Lugares Escuros
Original:In a Dark Place
Ano:2006•País:Luxemburgo, UK Direção:Donato Rotunno Roteiro:Henry James, Peter Waddington Produção:Andreas Bajohra, Eddy Géradon-Luyckx, Jan H. Vocke, Bob Portal Elenco:Leelee Sobieski, Tara Fitzgerald, Christian Olson, Gabrielle Adam, Graham Pountney, Chris Bearne, Jonathan Fox, Thomas Sanne, Patrick Dechesne, Julian Nest, Sascha Ley |
Não há nada mais assustador do que crianças influenciadas por fantasmas. Há toda aquela metafísica sobre os pequenos serem mais sensíveis ao Além, capazes de deixar os pais incomodados quando dizem ter visto alguém que já morreu. Justificado muitas vezes pela teoria do “amigo imaginário“, o fato é que essa característica peculiar da infância já serviu de mote para dezenas de obras interessantes como o clássico dos clássicos Os Inocentes, de 1961, comandado pelo inglês Jack Clayton, baseado num brilhante texto de Henry James.
Foram produzidas várias versões do original, como Otra vuelta de tuerca, de 1985, The Turn of the Screw, 1992, The Haunting of Helen Walker, 1995, A Outra Volta do Parafuso e o curta The Turn of the Screw, ambos de 1999, mas nenhum incomoda mais – no mau sentido – do que este Lugares Escuros, lançado em 2006. Dirigido pelo produtor Donato Rotunno, o filme talvez chame a atenção pela presença de Leelee Sobieski, que teve seus quinze minutos de fama com Joana D’arc (1999), A Casa de Vidro (2001), Perseguição (2001), 88 Minutos (2007), Em Nome do Rei (2007) e Inimigos Públicos (2009), mas que agora se esconde em séries e filmes pouco populares.
Anna Veigh (Sobieski) é uma jovem terapeuta e professora que utiliza os desenhos para estudar os comportamentos de seus pacientes. Depois de uma vida de abusos sexuais de seus patrões, ela finalmente consegue um emprego adequado como babá em uma isolada mansão para cuidar de duas crianças órfãs. Orientada pela estranha governanta, Sra. Grose (Tara Fitzgerald), Anna desfruta da tranquilidade da região e dos banhos aromáticos, enquanto tenta entender os mistérios do local envolvendo a morte da última babá, algumas aparições sinistras e o comportamento esquisito das crianças.
Essa nova leitura de Henry James é bem mais fiel ao texto original e extremamente inferior ao clássico e as demais versões. Graças à liberdade de criação de Truman Capote e William Archibald e beneficiado pelo excelente elenco, Os Inocentes soube transmitir uma atmosfera apavorante e pessimista ao encher a trama de fantasmas reais sem aquelas assombrações que só aterrorizam o espectador. Já neste, o roteiro de Peter Waddington (Tales from the Crypt) moderniza o argumento e induz o público a decifrar por conta própria os verdadeiros significados da Mansão Bly, transformando o filme num thriller de mistério, distante do horror psicológico em preto & branco.
A comparação é inevitável. Começa pelo fraco elenco: Leelee Sobieski, uma mistura física de Jodie Foster com Helen Hunt, evidencia sua limitação ao não conseguir transmitir adequadamente a crescente loucura ou a sensualidade de sua personagem. Atrás de seus olhos pintados não há um rosto com a expressão de uma babá envolta numa carga dramática de um passado traumático ainda mais aterrorizante do que os inimigos transparentes. As crianças, Flora (Gabrielle Adam) e Miles (Christian Olson), são tão inexpressivas que me fez buscar informações sobre um possível estudo em escolas mexicanas de interpretação – e ainda assim, Anna é capaz de identificar diferenças em suas reações! Por outro lado, a experiência de Tara Fitzgerald contruiu uma governanta suficientemente sinistra e insana, ao assumir o papel de Flora no clássico, ao dançar com seu violino, na mais evidente possessão demoníaca.
Quanto aos fantasmas, o excesso de efeitos distorceu os conceitos do original. Não sei se o infernauta concorda, mas é mais assustador confrontar uma assombração num aspecto pálido e triste do que em efeitos que o levam a uma versão demoníaca e artificial. Assista ao clássico, em sua tonalidade duocromática, e veja se não é possível sentir um arrepio na brincadeira de “esconde-esconde“, que inspirou Invocação do Mal, ou na presença estranha do outro lado do rio. Nesta versão, não há qualquer impacto incômodo, como se o garoto Miles apenas quisesse brincar com a ingenuidade da babá.
Lento e chato, o filme traz uma conclusão na mesma sintonia do original, mas sem o silêncio e o pessimismo transmitidos no surgimento dos créditos, fazendo o espectador prever uma noite difícil pela frente. Se há um aspecto curioso, pode-se dizer que são as cenas de nudez de Anna, apontadas como as primeiras de Sobieski, quando ela sai da banheira. Ora, é tão difícil acreditar que se trata de um momento íntimo da atriz – e não uma dublê – quanto nos fantasmas que rondam a Mansão Bly neste remake!
Eu querendo saber sobre o enredo do filme kkk Mas valeu, vou assistir o filme só pra ver a bunda dela kkk
Pior que o filme parece mto chato, dá até desânimo, a Sobieski ele faz muito filme chato, parece o Nicolas Cage.
Reparei um detalhe, no final do filme aparece quando a Sobieski fala que é a única e muda o rosto dela, pro provavel rosto da babá que viveu antes na casa. Então se a babá era amante do pai dela, porisso que o guri odiava ela.
Eu também !!!!
alguém explica o final desse bendito filme
Olha, pelo que parece o amigo imaginário dele possuiu ela, ou ela surtou em ficar na casa. Algo como O Iluminado.
alguém entendeu o final do filme?
por favor eu assisti e não entendi nada.
Pela Leelee vale a pena assistir!
tbm acho,gosto dessa atriz,pena ela está meio ofuscada hoje em dia.