Jogos Sinistros
Original:Un jeu d'enfants
Ano:2001•País:França Direção:Laurent Tuel Roteiro:Laurent Tuel, Constance Verluca Produção:Olivier Delbosc, Marc Missonnier Elenco:Karin Viard, Charles Berling, Ludivine Sagnier, Camille Vatel, Alexandre Bongibault, Aurélien Recoing, Manuela Gourary, Pierre Julien, Idwig Stephane, Jean-Claude Perrin, Gérard Dauzat, Daniel Isoppo |
Uma bela mulher de pele e olhos claros vive tranquilamente num casarão, com seus dois filhos pálidos e antissociais. Um dia recebe a visita de um casal de idosos, antigos moradores do local, e sua vida se transforma num inferno: ela passa a ser atormentada por portas que se fecham, visões malignas, possessão…até culminar num final surpreendente. Essa é uma breve sinopse da versão genérica francesa do filme Os Outros (The Others), lançado por aqui com o título Jogos Sinistros (Un Jeu d’enfants, 2001). Na verdade, está mais para o “primo pobre“, uma versão bem capenga do excelente filme estrelado por Nicole Kidman. Laurent Tuel, diretor e roteirista, até que tentou disfarçar o enredo misturando-o com elementos de Os Inocentes e dO Iluminado, mas não conseguiu obter um resultado adequado, digno de toda a trajetória do horror francês.
Marianne (Karine Viard) é a tal mulher. Casada com Jacques (Charles Berling), procura sempre manter um relacionamento agradável, fazendo tudo para agradar sua família. Porém, seu esforço será prejudicado pela visita de dois estranhos e pela lenta e perigosa mudança de comportamento de seus filhos Aude (Camille Vatel) e Julien (Alexandre Bongibault). O que parecia ser uma “brincadeira de criança“, relação com o título original, transforma-se em um terrível pesadelo quando a discórdia toma conta do local e a família passa a ser atormentada por visões assustadoras, vozes sinistras, atos de violência doméstica e até mesmo suicídio.
Embora possua um argumento não inovador mas interessante, a lentidão da narrativa impede que o espectador se envolva na trama e crie expectativa em torno dos acontecimentos finais. E ainda o longa reserva alguns momentos que geram uma tênue antipatia pela protagonista, quando ela começa a se relacionar sexualmente com os estranhos que surgem em sua moradia. Assim, na cena em que Marianne aparenta agir como Winona Ryder, depois que um frasco de perfume é flagrado pelo detector de um supermercado, o espectador não se sente envolvido com os sofrimentos da mãe, diante de um passado sombrio que possa estar voltando à ativa.
Outro fator que atrapalha uma avaliação mais positiva está nas cenas que inegavelmente remetem aos clássicos O Iluminado – quando Jacques passa a ser atormentando por um fantasma que o induz a agir violentamente contra sua família – e Os Inocentes, com as crianças passando a transmitir olhares pouco convincentes de pura maldade.
No final, ficamos com a sensação de que o filme funcionaria muito mais como uma obra literária ou como um curta-metragem quando a primeira questão invadir seus pensamentos: ora, por que o mal, presente nas crianças, demora tanto para concluir seus objetivos se as atitudes finais não justificam a longa espera? Apesar do epílogo interessante, Jogos Sinistros está longe de se equiparar à produção de Alejandro Amenabar ou a qualquer uma das referências citadas. Ainda assim, pode-se recomendar pela curiosidade em relação aos títulos que permeiam países distantes da América, onde até os clichês são mais fáceis de se digerir.
Eu achei Os Inocentes meio chato… Eu li uma versão mais condensada do livro, que me pareceu mais assustadora que o filme.
tbm achei chato esse os inocentes,não entendo porque ele é tão elogiado.
o primo pobre de os outros hahahahahahahaha,vejo não.