3.3
(4)

A Armadilha
Original:Prowl
Ano:2010•País:EUA, UK, Bulgária
Direção:Patrik Syversen
Roteiro:Tim Tori
Produção:Zachery Ty Bryan, Christopher D'Elia, Michael Klein, Christopher Milburn, Lucy Mukerjee, Bobby Ranghelov, Courtney Solomon
Elenco:Ruta Gedmintas, Joshua Bowman, Perdita Weeks, Jamie Blackley, Courtney Hope, Saxon Trainor, Bruce Payne, Oliver Hawes, Atanas Srebrev, Michael Johnson, Laurel Lefkow

Amber (Courtney Hope) se sente uma criatura estranha em sua morada. A sonolenta Famfield, assim como seu emprego num açougue e seus amigos insossos, já não possui atrativos para a jovem, que sonha em viver em Chicago. A oportunidade de se mudar para a metrópole torna-se viável quando surge um apartamento com um bom preço, desde que ela faça o depósito de dois aluguéis adiantados e esteja presente para assinar o contrato em apenas 19 horas. Nem precisaria muito esforço para sua decisão final, já que sua mãe, em estado de bebedeira, anuncia que ela é adotada, evidenciando ainda mais sua sensação ádvena. Entre pesadelos envolvendo um ataque na mata e uma corrida por uma estrada deserta, a jovem consegue o apoio de seus amigos para a viagem, mas não imaginava que o veículo teria problemas logo na saída da cidade.

Parecia o fim da realização de seus sonhos, até a chegada do caminhoneiro Bernard (o sempre vilão Bruce Payne, de Necronomicon – O Livro Proibido dos Mortos, 1993) e seu gigantesco caminhão-baú. Ele aceita levar o grupo, desde que fiquem na carga e não mexam no material transportado, com simpatia e uma generosidade fora do comum. No passeio os jovens Susy (Ruta Gedmintas, de Procura-se Um Marido, 2008), Peter (Joshua Bowman, da série Revenge), Fiona (Perdita Weeks), Ray (Jamie Blackley, Branca de Neve e o Caçador, 2012) e Amber se divertem com bebidas e com a brincadeira Verdade ou Desafio até o veículo frear bruscamente e eles perceberem que algo está errado. O caminhão estaciona num velho matadouro, sem iluminação e com desenhos de porquinhos nas paredes, enquanto criaturas famintas se preparam para iniciar a caça.

A premissa interessante e o trailer atraente são a porta de entrada para o infernauta arriscar uma conferida. Fato que cai por terra quando o filme começa a exibir suas falhas, técnicas e no conteúdo, lembrando o espectador de que se trata de uma produção da After Dark Films, especializada no lançamento de longas anuais para um festival de divulgação de novos diretores e lançamento em DVD. Entre seus filmes, pode-se encontrar bons exemplares como Prisioneiro da Morte (2007), (A) Fronteira (2007), Lake Mungo (2008), From Within (2008), Perkins´14 (2009), A Fina (2009), Lentes do Mal (2009) e Espantalho (2011); ainda que a maioria seja medíocre: Aniquilação (2007), Efeito Borboleta – Revelação (2009), Slaughter (2009), The Graves (2009), The Reeds (2010), Reality da Morte (2011), Fertile Ground (2011), Gritos do Além (2011), Área 51 (2011), Leprechaun’s Revenge (2012) e tantos outros. A Armadilha, apesar do grande potencial, faz parte do segundo grupo.

Entre os equívocos técnicos, é impossível não considerar os ângulos escolhidos pelo diretor Patrik Syversen (que fez melhor em Rovdyr, 2008) para apresentar as cenas mais tensas. Se havia acertado até então, embora a repetição do pesadelo de Amber tenha sido irritante, não soube conduzir as câmeras no interior do matadouro, quando o grupo é rodeado pelos monstros. Em nenhum momento, o espectador tem a sensação devida de claustrofobia ou insegurança, pois, ao focar no grupo e não no espaço, a quantidade de inimigos só é percebida no último ato, deixando o espectador com a pergunta: se há tantos, onde estariam enquanto a garota corria pelo ambiente?

Já o roteiro de Tim Tori (do terrível Intrusos, 2006) tenta esconder uma surpresa do público, mas fica evidente o que está acontecendo desde as cenas iniciais. A própria caracterização da personagem Amber já evidencia suas particularidades, sendo acentuada pelas pistas espalhadas no decorrer. Se Tori criou um argumento interessante, não soube finalizá-lo adequadamente, terminando a curta projeção de modo súbito, sem maiores explicações sobre o que aconteceu com a protagonista. Nem tudo precisa explicitar, mas deixar buracos em seu conteúdo está longe de ativar a imaginação do espectador.

Os antagonistas são vampiros, liderados pela estereotipada Verônica (Saxon Trainor, de diversas participações em séries, incluindo Dexter), embora o termo não seja utilizado no filme. Sua caracterização irá remeter o infernauta às criaturas de 30 Dias de Noite, sem o fator sol ou elegância. Eles estariam ali como treinamento para a espécie – uma ideia interessante até. Já as potenciais vítimas são os já conhecidos jovens acéfalos, orquestrados pela necessidade constante de transar, usar drogas e falar bobagens. Nem é preciso trazer mais informações sobre eles, tanto que somem na mesma velocidade em que aparecem em cena.

A Armadilha tinha as ferramentas necessárias para se tornar um bom filme de horror, porém não soube organizá-las corretamente, tanto nas filmagens quanto no argumento, restando apenas uma produção com características made-for-tv, sem ousadia e sem um final, e deixando o espectador com um sentimento de revolta pelo tempo perdido.

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6 Comentários

  1. Bom dia meus amigos.filme pessimos uma verdadeira salada mista uma mistura de sexta feira 13,jogos mortais,portersgeit,matrix,conde dracula,uma bagunca desenfreada. nao comprem e nao percam o tempo assistindo uma verdadeira porcaria sem pe e nem cabeca assistam o chaves que vcs vao ganhar mais.

  2. Comprei esse filme, mas só assisti uma vez, muito ruim e cheio de tecnologias não cabíveis no gênero.

  3. Esse é bem decepcionante. O filme anda, anda, anda e não chega a lugar nenhum. Não tem nem umas ceninhas boas de gore – em um único momento os personagens são descartados quase todos de uma vez -. Tristinho.

  4. Muito fraco, sinceramente esperava bem mais por causa do início.

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