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La bambola di Satana / The Doll of Satan
Original:La bambola di Satana
Ano:1969•País:Itália
Direção:Ferruccio Casapinta
Roteiro:Ferruccio Casapinta, Giorgio Cristallini, Carlo M. Lori, Alfredo Medori
Produção:
Elenco:Erna Schürer, Roland Carey, Aurora Battista, Ettore Ribotta, Lucia Bomez, Manlio Salvatori, Franco Daddi, Beverly Fuller, Eugenio Galadini, Giorgio Gennari

La Bambola di Satana é um filme italiano de 1969, menos conhecido e mais obscuro, também identificado pelo título internacional “The Doll of Satan”. Disponível no “Youtube” com áudio original italiano e opção de legendas em português, foi dirigido por Ferruccio Casapinta (em seu único trabalho), e sua história mistura elementos de horror atmosférico de um castelo gótico e o tradicional “giallo” com mortes misteriosas cometidas por um assassino com luvas pretas.

A jovem Elizabeth Ball Janon (Erna Schurer) é a única herdeira de um castelo sinistro, após a morte de seu tio. Junto com o noivo, o jornalista Jack Seaton (Roland Carey), e um casal de amigos, Gérard (Giorgio Gennari) e Blanche (Beverly Fuller), eles vão para o castelo, que é administrado pela governanta Srta. Carol (Lucia Bomez), com a ajuda de alguns empregados como o mordomo Edward (Manlio Salvatori) e o jardineiro Andrea (Eugenio Galadini).

Ao chegarem, são logo informados de um suposto desejo do tio falecido em vender o castelo, com o interesse de compra por um rico vizinho, Paul Reno (Ettore Ribotta), em oposição ao que diz o veterano advogado da família Sr. Shinton (Domenico Ravenna), já gerando um clima desconfortável de indecisão com a herdeira.

O destino do castelo é motivo também de curiosidade para as pessoas do vilarejo próximo como a misteriosa pintora de quadros Claudine (Aurora Batista) e o intrometido Sr. Cordova (Franco Daddi), ambos sempre atentos por informações e novidades.

E a atmosfera vai ficando cada vez mais sinistra para Elizabeth, que sofre com pesadelos e alucinações constantes, após visitar os subterrâneos do castelo e uma câmara de torturas repleta de armas medievais, e depois de saber sobre uma história bizarra da lenda do fantasma de um antepassado assombrando o castelo em busca de sua antiga amada de mesmo nome que ela. Além de todas essas turbulências, as coisas pioram ainda mais após Elizabeth entrar em contato com Jeanette (Teresa Ronchi), que era a fiel secretária de seu tio, e que agora está doente, muda, decrépita e paralítica, considerada louca e mantida trancafiada num quarto.

Com a ocorrência de desaparecimentos misteriosos, estranhos sonhos eróticos e alucinações perturbadoras de torturas, Elizabeth precisa lidar com o tormento de uma confusão mental e uma conspiração para vender o castelo e desestabilizar sua sanidade.

O cinema fantástico italiano é bastante conhecido e expressivo pela bem sucedida exploração da atmosfera do horror gótico e do suspense dos assassinatos característicos dos “gialli”. Como mencionado no início desse texto, The Doll of Satan é uma mistura de ambos. A história especula sobre supostos eventos sobrenaturais e o interesse obscuro na venda do castelo, que esconde um segredo rentável em seus porões.

Porém, principalmente para os apreciadores do horror atmosférico, o filme perde muitas oportunidades para um clima mais perturbador e desconfortável que o castelo naturalmente sinistro oferece. A cena de tortura, que estampa um dos cartazes numa jogada de marketing para atrair a atenção, deveria ser melhor explorada, com mais tempo em cena e importância na história, em vez de ser apenas um momento rápido. Os elementos de “giallo” também são muito sutis, com mortes discretas e sem sangue. E a reviravolta com revelações previsíveis provavelmente não irá agradar a maioria dos espectadores que esperavam uma história de fantasmas num castelo assombrado.

Entre outras falhas, algo que também incomoda é a alternância constante de tomadas diurnas e noturnas na mesma cena, demonstrando incoerência e descaso com o espectador, além do fato do casal de amigos de Elizabeth, seus acompanhantes no castelo, não terem nenhuma relevância para a trama, esquecidos na maior parte do tempo pelo roteiro.

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