra traz uma visão diferenciada sobre a lenda do lobisomem. Encanta pela poesia e a música, pelas artes que alimentam a narrativa, e a incrível fotografia de Ricardo Camargo, explorando luzes e sombras. Envolvente, mágico e doce, o curta-metragem apresentou um dos melhores enredos que pude acompanhar na 4ª Mostra Monstro de Jacareí, em acordo com os demais membros do júri. Com apenas vinte minutos, dividido em capítulos, deixou uma curiosa vontade de saber mais sobre as vivências do andarilho, sua jornada até ali. Não sei se faz parte das pretensões de Marcelo Domingues, mas eu adoraria vê-lo em outros momentos, contando suas experiências e angústias. Brilhante!

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