O Maníaco
Original:Maniac
Ano:1980•País:EUA Direção:William Lustig Roteiro:C.A. Rosenberg, Joe Spinell Produção:William Lustig Elenco:Joe Spinell, Caroline Munro, Abigail Clayton, Kelly Piper, Rita Montone, Tom Savini, Hyla Marrow, James L. Brewster, Sharon Mitchell |
A figura do serial killer foi terrivelmente glamourizada pelo cinema. Isso atinge não apenas slashers como Sexta-Feira 13 e Pânico, onde o assassino em série faz o público vibrar com mortes criativas, mas também produções mais realistas como Psicose e O Silêncio dos Inocentes, que fazem o ato de matar parecer mais romântico do que a realidade.
Aí está Maniac, filme de 1980 que nos mostra com maestria que assassinato não é nada bonito, tirando toda a aura de anti-herói anarquista do psicopata, colocando-o no seu devido lugar de criatura cruel, decadente e, o pior de tudo, imprevisível.
A verdadeira força por traz de Maniac está no co-roteirista e ator principal Joe Spinell, que personfica assustadoramente a figura de Frank Zito, maníaco atormentado por lembranças de abusos sofridos nas mãos de sua falecida mãe, e que sai numa onda de crimes hediondos pelas ruas de Nova Iorque.
O filme se divide em duas partes. A primeira é, basicamente, uma coleção dos assassinatos cometidos por Zito. Os efeitos especiais de Tom Savini são espetaculares, mas o verdadeiro responsável pelos arrepios é Joe Spinell, na atuação de sua vida. Difícil não sentir um arrepio na espinha enquanto ele veste os manequins que lotam seu apartamento com as roupas e escalpos de suas vítimas, e conversa com eles como se fosse uma criança.
A segunda parte do filme apresenta a personagem Anna, fotógrafa vivida por Caroline Munro, que começa uma estranha relação com Zito. O maníaco acaba se mostrando gentil e carinhoso com a moça, o que quase nos faz acreditar que ele possa estar à beira da regeneração. Mas o filme ainda reserva muitos arrepios, especialmente no poderoso clímax, onde o próprio Zito se torna vítima de sua mente doentia.
Sujo, barato e apelativo, Maniac é um filme para gostos específicos. Tudo cheira a imundície e degradação, numa visão extremamente realista e, ao mesmo tempo, pessimista de Nova York. A produção foi tão barata que a maioria das cenas externas tiveram de ser filmadas sem autorização, e a maior parte do elenco feminino é composto de atrizes pornô. Mais não se deve comparar esta crueza com falta de qualidade cinematográfica: o filme possui atmosfera e um roteiro bem amarrado.
O mais curioso é saber que uma música tema foi escrita para o filme, mas depois de ser rejeitada no corte final, foi reescrita e utilizada em um certo clássico brega oitentista. Se conseguir se lembrar de qual filme da época tem uma canção chamada Maniac, você ganha um doce…
O filme é muito bom.Mas o final deixou a desejar.E o remake de 2012 é uma porcaria
….dublagem clássica, “masssssacreeee dois, versão brasileira, DDDDDDKSSSSS”
Maniac, do Michael Sembello 😉
este nunca sai em dvd no brasil, quanto bombas são lançados até diversas vezes por várias distribuidoras..
Denso, com atmosfera carregada e desconfortante… Excelente!!!
bom,mas prefiro o remake
“O mais curioso é saber que uma música tema foi escrita para o filme, mas depois de ser rejeitada no corte final, foi reescrita e utilizada em um certo clássico brega oitentista. Se conseguir se lembrar de qual filme da época tem uma canção chamada Maniac, você ganha um doce…”,
Flashdance, de 1983?
sei não mano,foi mal 🙁