O Ataque dos Vermes Malditos 5: Linhas de Sangue
Original:Tremors 5: Bloodlines
Ano:2015•País:EUA Direção:Don Michael Paul Roteiro:M.A. Deuce , C.J. Strebor, William Truesmith, John Whelpley Produção:Ogden Gavanski Elenco:Michael Gross, Jamie Kennedy, Ernest Ndhlovu, |
A primeira coisa que eu queria escrever antes de qualquer coisa é: Deus abençoe Michael Gross. 68 anos de idade, um respeitável currículo com mais de 100 créditos na televisão e no Cinema e ele ainda tem pique para correr de Graboids na nova continuação de O Ataque dos Vermes Malditos.
O que há na cabeça dos produtores da Universal foge da minha compreensão, porém certamente devem achar a franquia suficientemente relevante para duas continuações, um prequel e treze episódios para a TV. E ainda assim, onze anos após o último lançamento, bancar mais uma produção da série. Importante frisar, todas elas com Michael Gross no papel do turrão entusiasta de armas Burt Gummer.
Os jovens de hoje, criados no leite com pera e Ovomaltine, podem não fazer ideia do que estou falando e por isto um contexto se faz necessário. Tremors – que saiu no Brasil com o genial título de O Ataque dos Vermes Malditos – é uma produção de 1990, estrelando um jovem Kevin Bacon, que mistura western, terror e comédia para contar a história de um vilarejo no meio do deserto que é atacado por vermes vorazes gigantes, conhecidos como Graboids, movimentando-se pelo subsolo.
A mistura descompromissada e nojenta fez sucesso no cinema, foi campeão de locações em VHS e reprisado infinitamente na TV aberta (no Cinema em Casa do SBT estão minhas memórias mais vívidas), o que capacitou para sequências diretas para o vídeo lançadas em 1996, 2001 e 2004.
Eis que Burt Gummer está de volta e agora ele é um survivalista da televisão, mas não o compare com Bear Grylls… Burt continua apaixonado por suas armas e continua caçando os Graboids e suas variações como sempre. Sem falsa modéstia, afirma que graças a seus próprios esforços, os monstros foram confinados a pequenas áreas no hemisfério norte.
Pelo menos era o que ele achava até receber o contato de Erick Van Wyk (Daniel Janks), o ministro da vida selvagem da África do Sul (oi?), dizendo que está havendo um ataque de Ass-Blasters (um dos estágios de mutação do Graboid) em seu país, mais especificamente na reserva de Cradlestone, próximo ao berço da civilização.
Erick pede ajuda ao relutante Burt que é convencido pelo seu novo auxiliar, o cinegrafista Travis Welker (Jamie Kennedy), cujo interesse é lançar a marca “Burt Gummer” para o mundo e crê que esta é uma excelente oportunidade para fazê-lo. O restante é tudo o que você pode esperar de um filme com o título de O Ataque dos Vermes Malditos: Humor pastelão (que às vezes funciona, às vezes não), correria e Ass-Blasters a torto e a direito.
Não dá para exigir muito de algo assim, porém o roteiro descuidado e pouco original quase põe tudo a perder. O primeiro ataque acontece com mais de meia hora de duração, a maioria dos monstros é feito em CGI e me parece que Jamie Kennedy não está muito a vontade e não cria a química necessária para a proposta descolada do filme.
Todavia tudo o que falta é compensado pela presença de Michael Gross, que nada de braçada, roubando cada cena em que aparece. Notoriamente imerso e se divertindo como nunca, o ator tem espaço suficiente para brilhar, entregando suas falas e traquejos de maneira primorosa. Só alguém com tanto talento poderia fazer uma cena em que bebe a própria urina e é mijado por um leão na savana com tamanha dignidade ao personagem.
A despretensão sempre foi a marca da franquia O Ataque dos Vermes Malditos e com este quinto filme não é diferente. É até discutível se este pode ser considerado o segundo melhor da série, ficando atrás do original. Se estiver com tempo sobrando dê uma chance a uma das mais improváveis continuações lançadas em 2015 e aprenda um pouco de sobrevivência com Burt Gummer.
Achei o melhor da franquia
Mto bom…merecia mais caveiras tb.
Merecia sim, ir para o cinema, pena que não foi. Com certeza, valeu mesmo assistir o filme, que é muoto bom… massa!!!!
Gostei muuuuuuuito do filme, nada para reclamar.
pena que não passou no cinema , pois esse merecia sem duvida alguma..