Maniac Cop - O Exterminador
Original:Maniac Cop
Ano:1988•País:EUA Direção:William Lustig Roteiro:Larry Cohen Produção:Larry Cohen, James Glickenhaus, Jefferson Richard Elenco:Tom Atkins, Bruce Campbell, Laurene Landon, Richard Roundtree, William Smith, Robert Z'Dar, Sheree North |
A premissa é simples e genial: um slasher com um assassino de força sobre humana e aparentemente invencível, com um diferencial: estar fardado como policial. Uma ideia digna de filme B, feita por quem entende do riscado só poderia resultar em um clássico. E se no cinema temos um Robocop, por que não um Maniac Cop?
Uma série de assassinatos está acontecendo nas ruas de Nova York! Segundo testemunhas, pessoas inocentes estariam sendo mortas por um homem usando roupas da polícia.
Lidera a investigação o detetive Frank McCrae (Tom Atkins, fazendo seu papel de tira padrão), que desconfia que o criminoso esteja dentro da própria corporação, ideia que não agrada seu superior, o comissário Pìke (Richard Roundtree, o “Shaft“!).
Entrementes, o policial Jack Forrest (ninguém menos que Bruce Campbell) se vê numa enrascada quando é preso pelo assassinato de sua esposa (Victoria Catlin, de Ghoulies e Grito de Horror 5) suspeito de ser o policial assassino. Para piorar Forrest não quer apresentar seu álibi, pois estava cometendo adultério, num motel com a policial Theresa Mallory (Garotas Duras na Queda e Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu! – 2).
Para Frank McCrae tudo não passa de uma armação para incriminar Forrest. Ele se junta a Mllory para caçar o verdadeiro criminoso e descobrem que pode se tratar de Matt Cordell (Robert Z’Dar), um ex-policial fascistoide,lendário por sua truculência, daqueles que usam o lema “atire primeiro, pergunte depois“. E que teria sido preso pelos seus abusos, e na prisão acabou supostamente morto, com o rosto retalhado numa luta com outros presos no chuveiro. Cordell teria sobrevivido a tudo isso e voltou para se vingar de sua antiga corporação policial.
Maniac Cop se sai muito bem em sua mistura eficiente de slasher com filme policial, com boas tomadas noturnas de Nova York (curiosamente a equipe filmou na Big Apple apenas três dias, concluindo as gravações em cidades da Califórnia), dando o clima de perigo das grandes cidades.
Sem perder o tom de critica social, em uma das cenas interessantes do filme é quando uma senhora está dirigindo seu carro, escutando sobre o policial serial killer no rádio, quando uma viatura para-a. A mulher puxa uma arma da porta luvas e abate o policial, que obviamente não era o assassino, com um tiro na testa. É a melhor representação do pânico da população, alimentado pelo sensacionalismo da mídia que você verá!
William Lustig é um dos ‘godfathers‘ do cinema de baixo orçamento nos EUA, tanto pelo seu trabalho em lançamentos dos selos Anchor Bay e Blue Underground, em resgates de pérolas do cinema fora do mainstream, quanto pela função de produtor de mais de cem filmes. Como diretor Lustig dirigiu o icônico Maniac (1980), com Joe Spinell e Caroline Munro. Porém, verdade seja dita, apesar de toda essa bagagem de William, Maniac Cop é a cara de seu roteirista e produtor: o também diretor Larry Cohen (e que aqui marca a primeira colaboração de ambos, que voltariam a trabalhar em outros projetos).
Cohen é um iconoclasta que dedicou parte de sua filmografia a atacar os valores da América branca, anglo-saxônica e protestante. Com O Chefão do Harlem (1973), ele foi um dos precursores do exploitation, criou bebês assassinos com sua trilogia It’s Alive, uma ambulância que sumia com as pessoas (A Ambulância), atacou a fé religiosa (Foi Deus Quem Mandou), criticou o consumismo (A Coisa), o cinema (Special Effects), um Tio Sam Assassino em O Mensageiro da Morte (aqui Cohen está no roteiro a direção é de Lustig novamente). Com todo esse currículo estava faltando mesmo um policial assassino.
O elenco tem ícones do cinema alternativo. Além de Campbell, Atkins, Roundtree, William Smith, há pontas de Sam Raimi como um repórter de TV, o próprio William Lustig como um gerente de motel, e jake LaMotta, o lendário ex-pugilista que inspirou o clássico O Touro Indomável, de Martin Scorsese (e que é tio de Lustig), aqui como um detetive. Ainda entre família, uma das vítimas é interpretada por Jill Gatsby, filha do próprio Larry Cohen, sempre sendo assassinada nas produções de seu pai.
Mas o grande destaque é para o recentemente falecido Robert Z’Dar, por menos que apareça em cena e mostre seu icônico rosto quadrado, ele dá credibilidade total a figura dantesca de Matt Cordell.
Maniac Cop ainda teve duas sequências, a segunda tão interessante quanto essa, e a terceira um equívoco completo. Sem contar que abriu brecha para outros filmes seguindo a temática: Psycho Cop 1 e 2.
Maniac Cop é um filme B maiúsculo. Feito por quem entende do riscado e não tem medo de ser feliz. Com bom ritmo e sem se levar a sério um segundo sequer, o único pecado grave é não ter uma morte memorável, algo antológico. No entanto é diversão mais do que garantida.
*Apesar de eu ser contra remake de clássicos, aqui está uma trilogia que merecia um remake digno e de respeito para com ele, mas, para os dias atuais, meus amigos!!!! Show e obrigado pela excelente matéria, amigos do site!! 👍👍👊👊👏👏👏👏👏👏😎😎😎😎😎😎🙏🙏😊😊😊😊*
Já assisti a trilogia antes e vou ver novamente, em breve, já que gostei muito, porque é muito bom e virei fã dos filmes, meus amigos!! NOTA 4.
alguém sabe onde encontrar dublado ? procurei até tapa olho e não achei nenhum dosfilmes da serie kk
Uma pena Robert Zdar( o polical maniaco) se foi. Fica essa maravilhoso filme feito por ele.
Assisti o VHS que meu pai alugou no início dos anos 90. Somente vi uma vez o filme mas nunca esqueci que era um filmaço. Se não me engano, há uma cena em que nosso “herói” invade um departamento de polícia e atira um homem que atravessa diversas vidraças; para mim uma morte antológica. Saudades do tempo em que assistia essas pérolas com meu pai!!!
Esse Personagem é muito interessante! Espero que um dia ele volte com tudo! ❤️