Vamp - A Noite dos Vampiros
Original:Vamp
Ano:1986•País:EUA Direção:Richard Wenk Roteiro:Donald P. Borchers, Richard Wenk Produção:Donald P. Borchers Elenco:Chris Makepeace, Sandy Baron, Robert Rusler, Dedee Pfeiffer, Gedde Watanabe, Grace Jones, Billy Drago, Brad Logan, Lisa Lyon, Jim Boyle, Larry Spinak |
As portas do Inferninho se abrem para um ambiente iluminado, onde belíssimas mulheres seminuas dançam entre pequenas chamas sendo observadas por uma multidão de caminhoneiros e curiosos. Seth Gecko, interpretado por George Clooney, diz com a imposição masculina: “Agora, este é o meu tipo de lugar!“. Mal ele imaginava que o lugar era frequentado por uma horda de vampiros sanguinários sob o comando da estonteante Santanico Pandemonium (Salma Hayek). Esta cena, de Um Drink no Inferno (1996), de Robert Rodriguez, reflete bem o ideal naturalmente masculino com os vampiros servindo como metáfora para a perdição e remetendo à figura macabra de Lilith, a criatura que é apontada em algumas religiões como a primeira criatura da noite. Dez anos antes dos irmãos Gecko conhecerem uma boate hostil, dois estudantes universitários, na busca pela aceitação em uma fraternidade, tiveram uma experiência similar no divertido Vamp – A Noite dos Vampiros, de Richard Wenk.
Como prova de ousadia, Keith (Chris Makepeace) e AJ (Robert Rusler) se uniram ao irritante milionário Duncan (Gedde Watanabe, de Gremlins 2 – A Nova Geração, 1990) – o único que possui um veículo que possa conduzi-los numa noite de aventura – e saíram em busca de um stripper no lado mais deserto e sombrio da América. Depois de uma confusão com uns punks liderados por Snow (Billy Drago), eles finalmente chegam a uma boate misteriosa, com dançarinas feias, e a garçonete Amaretto (Dedee Pfeiffer, de Sandman – O Mestre dos Sonhos), que parece conhecer Keith de uma brincadeira de “verdade ou desafio” realizada há uns anos. Entre as “beldades” que invadem o palco para apresentações sedutoras, está a Rainha Katrina (Grace Jones), a quem AJ fará uma visita nos bastidores e conhecerá sua verdadeira natureza.
Boa parte das ações acontecerão no local e nas ruas próximas, com Keith e Amaretto tentando evitar que seus pescoços sejam dilacerados pelos vampiros. A metáfora do local proibido se constrói nas palavras do gerente Vlad (Brad Logan) quando ele considera um erro o ataque a AJ, pois o espaço é frequentados por homens solitários, muitas vezes sem família, e que jamais seriam capazes de contar a alguém que estiveram ali. Assim, não resta outro meio de evitar que a mídia saiba da existência desse Inferninho que não seja impedir qualquer testemunha, o que dá início a uma caçada por uma noite sem fim e até a possibilidade de trazer AJ de volta como vampiro para facilitar o extermínio dos jovens curiosos.
É óbvio que o principal destaque de Vamp – A Noite dos Vampiros é a presença da modelo exótica Grace Jones, conhecida por sua atuação em filmes como Conan, o Destruidor (84), 007 – Na Mira dos Assassinos (85) e O Príncipe das Mulheres (92). Sua transformação em vampira, com os caninos mais elevados do que de costume nos filmes do subgênero e pela modificação na fronte, inspirou outras produções como o cult Os Garotos Perdidos (87) e o já citado Um Drink no Inferno. O último ato, na cena do esgoto no confronto final, é a mais marcante do longa e certamente uma das mais lembradas da década de 80.
Embora faça parte da fase “terrir“, quando os filmes de horror brincavam com os próprios clichês, Vamp conseguiu impressionar muitos adolescentes na época com inúmeras cenas antológicas e assustadoras. Quem não se lembra da menina vampira (Robin Kaufman), sozinha e misteriosa, que voa em direção ao pescoço de um incauto? Ou do visual sinistro de Duncan na traseira do veículo até seu encontro com as dolorosas chamas?
Um dos exemplares mais divertidos do período, Vamp foi lançado em VHS e DVD no Brasil, sem muitos atrativos, e com erros grosseiros na legenda, estragando algumas piadas como a da “fórmica” e algumas falas de Duncan. O DVD de 2001, da Starz/Anchor Bay, traz entre os extras o curta trash “Dracula Bites the Big Apple“, de Richard Wenk, e que serviu de inspiração para o longa. Como diretor, Wenk depois faria o slasher Wishcraft – Feitiço Macabro, de 2002, mas seu nome é mais conhecido pelo roteiro de filmes de ação como 16 Quadras (2006), Assassino à Preço Fixo (2011) e Os Mercenários 2 (2012), além do recente O Protetor (2014), como Denzel Washington, Chloë Grace Moretz e Bill Pullman.
No elenco, Chris Makepeace faz um bom papel como protagonista, porém não teve muita sorte no cinema, sem outras atuações de destaque. Já Robert Rusler ainda está na ativa, com destaque no horror Às Vezes Eles Voltam (91), baseado em texto de Stephen King, Amityville: A Nova Geração (93), Meu Vizinho Mafioso 2 (2004) e até uma aparição na quinta temporada da série 24 horas. Contudo, o que teve uma carreira mais proveitosa no cinema foi Billy Drago, com mais de 100 filmes, incluindo muitas produções de terror como O Ataque dos Vermes Malditos 4: O Começo da Lenda (2004), Caçador de Demônios (2005), 7 Múmias e Viagem Maldita (ambos de 2006), Lua Negra (2009) e muitos outros.
Assisti esse filme ontem e adorei!
Tenho esse filme em Dvd, pena que não é dublado!
Mas, sem dúvida, um dos melhores filmes de vampiros até hoje!!
Não esquecendo das belas stripers do filme…
um dos melhores filmes de vampiro desde de a hora do espanto 1..