Sexta-Feira 13
Original:Friday the 13th
Ano:1980•País:EUA Direção:Sean S. Cunningham Roteiro:Sean S. Cunningham, Victor Miller, Produção:Sean S. Cunningham Elenco:Betsy Palmer, Adrienne King, Jeannine Taylor, Kevin Bacon, Harry Crosby, Laurie Bartram, Mark Nelson, Rex Everhart, Ron Millkie |
Depois de já termos estado em Manhattan, no inferno e até no espaço sideral, é uma experiência meio bizarra assistir ao primeiro Sexta-Feira 13. Longe de aspirar a ser um clássico, esta produção B dirigida por Sean S. Cunnigham em 1980 era um filme cujo único propósito era entreter o espectador por 95 minutos, com a história de um punhado de monitores num acampamento de férias sendo eliminados um a um por um assassino misterioso. Nada demais, apenas um slasher competente e sangrento, feito assumidamente em cima do sucesso de Halloween, dois anos antes.
Sexta-Feira 13 segue os passos do filme de John Carpenter, seja no uso de uma data agourenta do título (que, no caso, representa o aniversário do infame Jason Voorhees), seja na visão em primeira pessoa do assassino, e na clássica fórmula de deixar os personagens isolados e eliminados com requintes de crueldade. Assim, conforme os monitores vão sendo mortos, o mistério de quem é o assassino e qual a sua motivação cresce, e só é revelado no final. Sem querer entregar muito, este é provavelmente o único filme da série onde a matança faz sentido (a menos que a busca pelo livro do demônio em Jason Vai pro Inferno faça sentido para você…) e vai pegar os menos iniciados de surpresa.
O suspense no filme é bem orquestrado, e os efeitos especiais de Tom Savini garantem bastante sangue. Diferente de 11 em cada 10 slashers, aqui os personagens conseguem criar certa simpatia, embora não escapem de alguns estereótipos. Mas é um alívio que mesmos estes passem longe dos drogados, promíscuos e irritantes bonecos de papelão que tomariam o cinema de horror durante as décadas seguintes.
Como o bom filme de horror que é, Sexta-Feira 13 tinha, sim, potencial para se tornar um cult, angariar algumas sequências e ganhar espaço no coração dos fãs do gênero. Mas nem um oráculo grego seria capaz de imaginar que este modesto slasher se tornaria um dos filmes mais conhecidos e reconhecidos, não apenas para os cinéfilos, e não apenas do cinema de horror, mas da história da cultura pop. E que aquela produção feita pra ganhar um trocado iria gerar 9 sequências, um crossover, uma refilmagem e centenas e centenas de referências.
O bizarro não é apenas que o filme tenha se tornado tão famoso, e sim os desdobramentos disso. Ora, até Betsy Palmer, intérprete de Pamela Voorhees, declarou que achou o roteiro “um pedaço de merda” (nas suas próprias palavras), e que só aceitou o papel porque precisava de dinheiro para comprar um carro. Betsy pode estar sendo cruel demais (o roteiro é competente e bem amarrado, ao contrário do samba do crioulo-doido que a série abraçaria, especialmente a partir do quinto capítulo), mas é inegável que ninguém poderia prever os caminhos que as sequências iriam tomar.
Para se ter uma ideia, é como se as sequências do Psicose original mostrassem o cadáver da Sra. Bates ganhando vida e assassinando todos os que chegassem perto do seu motel. Pode parecer exagerado, mesmo o próprio roteirista Victor Miller declara não ter visto as sequências, alegando que os produtores piraram demais na ideia inicial. Pois aos poucos, a simples história de vingança de um assassino enfurecido pela morte de uma criança, causada pela negligência dos monitores do acampamento de férias Crystal Lake, acabou desembocando em massacres cada vez maiores nas mãos de um matador imortal que simplesmente esquartejava qualquer ser humano azarado o suficiente para cruzar o seu caminho.
Este primeiro filme pode, portanto, ser visto como um exemplar independente, e é um dos melhores slashers que os anos 80 produziram. Mesmo que nem todas as matanças seguintes perpetradas em Crystal Lake fossem de se jogar fora, o primeiro massacre continua sendo o clássico. E realmente aconteceu numa Sexta-Feira 13!
Este filme,que deu origem á série que eu sou fã,é simplesmente assustador !
As mortes foram bem elaboradas e a história é interessante ótimo filme.
Generosa a nota dada pelo Matheus, né?
Generosa até demais!
Sexta-feira 13 até que é legal, mas não passa de um filme DIVERTIDO.
E coloca “generosa” nisso! Hahaha
É a nota que o filme merecia pela importância que a obra tem não só no gênero do terror como parq a Cultura Pop, além da qualidade do filme ser inquestionável. Acabei de assisti-lo em blu-ray, foi como uma volta no tempo, para quando assisti uma vez na sessão Corujão da Globo em uma madrugada nos anos 80. A nota está de acordo, só faltou o texto da matéria ser um pouco mais longo.
adoro,lembra muito minha infãncia,bons tempos.
filmaço clássico absoluto, só não gosto do descaso da atriz pelo filme , betsy palmer será sempre lembrado pela senhora vorhees.
Sim, era o que eu iria dizer