Diary of a Sinner (1974)

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Diary of a Sinner (1974) (5)

Diary of a Sinner
Original:Diary of a Sinner
Ano:1974•País:Canadá
Direção:Ed Hunt
Roteiro:Iain Ewing, Ed Hunt
Produção:Iain Ewing
Elenco:Iain Ewing, Tom Celli, Amanda Slone, Bree Cole, Donna Schuman, John Kennedy, Sam Smith, Calla Bianca

David (Iain Eweing) é um cafetão falido, sem dinheiro para comprar sua droga e incapaz de emplacar sua carreira como cantor. Tom (Tom Celli) é um padre excomungado que passa os seus dias num quarto vagabundo sem nenhuma expectativa na vida. Os dois acabam se encontrando numa praia imunda onde contemplam o suicídio. David propõe então um plano a Tom: durante uma semana irão realizar juntos todas as fantasias mais depravadas que quiserem, e ao fim desse prazo irão tirar no cara-ou-coroa para ver qual dos dois irá se matar.

A dupla começa a semana roubando um banco, e, com o dinheiro, passam a frequentar prostíbulos e casas de massagem. Logo estarão sequestrando e estuprando mulheres, planejando crimes maiores e até realizando uma missa negra. Mas no meio do caminho, Tom se apaixona por Simone (Amanda Slone), uma bela jovem que vive confinada por seu namorado gangster Eric (John Kennedy). David e Tom se unem para matar Eric e resgatar Simone, mas nem por isso David irá deixar de cobrar a aposta feita naquela praia. Ao fim da semana, a moeda irá decidir quem vive e quem morre, não importando que Tom tenha encontrado, enfim, uma razão para viver.

Diary of a Sinner (1974) (2)

Dirigido por Ed Hunt, que mais tarde se especializaria em ficções-científicas como Alien Warrior e O Cérebro, Diary of a Sinner é um exploitation com bastante nudez e violência, mas com mais coração e inteligência do que grande parte dos filmes do gênero. Há uma enorme sensação de tristeza e desespero em cada frame, e cada personagem parece estar passando por uma enorme dor espiritual. Apesar dos excessos, que incluem um boi sendo morto de verdade em um matadouro e a já citada cena de missa negra, o que realmente fica na mente são os momentos melancólicos, como o discurso de Tom sobre por que se tornou e por que deixou de ser padre, ou o monólogo de uma amiga de Simone (Bree Cole) sobre sua tentativa frustrada de suicídio.

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A trilha sonora de Bo Didddley soa deslocada e um pouco alegre demais a princípio, mas acaba se encaixando de uma forma inusitada no universo do filme. O valor de produção é nulo, mas os atores parecem realmente empenhados em contar aquela história. E ela só poderia ser contada com baixo orçamento e sem medo de deixar o espectador deprimido ao fim da sessão.

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Matheus Ferraz

Mineiro, autor publicado e mestre em Biografia pela University of Buckingham

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