Os filmes de horror sempre refletem o contexto social do período em que foram realizados. Talvez por isso, durante muito tempo, as mulheres sempre foram retratadas como donzelas assustadas em perigo fugindo do monstro ou assassino, como nos clássicos da Universal, ou como virgens puras e imaculadas destinadas a sobreviverem aos ataques de psicopatas mascarados que eliminavam, um a um, os amigos promíscuos das mocinhas.
Com o tempo, as coisas felizmente foram mudando e as mulheres começaram a ganhar mais espaço como protagonistas e heroínas, deixando o papel de vítimas e donzelas em perigo para filmes de menor imaginação. Encarando o perigo como iguais, as 13 mulheres da nossa lista provaram que são mais fodonas do que muito marmanjo por aí e provando que o machismo é um monstro que deve ser eliminado sem direito a continuações!
13 – Sarah (Shauna Macdonald) em Abismo do Medo (Neil Marshall, 2005)
Sarah perdeu a família em um acidente, descobriu que seu marido a traia com sua melhor amiga e viu suas amigas mortas por criaturas subterrâneas durante um fim de semana que deveria servir para que ela esquecesse os seus problemas. Ao invés de correr gritando e chorando como qualquer um nesta situação, Sarah se torna uma força da natureza de pura vingança, e muito, mas muito pê da vida!
12 – Alice (Milla Jovovich) em Resident Evil: O Hóspede Maldito (Paul S. Aderson, 2002)
Personagem principal da melhor pior adaptação de um vídeo game para o cinema, Alice é a única coisa que presta na franquia. Mais importante do que lutar contra zumbis e criaturas mutantes, Alice consegue, depois de cinco filmes, manter a série ainda assistível. Boa parte disso vem do carisma de Mila Jovovich que se entrega à personagem de corpo e alma e transforma as porcarias dos filmes de seu marido em algo divertido. Sorte dele!
11 – Ángela Vidal (Manuela Velasco) em [REC] (Jaume Balagueró e Paco Plaza, 2007)
A jovem repórter Ángela Vidal deve acompanhar o Corpo de Bombeiros em mais uma noite de trabalho. O que deveria ser uma espécie mais uma matéria como muitas que vemos em programas como Aqui Agora acaba se tornando o registro de uma verdadeira infestação de zumbis em um prédio residencial. Ao invés de surtar, nossa intrépida repórter não deixa sua veia profissional de lado e continua conversando com as pessoas presas no local de câmera em punho registrando a história.
10 – Anna (Morjana Alaoui/Bailey Noble) em Martyrs (Pascal Lauygier, 2008 e Kevin e Michael Goetz, 2015)
Traumas de infância não são fáceis de superar. Principalmente quando se trata de abuso e tortura. Mas quinze anos depois de um longo período em que permaneceu presa sofrendo os mais diversos horrores, Anna (Morjana Alaoui/Bailey Noble) consegue rastrear seus captores e, junto de uma amiga de infância, parte em busca de vingança. O segredo está nas entrelinhas que transformam o filme em um manifesto contra séculos de opressão feminina através da igreja.
09 – Meg Penny (Shawnee Smith) em A Bolha Assassina (Chuck Russell, 1988)
Enquanto no filme original, os homens salvam o dia, no remake deste clássico cinquentista cabe à colegial Meg Penny vir ao resgate de seus amigos e descobrir como destruir a bolha alienígena devoradora de humanos em uma interessante sacada do diretor Chuck Russell que subverte o papel da mulher na sua versão de A Bolha (1958), mostrando que o papel da mulher mudou muito desde os anos 50 e que agora elas podem enfrentar seus próprios monstros do espaço com um fuzil AR-15 como qualquer um.
08 – Barbara (Patricia Tallman) em A Noite dos Mortos-Vivos (Tom Savini, 1990)
Indo na direção oposta da Barbara (Judith O’Dea) do filme original, a Barbara do remake da obra-prima de George Romero não pensa duas vezes quando precisa, ela mesma, enfrentar os mortos-vivos. De coadjuvante à personagem principal Barbara é o tipo de mulher que não espera pelo príncipe no cavalo branco e parte pra cima com uma excelente pontaria.
07 – Yasmine (Karina Testa) em A Fronteira (Xavier Gens, 2007)
Grávida, fugindo da polícia e sendo perseguida por um bando de neo-nazistas malucos, Yasmine (Karina Testa) poderia muito bem se entregar ao cansaço. Seria compreensível. Mas a jovem futura mãe não se entrega sem luta e vai mostrar que não vai ser fácil torna-la o berço da nova raça ariana.
06 – Brigitte Fitzgerald (Emely Perkins) e Ginger (Katharine Isabelle) em Possuída (John Fawcett, 2000)
Este pequeno clássico moderno sobre lobisomens usa a licantropia como uma metáfora para o amadurecimento sexual. Enquanto o corpo de Ginger (Katharine Isabelle) começa a mudar, a irmã mais nova, Brigitte (Emely Perkins) deverá crescer e assumir o papel de protagonista para enfrentar Ginger em sua nova forma.
05 – Kristy Cotton (Ashley Lawrence) em Hellraiser: Renascido do Inferno (Clive Barker, 1987)
Enquanto todo mundo que resolve o quebra-cabeça da Configuração de Lamentos acaba como adorno de parede no Inferno, incluindo o tio e madrasta de Kristy, nossa heroína consegue enganar Pinhead e seus asseclas usando apenas a inteligência mostrando aos homens que o confronto físico nunca deve ser a primeira opção.
04 – Clarice Starling (Jodie Foster) em O Silêncio dos Inocentes (Jonathan Demme, 1991)
Uma agente do FBI em formação recebe a sua principal e mais difícil missão, obter ajuda de um dos maiores psicopatas do cinema: o canibal Hannibal Lecter (Anthony Hopkins). O confronto de Clarice não é apenas físico com o assassino em série Wild Bill, mas também psicológico com Lecter. E Clarice tira de letra ambos!
03 – Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) em Halloween – A Noite do Terror (John Carpenter, 1978)
A rainha das Scream Queens, Laurie Strode é a mais famosa “final girl” do cinema de horror. Embora pareça apenas mais uma clássica mocinha de filmes de terror no começo do filme, Laurie toma as rédeas e mostra que não é uma babá enfrentando uma situação de medo. Laurie é a pessoa certa para o serviço e parte para cima de um vilão que não é apenas mal, mas é uma força da natureza. Laurie fica ainda mais fodona em Halloween H20 (1998) quando ocorre o confronto final entre irmãos.
02 – Nancy (Heather Langekamp/Rooney Mara) em A Hora do Pesadelo (Wes Craven, 1984 e Samuel Bayer, 2010)
Embora um pouco mais apagada no remake de 2010, Nancy é uma das “final girls” mais interessantes do cinema slasher. Tendo descoberto sozinha um segredo que todos queriam esconder e um perigo no qual ninguém acreditava, Nancy sozinha bolou um plano para enfrentar Freddy Krueger que envolvia armadilhas inteligentes ao invés do confronto físico. Peitar um dos maiores vilões do cinema do horror em seu próprio terreno, não é pra qualquer um.
01 – Ellen Ripley (Sigourney Weaver) em Alien – O 8º Passageiro (Ridley Scott, 1979)
Lutando contra uma criatura desconhecida em um ambiente hostil, a tenente Hellen Ripley não é mais uma heroína de filme de terror, sobrevivendo acidentalmente enquanto seus amigos incautos morrem um a um na mão do vilão. Ripley sobrevive graças a sua inteligência e sua força. Características que já a tornavam personagem de destaque na Nostromo antes que a tripulação encontrasse o alienígena. Disposta a fazer o último sacrifício para salvar a todos ao seu redor, Ripley ficou cara a cara com a criatura mais três vezes e, em todas elas, mostrou quem manda!
A lista de heroínas no cinema de horror tem crescido cada vez mais, mostrando que as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço assumindo papeis de protagonistas que antes eram apenas ocupados por homens. Que venham mais heroínas e que o cinema seja arauto de mudanças no mundo real com a vida imitando a arte.
Concorda com a lista? Quem ficou de fora? Deixe suas opiniões e, quem sabe, podemos incluí-las em uma segunda parte!
Sidney Prescott de Pânicoo *-*
Faltou Camille Keaton / Sarah Butler as duas protogonistas do filme ” I spit on your grave ” Aka ” A Vingança de Jennifer /Doce Vingança ” as duas são heroinas ambas foram violentadas e depois se vingam dos seus algozes que não é nenhum criatura do outro mundo ou um ser fantasmagorico e sim é o homem que não sabe tratar a mulher com respeito e dignidade e neste filme á mulher prova que de sexo fragil ela não tem nada .
desculpa ao pessoal do site achava que o meu primeiro comentario não havia sido publicado por que o meu computador não avisou e de repente ele parou de funcionar e não atualizava á pagina do site somente agora eu arrumei-o ,portanto me desculpem por ocupar esse espaço tão importante isso não ira acontecer novamente.
Faltou incluir na sua lista : Camille Keaton / Sarah Butler .as progonistas de do filme ” I Spit on your grave ” Aka ” A Vingança de Jennifer / Doce Vingança .As duas são umas heroinas pois ambas foram estrupadas e se vingaram de seus algozes ,que no caso não é nenhuma criatura de outro mundo ou um ser fantasmagorico e sim o homem que pensa que só por que uma mulher esta sozinha em algum lugar ,ele tem o direito de assedia-la e fazer o que bem entender com ela e ambas mostraram á eles que de sexo fragil elas não tinham nada.
Cara, esqueceram da Erin de “Você é o Próximo”1 Aquela menina é genial, é fofa e guerreira ao mesmo tempo, é badass e parece uma pessoa como qualquer outra. Ela é demais1
Concordo plenamente, Matheus! Tb adorei a Erin de Voce e o Proximo! Foi muito foda e partiu pra porrada dos assassinos com muita coragem! Eu gosto assim!
Mas é a Lucy que é torturada ainda criança em Martyrs, e a Anna (que é a maior heroína mesmo) é quem tenta protegê-la, limpar a bagunça e ainda se ferra toda.
Achou que faltou a Sidney de Pânico, porque enfrentar psicopatas 4 vezes não é pra qualquer uma
Sidney sem duvida eh a melhor scream queen do terror atual! Uma guerreira q age com o instinto e lutou muito bem as 4 vezes q enfrentou os assassinos, com certeza merecia estar na lista! Adoro ela!
Milla Jovovich e Jamie Lee Curtis com certeza são fodonas.
Eu nunca assisti,é melhor ou pior?
“melhor pior adaptação de um vídeo game para o cinema”
A melhor das piores! 😀
Fica para a próxima.rsrsrsrs
“Alice é a única coisa que presta na franquia.” “Alice consegue, depois de cinco filmes, manter a série ainda assistível.” “…transforma as porcarias dos filmes de seu marido em algo divertido.” – O autor só está 44 dias atrasado para o 1° de Abril, mas mesmo assim me rendeu uma boa gargalhada.