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Hellraiser
Original:Hellraiser
Ano:2015•País:UK
Autor:Clive Barker•Editora: Darkside

Em 1986, Clive Barker teve publicada a terceira edição de sua série de livros antológica Night Visions. Na coletânea aparecia a novella The Hellbound Heart, escrito com um objetivo: colocar seus sentimentos nas páginas de um livro para, depois, transportá-los para as telas de cinema. Assim, no ano seguinte, foi lançado o longa Hellraiser – Renascido do Inferno, dirigido e escrito pelo próprio Barker, dando início ao que se tornaria uma franquia de nove filmes até agora, além da promessa de um remake.

Hellraiser tem uma legião de fãs em todo o mundo e o Brasil não fica de fora, mas, até pouco tempo atrás, o livro que deu origem ao filme ainda não tinha sido lançado por aqui. Pois eis que, em setembro de 2015, a DarkSide Books entra em cena e coloca nas prateleiras brasileiras uma belíssima edição de Hellraiser traduzida por Alexandre Callari. Com menos de 200 páginas, o livro é uma leitura rápida, tão intensa quanto o longa-metragem.

Cenobitas de Clive Barker conquistaram uma legião de fãs
Cenobitas de Clive Barker conquistaram uma legião de fãs

Assim como o filme, Hellraiser começa acompanhando Frank Cotton, um homem insatisfeito com os prazeres que o mundo tem a oferecer. Buscando por mais, ele acaba conseguindo a Configuração de Lemarchand, uma caixa que, ao ser aberta, evoca ao nosso mundo os Cenobitas, seres vindos do inferno que podem oferecer o máximo prazer, mas de acordo com sua própria definição, misturado à dor. Preso no inferno, Frank consegue chamar a atenção de Julia, esposa de seu irmão, Rory, e sua amante, e ela o ajuda a recuperar seu corpo aos poucos, trazendo para casa homens para lhe servirem de alimento. Mas uma pessoa atrapalha os planos do casal: a desavisada e insegura Kirsty.

Hellraiser segue uma linha muito parecida com sua adaptação cinematográfica, mas o que pode causar alguma estranheza é a reduzida presença dos Cenobitas. Não que isso seja um ponto negativo: a aparição de Pinhead (que, no livro, não tem nome) e seu grupo no início e no fim da história acabam sendo mais intensas justamente por isso. Outra diferença importante é que, no filme, Kirsty é filha de Rory, enquanto no livro ela é apenas uma amiga da família. No início a história é contada, principalmente, do ponto de vista de Julia e Frank. Acompanhamos os acontecimentos pelos olhos de Kirsty somente no terceiro ato, quando tudo já virou um inferno.

O fato de a história ser apresentada de pontos de vista diferentes também é positivo, já que permite ao leitor entender melhor as motivações de cada personagem, ainda que estas não justifiquem seus atos: a busca de Frank pelo prazer e a determinação em não voltar para o inferno, o casamento infeliz de Julia, o interesse de Kirsty por Rory e como ela encontra forças para lutar pela vida quando necessário.

Apesar de curto, Hellraiser expõe a qualidade da escrita de Clive Barker, citado até mesmo por Stephen King como “o futuro do terror”. Visceral e sangrento, o livro é obrigatório para qualquer fã do horror, e a belíssima edição da DarkSide Books faz jus a uma obra prima.

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10 Comentários

  1. Um colega meu comprou o livro e o resumiu pra mim , confesso que me empolguei só de ouvir ele contar , imagino na hora que eu for ler então .

  2. Silvana Perez muito obrigado por sua critica,não perde teu tempo respondendo opiniões de fake não e muito menos de pessoas que não querem questionar sua critica e sim rebaixar vc e seu comentario!bjuussss

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      Dan, só achei melhor deixar claro que não recebemos nada pelas críticas que publicamos por aqui, o que iria contra toda a proposta do site. Obrigada pelo comentário! 😀

  3. Esse livro é muito ruim. Se colocassem todas as páginas em branco com essa encadernação e esse valor do livro, valeria mais a pena comprar. Ou as pessoas que dizem gostar desse livro são muito fãs do Barker, ou não querem admitir que perderam dinheiro. Essa Silvana só pode estar sendo paga para falar bem dessa porcaria…

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      Oannes, nem eu, nem qualquer outro membro do Boca do Inferno somos pagos pra falar bem sobre livros, filmes ou o que for. Minha crítica é absolutamente sincera. E viva as opiniões diferentes, não é?

    2. Há uma certa prepotência quando alguém declara que uma opinião diferente da dele só pode ser paga, não é mesmo?

  4. Achei o livro fraco por assim se dizer, na verdade é exatamente o filme, tirando o detalhe da Kirsty não ser a filha de Rory e alguns momentos curtos sobre a relação de Rory e Frank. Esperava encontrar bem mais detalhes, como uma leiturar complementar, mas quem já viu o filme não vai ganhar muito adquirindo. O destaque mesmo vai pra edição caprichada da Darkside Books, um item bem bonito pra se ter na estante.

  5. Excelente resenha, Silvana! Sangrenta tipo A+! Apesar de já ser fã dos filmes, ainda não li o livro! A patroa adquiriu o livro esta semana! Quando ela concluir a leitura, vou cair matando com certeza!

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