O Corvo
Original:The Crow
Ano:2024•País:EUA Direção:Rupert Sanders Roteiro:Zach Baylin, William Schneider Produção:Edward R. Pressman, Samuel Hadida, Victor Hadida, John Jencks, Molly Hassell Elenco:Bill Skarsgård, FKA twigs, Danny Huston, Laura Birn, Jordan Bolger, Isabella Wei, Sami Bouajila, David Bowles, Dukagjin Podrimaj, Paul Maynard, Jim High, Sebastian Orozco, Kim Girschner, Baha Chbani |
Nesta versão reimaginada de The Crow acompanhamos uma intensa história de amor entre Eric (Bill Skarsgård) e Shelly (FKA twigs), que torna-se uma sangrenta busca por vingança onde, após ambos serem assassinados brutalmente, Eric tem a chance de retornar dos mortos para se sacrificar e salvar sua amada.
Rupert Sanders já mexeu com obras existentes antes, como Ghost in the Shell (2017) e Snow White and the Huntsman (2012). Sua versão de O Corvo já começa com ótimos créditos iniciais, cheio de sangue que lembra bem a abertura da série Hannibal. Isso poderia ditar todo o ritmo do filme, mas calma, que não é bem assim.
No primeiro arco do filme acompanhamos principalmente o que está por trás da história de Shelly. Envolvida com pessoas poderosas que estão em caçada para silenciá-la após a existência de um vídeo que registra fatos sigilosos, acaba se refugiando em um centro de reabilitação onde conhece Eric. Ambos fogem do local e começam a viver um relacionamento dos sonhos, até que são encontrados e assassinados.
Eric se vê numa espécie de limbo e uma figura misteriosa (Sami Bouajila) lhe dá a oportunidade de retornar ao mundo dos vivos e realizar uma troca. Se conseguir matar o chefe da organização Roeg (Danny Huston), e todos os capangas no caminho, apenas ele irá para o inferno e Shelly poderá voltar à vida.
Se você espera um “copia e cola” do primeiro filme de 1994, irá se decepcionar. Por ser uma versão reimaginada, temos muitos elementos novos e o principal deles é que vemos muito do sobrenatural. O Corvo tem o poder de caminhar entre o mundo dos mortos e dos vivos além de se curar quase que de imediato, mas não o impede de sentir dor e muito menos de sangrar um sangue de cor preta. E para completar, seu inimigo principal, Roeg, também tem um tipo diferente de poder, que está a sua altura, além de ter um outro tipo de pacto por conta própria.
Aqui Shelly também é uma personagem bem mais desenvolvida que suas outras versões, e através e por causa dela e sua história que tudo acontece. Um dos pontos positivos, além de uma maior representatividade feminina, o longa não diminui e nem utiliza de violência e abuso sexual gratuito para que o protagonista se torne um herói motivado. Essa não é uma Shelly meramente “meios para um fim” e tem uma importância maior e estruturada para a narrativa.
Inclusive grande parte do filme foca no desenvolvimento do relacionamento do casal principal. O ritmo é lento e explora esse amor sendo construído e concretizado. A parte da vingança e ação demora a chegar e isso pode ser um ponto negativo, pois seu teor dramático parece se estender para além do necessário. Ao mesmo tempo é uma relação que se engrandece muito rápido, pelo fogo da paixão.
Já no segundo ato é explicado como Eric se torna realmente O Corvo, além de descobrir seu novo poder, toma tempo em entender como tudo isso funciona. Mostrado em cenas com coreografias de luta de movimentos mais “crus” quando está se percebendo “imortal” e não simplesmente acordando como o maior expert que sempre soube como lutar e matar. O que dá um toque muito humano, já que Eric também é mostrado assim, com flashes do seu passado, seus comportamentos antes de conhecer Shelly e como, realmente sem ela, ele é só mais um jovem sem nada a perder. Inclusive humano o suficiente para relutar com seus sentimentos diante do que acaba descobrindo sobre o passado de Shelly e o que ela realmente fez.
Aos fãs da HQ originária de 1989 criada por James O’Barr, podem se surpreender com alguns detalhes pequenos porém referenciais. Como por exemplo: Shelly lendo Rimbaud, o pôster do filme “Os Sete Samurais”, cavalo preso no arame, entre outros. Uma nuance semelhante é que o filme tenta manter o tom poético, misturando cenas de flashback com o processo do luto e ganho de poder de Eric, assim como a chuva tão famosa nos takes da cidade. Infelizmente algumas cenas são usadas repetidas vezes com o intuito de mostrar o limbo emocional e sofrimento do protagonista, mas acaba dando a sensação de que poderiam ser economizadas para nos levar a toda vingança que interessa.
O terceiro arco da vingança tem um bom ritmo que se sustenta em uma cena belíssima de sincronia imagética e de som com o contexto artístico de pano de fundo. A cena vale pelo auge da criatividade das lutas e mortes, sem pisar no freio para ousar no gore e exibicionismo da violência. Mas depois dela, dá uma desacelerada que não é retomada para todo o plot esperado do longa. O vilão principal até tenta, mas faltou algo para sentirmos aquele medo e repulsa. Por mais que também tenha poderes sobrenaturais, não nos intimida.
Mesmo assim, o longa conta com excelentes atuações, boa trilha sonora e um visual repaginado que funciona bem para seu contexto reimaginado e atual. O gótico dos anos 90 é um alternativo tatuado com um vans, um sobretudo e a mesma sede por vingança. É bom poder ver a criatividade sendo bem utilizada em uma obra tão referencial para gerações anteriores. O Corvo talvez não se torne para a geração atual o mesmo nível de referência que foi antes. Mas ainda é um prato cheio para quem gosta de plots com boas lutas e vingança anunciada e concretizada.
O Corvo estreia hoje nos cinemas e mesmo sendo difícil se despir de comparação com a história em quadrinhos e o filme de 1994, é válido assistir. De longe já esperávamos que não seria tão marcante quanto o original, mas isso não tira seu mérito de ser um novo ar, um respiro para a tragédia anterior, mas é bem difícil que se torne um novo clássico.
Diretor copiou o jogo DmC: Devil May Cry (2013).
Pelo menos as cenas de ação são brutais, violentas, legais.
Muito ruim. Muito longo, sem sentido. Poderiam ter aproveitado mais e fazer uma versão do corvo diferente do original. Não vale um ingresso.
Apaguei o arquivo do filme no pendrive só por ler os comentários.
Me pergunto o que o autor da crítica viu de tão bom nesse filme medíocre. Cada elogio dele ia totalmente na contra mão da realidade. Enfim, gosto tem pra tudo, até pra porcarias.
Hahahahahahaha olha essa premissa, dois nóias apaixonados que são mortos e o cara tem chance de salvar só a alma da namorada (e apenas porque sim, como o texto dá a entender). Digitei mais, mas apaguei porque muita coisa se explica lendo a crítica.
Não tem como isso ser bom, mas talvez assista quando sair o torrent. Mais uma lavagem de dinheiro que será esquecida mês que vem, segue o jogo.
Mesmo o ator principal sendo muito bom, o filme é muito ruim. Fui assistir porque gosto do filme do Brandon Lee, mas me arrependi do dinheiro gasto. Discordando do autor da crítica, não vale a pena ser visto! Gastem seu dinheiro em coisa melhor
Não botava fé nenhuma com o trailer que saiu e as promos , mas talvez pense agora duas vezes, não sabia que era desse diretor, mas sempre tenho tempinho pro Skarsgard.
Filme muito fraco. As atuações vão de regular a sofrível. O Bill Skarsgård, apesar de bom ator, não se encontra neste filme. O quase sempre ótimo Danny Huston aqui deixou a desejar – talvez só participou para quitar uns boletos…
Agora, essa tal de FKA twigs (???????) é PÉSSIMA, mesmo. Tem a expressão de uma ostra sem pérola. Filminho bem mequetrefe. Não Assistam !!!!! Usem o suado dinheiro para vocês para comprar um sanduíche de mortadela e 1 litro de tubaína. É melhor !!!