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Marui Video
Original:Marui Video
Ano:2023•País:Coréia do Sul
Direção:Yoon Joon-Hyeong
Roteiro:Yoon Joon-Hyeong
Produção:Inu Baek
Elenco:Seo Hyun-woo, Jo Min-Kyoung, Seo Sung-gwang

Ter uma câmera e a disposição para a produção de um documentário seja sobre crimes, lendas ou qualquer fato curioso se tornaram uma sentença de morte desde 1980. As assombrações, mortos-vivos e monstros também parecem ter descoberto um canal de apresentação de seu poderio sobrenatural, restando apenas que alguém decida fazer o registro. Com a proliferação do estilo “found footage“, a possibilidade de encontrar algo novo, um respiro em meio a correria na floresta e lugares abandonados, cada vez tem se mostrado mais rara. Mas, às vezes, é possível encontrar algum conceito diferente ou pelo menos curioso, mesmo que a realização parta para o lugar-comum. É o caso do sul-coreano Marui Video, com direção e roteiro de Yoon Joon-Hyeong.

O enredo gira em torno da pousada Dongsungjang, local onde um jovem assassinou brutalmente a namorada e o fez diante de uma câmera em 1992. No entanto, devido à violência extrema, o registro teria desaparecido, restando apenas uma lenda sobre uma provável fita amaldiçoada e que deve ter inspirada Sadako em Ring – O Chamado (1998). O mistério em torno da fita não se deve ao modo como a garota foi morta, mas um aspecto sobrenatural envolvido com a aparição de um garoto no espelho durante o crime – alguns dizem que a gravação abriu uma passagem para o mundo espiritual e há os que acreditam se tratar de um espírito inquieto tentando se comunicar. A repórter Hong Eun-hee (Jo Min-Kyoung) entre em contato com a investigação da época e descobre o local onde está a fita, envolto em mofo, e tenta descobrir quem poderia ser o fantasma do espelho.

Conversando com o proprietário da pousada, Cho Yong-tae, ela e o produtor Kim Su-chan (Seo Hyun-woo) encontram uma semelhança entre o garoto do vídeo, Kyung-ho, e o que teria cometido um massacre, assassinando toda a família e depois se suicidando. Agora em ruínas e considerada assombrada, a casa em que ele morava é visitada por Kim, enquanto Eun-hee passa a ter um comportamento estranho, evidenciando uma possível possessão. Assim, o rapaz precisa desvendar a conexão entre os crimes, a razão da aparição sinistra no espelho, e ainda buscar um xamã para tentar salvar a garota, fazendo, obviamente, todos os registros em vídeo.

Com um bom ritmo narrativo, sem confundir o espectador com tantos nomes e situações, Marui Video só perde pontos por sua necessidade de seguir a cartilha “found footage“: logo no prólogo, deixa-se evidente que uma equipe que realizava o documentário desapareceu, mostrando, inclusive, o veículo que utilizaram na investigação. Soma-se a isso a câmera tremida, corrida desesperada para fugir de algo e a necessidade de filmar tudo, mesmo quando sua vida está em perigo. Se deixasse isso de lado essa repetição de argumento para explorar um enredo que mescla assassinato com fantasma, casa assombrada e possessão, Marui Vídeo poderia ser ainda mais interessante e criativo.

De qualquer modo, ainda assim vale a pena por simplesmente prender o espectador pela curiosidade em tentar descobrir o que realmente levou um garoto a aparecer no registro de um crime brutal. Bem feitinho, Marui Vídeo ainda pode despertar alguns calafrios pelo seu enredo fantasmagórico. Não é tão violento quanto se imagina, sabendo poupar o espectador de sequências que poderiam ser apenas apelativas para o que se propõe.

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2 Comentários

  1. Queria fazer uma sugestão: mudar os ícones das redes sociais do site para outro lugar, às vezes atrapalham um pouco a leitura de um texto.

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