![]() Festival Sangrento
Original:Blood Fest
Ano:2018•País:EUA Direção:Owen Egerton Roteiro:Owen Egerton Produção:Will Hyde, Seth Caplan, Ezra Venetos Elenco:Robbie Kay, Jacob Batalon, Seychelle Gabriel, Barbara Dunkelman, Chris Doubek, Nicholas Rutherford, Tate Donovan, Rebecca Lynne Loftin, Tristan Riggs |
Quando você assiste ao trailer de Festival Sangrento (Blood Fest, 2018) e encontra informações de que se trata de uma comédia com elementos de horror, você se surpreende com o prólogo em que, durante o Halloween, uma criança (Tristan Riggs), enquanto assiste ao clássico Zumbi Branco (White Zombie, 1932) com sua mãe, testemunha o brutal assassinato dela até o pai, Dr. Conway (Tate Donovan), eliminar o invasor. Seria o trauma que poderia transformá-lo em um Michael Myers, mas Dax (Robbie Kay) cresce como um jovem fanático por filmes de terror, com o quarto repleto de referências, e com ansiedade para a chegada do evento do ano, o tal Blood Fest do título.
Depois de conversar com a irmã sobre evitar a confusão com o filme Blood Feast, de Herschell Gordon Lewis, lançado como Banquete de Sangue, o rapaz vai ao encontro dos amigos, Sam (Seychelle Gabriel) e Krill (Jacob Batalon, fazendo o papel de nerd como atuou ao lado de Tom Holland em Homem-Aranha), tentando encontrar uma forma de ir ao festival uma vez que o pai cortou suas pulseiras de entrada, proferindo sobre os malefícios dos filmes de horror, lembrando o episódio que culminou com a morte da mãe, em um crime cometido por um paciente seu (alguém disse O Sexto Sentido, 1999?). Dax então aproveita a amizade com a amiga e atriz coadjuvante Ashley (Barbara Dunkelman), que conhece o diretor de filmes Z Lenjamin Caine (Nicholas Rutherford) e pode facilitar o acesso ao evento.
Eles enfim chegam ao local, uma espécie de Hopi Hari, com mini cidades que reconstroem cenários de filmes de terror. Lá, além de balões vermelhos como o de Penniwise, encontram zanzando o ator Roger Hinckley (Chris Doubek), que atuou como o assassino em série O Arborista, de uma franquia numerosa com referência a Sexta-Feira 13. Ironicamente, ele desdenha do encontro dizendo que não gosta de filmes de terror e nem sequer assistiu aos que ele atuou, para decepção de Dax. Começa o espetáculo apresentado por Anthony Walsh (Owen Egerton, diretor e roteirista do filme), que traz o assassino Red para exterminar duas moças no palco e por fim anunciar o massacre, liberando um grupo de homens com máscaras de porco e motosserras. Dax, Sam, Krill, Ashley e Lenjamin precisam encontrar uma forma de se proteger e fugir daquele local, sem saber que ainda existem outras ameaças reais.

A dinâmica é bem interessante, embora fantasiosa. Nota-se que Egerton quis homenagear todo o cinema de horror em uma única produção, seja nas próprias regras de sobrevivência (manter-se virgem é uma das principais) e até nas três formas como terminam um filme de terror. E vai além: em dado momento, os que estão comandando o parque notam que as criaturas saíram de seus habitats e estão invadindo outros. Um dos técnicos profere: “A vida encontrou um meio“, citando a clássica sentença de Jeff Goldblum em O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, 1993). Isso sem ignorar a própria figura do vilão-mor, Anthony Walsh, que se apresenta com uma cartola e vestes que lembram o nosso saudoso Zé do Caixão.
Disponível na Amazon Prime, Festival Sangrento é uma excelente pedida para os fãs de horror. Uma brincadeira sangrenta, que passeia pelo terror em vários estilos, e que diverte como há muito tempo não se via no gênero. Até mesmo para aqueles que não gostam da mistura terror com humor negro, o longa não testa a paciência com gags que forçam a risada ou insultam, mas funciona como um ótimo entretenimento para quem é fã de cinema e do gênero, como uma entrada em um evento temático.


























