Visitante de Invierno
Original:Visitante de Invierno
Ano:2008•País:Argentina Direção:Sergio Esquenazi Roteiro:Sergio Esquenazi Produção:Eva Baró, Esteban Mentasti, Horacio Mentasti, Antoni Solé, Jaume Solé Elenco:Santiago Pedrero, Sandra Ballesteros, Ana Cuerdo, Diego Alonso Gómez, Pepe Novoa, Rolly Serrano, Ariel Staltari, Catalina Artusi |
Devido a problemas de comportamento que o conduziram a inúmeras sessões de terapia, o adolescente Ariel Lambert (Santiago Pedrero) foi obrigado a se afastar das pessoas e passar um tempo num local ermo, numa casa de campo em Villa Mar, com sua mãe e irmã, numa tentativa de impedi-lo de arrumar confusões. Mas, o jovem se envolve com uma garota compromissada e acaba irritando o namorado dela e seus amigos marginais. Se isso já fosse o suficiente para trazer complicações, ele ainda acaba testemunhando o desaparecimento de algumas crianças numa moradia próxima, e resolve investigar por conta própria, mesmo sabendo que ninguém acreditará nele e o perigo poderá ficar cada vez mais evidente.
Visitante de Invierno é um slasher argentino bem produzido que, apesar de não ser original, é carregado de tensão do início ao fim. Assim como o protagonista Ariel, que está sempre com aquelas “bombinhas de asmático“, o espectador também se sente ofegante em alguns momentos mais tensos, quando o perigo ronda as personagens. Numa cena em especial, quando o jovem se esconde na lareira e observa um mini-cadáver, o público prende a respiração junto com ele, torcendo para que o vilão não escute seus sons agudos causados pela falta de ar.
O que não torna a película melhor são as referências e homenagens a outras produções do gênero como Janela Indiscreta, de Hitchcock, nas cenas em que Ariel observa o vizinho com sua luneta, e Halloween 2, quando o inimigo invade um hospital aparentemente abandonado – isso sem contar o pôster, que dialoga com o clássico A Noite dos Mortos-Vivos. E também há cenas clichês envolvendo aqueles famosos recursos do gênero em que o mal está ali para resolver um problema do herói; as “plantas” (objetos e situações introduzidas com o propósito de serem usados mais tarde) como a câmera de vídeo, o isqueiro do vilão, o sono pesado da mãe..
Além disso, o filme do diretor Sergio Esquenazi até possui bons efeitos especiais, envolvendo algumas mortes violentas, degola e mutilação, mas peca numa certa explosão que ocorre no último ato e que acaba levando o público a risadas. Por outro lado, o diretor acerta ao manter o rosto do assassino envolto em sombras durante o longa inteiro, mantendo um ar de mistério quanto a sanidade do jovem e seu possível delírio.
Boas cenas de suspense e um assassino que você adoraria vê-lo mais vezes. Mesmo se fosse em outro inverno…