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Werewolves
Original:Werewolves
Ano:2022•País:EUA
Direção:Steven C. Miller
Roteiro:Matthew Kennedy
Produção:Jim Cardwell, Craig Chapman, Sevier Crespo, James Michael Cummings, Steven C. Miller, Myles Nestel
Elenco:Frank Grillo, Katrina Law, Ilfenesh Hadera James Michael Cummings, Lou Diamond Phillips, Kamdynn Gary, Lydia Styslinger, Daniel Fernandez, James Kyson

O fenômeno conhecido como Superlua ocorre quando o satélite natural, na ocasião da Lua Cheia, está mais próximo da Terra. É um evento que estudos de astronomia indicam que acontece a cada 19 anos, mas não para o roteirista Matthew Kennedy quando teve a ideia de realizar uma versão licâtropa de Uma Noite de Crime. Basicamente a estrutura é a mesma: cidadãos resolvem proteger suas casas um dia antes do fenômeno, cobrindo as janelas, colocando armadilhas e cercas elétricas, como se antes disso estivessem muito ocupados para se preocupar com invasores; há os se protegem e os que formam grupos mascarados de caça aos lobisomens. E curiosamente é uma condição global, não tão política, e é anual.

Depois que uma superlua transformou mais de um bilhão de pessoas em monstros, o mundo se prepara para mais uma noite em que as pessoas devem permanecer em suas casas para evitar uma exposição aos “raios lunares“. Para o cientista marombeiro Wesley (Frank Grillo, de Uma Noite de Crime: Anarquia, 2014), trata-se de uma obrigação de cuidado da família de seu falecido irmão, como o roteirista já facilita a compreensão no diálogo entre ele e o vizinho “matador de lobos Cody (James Michael Cummings). Além de cuidar de Lucy (Ilfenesh Hadera) e a pequena Emma (Kamdynn Gary), o Dr. Wesley trabalha em um laboratório de pesquisa com o Dr. Aranda (Lou Diamond Phillips) e a Dra. Amy Chen (Katrina Law), no desenvolvimento de uma fórmula de contenção na transformação, chamada por eles de “moonscreen“, mas que tem duração de apenas uma hora, a partir de gotas em cada olho.

É nesse local que três voluntários, incluindo o marido de Amy, Myles (James Kyson), se apresentaram para os testes, sendo mantidos em jaulas e com coleiras, para posteriormente a abertura do telhado verificar a fórmula. E é lá que, depois de uma hora, os três se transformam e começam a se alimentar dos especialistas coadjuvantes, espalhando caos e corpos destroçados. Na verdade, o estudo e os testes são até compreensíveis, mas a melhor ação seria a de simplesmente aconselhar e impedir que pessoas transitem pelas ruas. Com os ataques, Wesley percebe que precisa ajudar Lucy e sua sobrinha, tendo que cruzar a cidade repleta de criaturas vorazes.

Daí acontecem confrontos, sem a necessidade de balas de prata, e sequências de fuga, após o veículo de Wesley e Amy se chocar com um ônibus – o que diabos esse motorista fazia trabalhando numa noite assim e como conseguiu dirigir o veículo sem se transformar não há qualquer explicação. Também não se explica porque Lucy ao repetir as regras tem dificuldade de segui-las: não deixar luzes acesas (a casa tem vários abajures acesos), evitar fazem som (ela grita com os monstros dizendo que está armada e dá tiros desnecessários para cima) e quase abre a porta quando a vizinha Reagan (Lydia Styslinger) bate pedindo ajuda.

E há outros pontos falhos no roteiro como a sequência em que Wesley e Amy encontram uma milícia mascarada em um shopping. Ele diz para o líder do grupo que precisa de ajuda para alcançar os túneis, e ele se aproxima ameaçadoramente somente para dizer que vai deixá-los na entrada de acesso. E segue a vida, com zero suspense. E quando faltam quinze minutos para o fim do fenômeno e o vizinho Cody, transformado, insiste no ataque à casa de Lucy, fazendo Wesley tomar uma decisão, com direito a despedida; poxa, não bastava se proteger pelo tempo que resta? Precisava copiar a ideia de Josh Hartnett em 30 Dias de Noite? E que confronto chulé no ato final, hein? Sem emoção, durando menos que os 36 segundos do nocaute de Acelino Popó Freitas na luta contra o intragável Bambam.

Como nem tudo é adubo, o comando de Steven C. Miller (Natal Sangrento, 2012) é até funcional, embora aquele exagero de luzes piscantes tenham incomodado um pouco. É claro que ajudou nos efeitos especiais que precisam ser elogiados. Efeitos de maquiagem e animatrônicos se uniram à tecnica computadorizada. Se as transformações nem sempre são bem feitas, os monstros e seus movimentos pela cidade e nos ataques remeteram ao ótimo Dog Soldiers – Cães de Caça (2002). E há boas doses de sangue e gore no filme, como é necessário nos filmes de lobisomem. Os poucos atrativos de Werewolves se concentram em sua narrativa dinâmica, apesar dos diálogos e ideias ruins e da interpretação sonolenta de Lou Diamond Phillips, e nos efeitos técnicos. Mas não são suficientes para nos fazer aguardar por mais uma superlua anual.

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